"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

POR QUE DEUS PERMITIU POLIGAMIA / BIGAMIA NA BÍBLIA?


A questão de poligamia na Bíblia é bem interessante porque a maioria das pessoas enxerga poligamia como imoral, apesar de que não podemos encontrar nenhuma passagem que explicitamente condena tal ato. O primeiro exemplo de poligamia / bigamia na Bíblia foi Lameque em Gênesis 4:19: “E tomou Lameque para si duas mulheres…” Vários homens importantes na Bíblia eram polígamos. Abraão, Jacó, Davi, Salomão e outros tinham várias mulheres.

Em 2 Samuel 12:8, Deus, falando através do profeta Natã, disse que se as esposas e concubinas de Davi não fossem suficientes, Ele teria providenciado ainda mais para Davi. Salomão tinha 700 esposas e 300 concubinas (esposas de um status inferior) de acordo com 1 Reis 11:3. Como devemos lidar com esses exemplos de poligamia no Velho Testamento? Há três perguntas que precisam ser respondidas.
(1) Por que Deus permitiu poligamia no Velho Testamento?
(2) Como Deus enxerga poligamia hoje?
(3) Por que houve uma mudança?

(1) POR QUE DEUS PERMITIU POLIGAMIA NO VELHO TESTAMENTO?
A Bíblia não diz especificamente porque Deus permitiu poligamia. O melhor que podemos fazer é elaborar especulações “informadas”. Há alguns fatores importantes a serem considerados.

Primeiro, sempre tem existido mais mulheres no mundo do que homens. Estatísticas atuais mostram que aproximadamente 50.5% da população mundial são mulheres, com homens sendo 49.5%. Ao supor que também era assim nos tempos antigos, e ao multiplicar por milhões de pessoas, haveria dezenas de milhares de mulheres a mais do que os homens.

Segundo, guerras nos tempos antigos eram muito brutais, com uma taxa de mortalidade muito alta. Isso teria resultado em uma porcentagem ainda maior de mulheres.

Terceiro, devido a sociedades patriarcais, era praticamente impossível que uma mulher solteira providenciasse para si mesma. As mulheres frequentemente não tinham nenhuma educação ou treino. As mulheres dependiam de seus pais, irmãos e maridos para sua provisão e proteção. Mulheres solteiras eram sujeitas frequentemente à prostituição e escravidão.

Quarto, a diferença significante entre o número de mulheres e homens teria deixado muitas, muitas mulheres em um situação muito indesejável. 

Então, aparenta ser o caso que Deus permitiu poligamia para proteger e providenciar pelas mulheres que provavelmente não achariam um marido de outra forma. Um homem que tinha várias esposas providenciava e protegia todas elas. Enquanto acreditamos que esse não era o ideal, viver em um lar polígamo era melhor do que as outras alternativas: prostituição, escravidão, fome, etc. Além de proteção e provisão, poligamia capacitou um crescimento muito mais rápido da humanidade, realizando o comando de Deus de “sede fecundos e multiplicai-vos/ povoai a terra e multiplicai-vos nela” (Gênesis 9:7). Homens são capazes de engravidar várias mulheres no mesmo período de tempo... causando um crescimento na humanidade muito mais rápido do que se cada homem pudesse produzir apenas uma criança a cada ano.

(2) COMO DEUS ENXERGA POLIGAMIA NOS DIAS DE HOJE?
Mesmo quando permitiu poligamia, a Bíblia apresenta monogamia como o plano que mais se conforma com o plano ideal de Deus para o casamento. A Bíblia diz que a intenção original de Deus era para que um homem fosse casado com uma só mulher: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher (não mulheres), tornando-se os dois uma só carne (não várias carnes)” (Gênesis 2:24). Enquanto Gênesis 2:24 está descrevendo o que o casamento é, ao invés de quantas pessoas estão envolvidas, o uso consistente do singular deve ser destacado.

Em Deuteronômio 17:14-20, Deus disse que os reis não deviam multiplicar esposas (ou cavalos ou ouro). Enquanto isso não pode ser interpretado como um comando para que os reis fossem monogamistas, ainda pode ser entendido que ter várias mulheres causa problemas. Isso pode ser visto claramente na vida de Salomão (1 Reis 11:3-4). 

No Novo Testamento, 1 Timóteo 3:2,12 e Tito 1:6 dá “marido de uma só esposa” como uma das qualificações para liderança espiritual. Há certo debate em relação ao que essa qualificação significa. A frase pode ser traduzida literalmente como “homem de uma mulher só”. Se esta frase está ou não se referindo exclusivamente à poligamia, de forma alguma pode um polígamo ser considerado “marido de uma só esposa”.

Mesmo que essas qualificações sejam especificamente para posições de liderança espiritual, elas devem ser adotadas igualmente por todos os Cristãos. Não devem todos os Cristãos ser “irrepreensível…temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento...” (1 Timóteo 3:2-4)? Se somos chamados a ser santos (1 Pedro 1:16), e se esses padrões são santos para os presbíteros e diáconos, então esse padrões são santos para todos.

Efésios 5:22-23, uma passagem que fala do relacionamento entre maridos e esposas, quando se refere a um marido (singular) também se refere a uma esposa (singular).“...porque o marido é o cabeça da mulher (singular)… Quem ama a esposa (singular) a si mesmo se ama. Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher (singular), e se tornarão os dois uma só carne... cada um de per si também ame a própria esposa (esposa) como a si mesmo, e a esposa (singular) respeite ao marido (singular)”. Enquanto uma outra passagem paralela, Colossenses 3:18-19, refere-se a maridos e esposas no plural, é bem claro que Paulo está se dirigindo a todos os maridos e esposas entre os crentes de Colosso; ele de forma alguma está afirmando que um marido pode ter várias esposas. Em contraste, Efésios 5:22-33 está descrevendo especificamente o relacionamento matrimonial. Se poligamia é permitido, toda a ilustração do relacionamento de Cristo com o Seu corpo (a igreja), e o relacionamento do marido com sua mulher, cai aos pedaços.

(3) POR QUE HOUVE UMA MUDANÇA?
Não é uma questão de Deus desaprovando algo que Ele previamente aprovou, mas sim uma questão de Deus restaurando o casamento ao Seu plano original. Mesmo quando estudamos Adão e Eva (não Evas), poligamia não era a intenção original de Deus. Deus aparenta ter permitido poligamia para resolver um problema, mas era o Seu desejo que esse problema nunca tivesse ocorrido.

Na maioria das sociedades modernas, não há necessidade alguma para poligamia. Em muitas culturas de hoje, as mulheres podem se proteger e providenciar para si mesmas – removendo o único aspecto “positivo” de poligamia. Além disso, muitas nações modernas declaram poligamia ilegal. De acordo com Romanos 13:1-7, devemos obedecer as leis que o governo estabelece.

A única situação onde desobedecer a lei é permitido nas Escrituras é se a lei contradiz os comandos de Deus (Atos 5:29). Já que Deus apenas permite poligamia, mas não faz dela um comando, uma lei que proíbe poligamia deve ser respeitada.

Será que existem algumas situações onde poligamia seria aceito ainda hoje? Talvez... mas é insondável que não existiria nenhuma outra solução. Devido ao aspecto de “uma só carne” do casamento, à necessidade de união e harmonia no casamento e à falta de uma necessidade verdadeira para a existência de poligamia, somos firmes na crença de que poligamia não honra a Deus e que não é o Seu plano para o casamento.

Fonte: GotQuestion

Transcrito Por Litrazini
Graça e Paz

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O GRANDE PROPÓSITO DE DEUS



Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.Jó2:10 

O Deus de Jó não era uma criatura graciosa, na beirada do céu, tirando presentinhos embrulhados em papel prateado e dizendo: "Isso vai deixá-lo feliz. Você vai gos­tar." Esse não é o Deus dos céus.

O Deus soberano dos céus dispõe e dispensa o que traz glória a ele. Ele nos envia não só o que é bom, mas também a adversidade. Nosso grande Deus não é obrigado a nos encher de conforto. 

Está vendo esta verdade? "Temos recebido o bem (so­mos rápidos em fazer isso) e não receberíamos também o mal?" Você está pronto para receber a adversidade? 

Na car­ne, na perspectiva horizontal você vai ficar ressentido; vai fugir dela; vai sentir amargura em relação ao Senhor, e dirá: "Que tipo de Deus é esse?"

Mas, na dimensão espiri­tual, vai reconhecer que ele tinha o direito de enviar tanto o desagradável quanto o agradável. Sem esse conceito, você jamais poderá perseverar em meio à pressão. Vai explodir por causa dela!

Ouça, nosso maior alvo na vida não é ser feliz ou ficar satisfeitos, mas dar glória a Deus. Isso contraria a nossa cultura ocidental.

Todo propósito de um pai para a sua família é que seja feliz e satisfeita. Poucos pais — muito poucos — têm como alvo que a família glorifique primeiro a Deus. Gastamos os dedos, chegando ao osso, até o últi­mo dia de nossas vidas para podermos ficar felizes e satis­feitos — e tudo que temos para mostrar como resultado são dedos ossudos.

Nada disso; o grande alvo de Deus para as nossas vidas é glorificá-lo; como disse o apóstolo Paulo, "quer pela vida, quer pela morte"(Filipenses 1:20). 

Ouça o conselho de Jó quando as calamidades se vão:
Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina; Não desprezes, pois, a disciplina do Todo-Poderoso. Porque ele faz a ferida e ele mesmo a ata; Ele fere, e as suas mãos curam. De seis angústias te livrará, E na sétima o mal te não tocará. Na fome te livrará da morte; Na guerra, do poder da espada. Do açoite da língua estarás abrigado e, Quando vier a assolação, não a temerás. Da assolação e da fome te rirás.Jó 5:17-22

Veja bem, o grande alvo de Deus para nós não é que estejamos confortáveis ou satisfeitos, nem que sigamos um "plano maravilhoso" de sorrisos constantes, felicidade, nenhuma calamidade, nenhum mal e nenhum problema. 

É errado dizer ao não-cristão: "Confie em Deus e seus pro­blemas desaparecerão... Creia em Jesus e não será mais derrotado." Isso é injusto. É claramente não bíblico! Em vez disso, por que não ser sincero e dizer: "Creia em Jesus Cristo e poderá entrar num mundo de desafios que nunca conheceu antes, porque se tornará objeto da atenção do próprio Jesus, e os traços de caráter dele serão formados em sua vida. Para ser franco, não há possibilida­de de eles serem formados sem o fogo e a perda. Desde que nosso alvo é glorificar Cristo, podemos esperar algu­ma perda." Essa é a realidade!

Quando você sofre e perde, tal coisa não significa que está sendo desobediente. De fato, pode significar que está bem no centro da vontade de Deus. O caminho da obediência é muitas vezes marcado por períodos de sofrimento e perda. 

Jó admite honestamente: "Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo" (Jó 23:8). Eis um homem com um corpo apodrecido, deteriorado; sem filhos e com uma esposa impertinente. Seu coração pesa e ele sai à noite em busca de Deus, clamando: "Olho e não o vejo!" 

As perdas são períodos solitários de crise. 
Eis que, se me adianto, ali não está; se tomo para trás, não o percebo. Se opera à esquerda, não o vejo; esconde-se à direita, e não o divisoJó23:8, 9. Quando você tiver atravessado dias assim, saberá exa­tamente o que Jó está dizendo. 

Extraído do livro Perseverança de autoria de Charles Swindoll 

Por Litrazini


Graça e Paz