“Habitando,
pois, os filhos de Israel no meio dos cananeus, dos heteus, e amorreus, e
perizeus, e heveus, e jebuseus”(Juízes 3.5)
Podemos considerar essas nações como
representantes de diversos tipos de comportamento em termos espirituais,
respectivamente: negociação com a verdade, timidez, falar sem praticar (ou
seja, hipocrisia), confiança na força humana, estabelecimento de um sistema
religioso de castas, e esmagamento das Escrituras.
Se você se encontra em uma posição onde
quaisquer desses comportamentos são comumente praticados, então sabe o que é
estar na mesma circunstância espiritual que Israel estava.
Os cananitas, “negociadores”,
simbolizam os que não têm qualquer interesse pela verdade divina, mas apenas se
valem dela para proveito próprio, seja por ganhos financeiros, por influência
social, ou até satisfação intelectual. Se buscarmos o conhecimento bíblico
somente de forma intelectual, sem de fato estarmos dispostos a obedecer a Deus
de coração e alma, estaremos negociando com a verdade divina.
Os heteus, “filhos do terror”,
simbolizam os que são tímidos, controlados pelo medo. O medo do homem, da
opinião alheia e das conseqüências de se andar no estreito caminho da
obediência pode nos fazer retroceder quando Deus nos pressiona a seguir em
frente.
O medo pode nos impossibilitar de
combatermos o bom combate no poder do Espírito Santo e na Sua força!
O medo está em todos os lugares.
Por que o testemunho do Evangelho é tão
pobre?
Por que há ministrações tão pouco efetivas
entre os santos?
Tão poucas vozes orando e louvando com
poder neste mundo tenebroso?
Por que tememos falar sobre o Senhor Jesus,
levantar a nossa voz em ações de graças, tomar uma posição clara por Cristo e
confessá-Lo publicamente? Não é por medo?
Como a intelectualização da verdade de Deus
e o temor de assumir um compromisso real e inabalável com Cristo tem nos
tornado pessoas fracas, sem expressão e inúteis
“Habitando,
pois, os filhos de Israel no meio dos cananeus, dos heteus, e amorreus, e
perizeus, e heveus, e jebuseus, tomaram de suas filhas para si por mulheres, e
deram as suas filhas aos filhos deles; e serviram aos seus deuses. E os filhos
de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor
seu Deus”(Juízes 3.5-7)
Vimos que essas nações mencionadas acima
representam princípios espirituais – os cananitas são os negociadores da
verdade, e os heteus, os tímidos. Agora vejamos os outros povos.
Os amorreus, “faladores”, são os que
pregam a Palavra sem poder. Falar é fácil. Transmitir nossos próprios pensamentos
é fácil. Confessar Cristo não significa simplesmente falar e nada mais. Onde
houver princípios elevados e um agir desprezível, muita pregação e pouca
prática, temos de perceber que estamos entre amorreus, inimigos a serem
combatidos.
Os perizeus representam os que
confiam no poder humano de governar e não no divino. Também representam os que
não se submetem a Deus, à Sua vontade nem à Sua Palavra. São a classe dos que
detêm o poder, dos que têm de ser consultados, cujas ordens têm de ser
obedecidas, não pelo que são espiritualmente, mas pela posição que ocupam no
mundo.
Os heveus simbolizam a
contraparte dos perizeus – os que se permitem ser guiados por religiosos e que
aceitam para si mesmos uma função espiritual de natureza inferior.
Por fim, os jebuseus são os que
pisam, esmagam as Escrituras, e se recusam a obedecer ao ensino explícito da
Palavra de Deus.
É interessante notar que nenhum desses
povos é mencionado como sendo conquistador. Os israelitas se casaram com as
mulheres deles, unindo-se da maneira mais íntima com os inimigos.
Literalmente, os israelitas dormiram com os
inimigos. E isso trouxe destruição para várias gerações.
Hoje isso também acontece quando permitimos
práticas comuns, mas contrárias à Bíblia em nossas congregações. Tal atitude é
tão má aos olhos de Deus quanto foi a dos israelitas.
Extraído do devocional Boa semente
Por Litrazini
Graça e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário