"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Dificuldades da Vida Cristã

Em todas as cidades há muitos crentes solitários, tremendo de frio espiritual, agachando-se para evitar os que lhe desejam fazer bem. São pessoas feridas em seu espírito, surradas verbalmente desta ou daquela maneira pelos irmãos da fé. Veem-se indignas diante de Deus, e temem partilhar sua vida com outro ser humano, pois seriam condenadas e rejeitadas.

Isaías viu com perfeição o coração de Jesus, e o que ele viria fazer. Resumiu o caráter e o ministério de Jesus no capítulo 42:3 de sua profecia: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega...”. Os fariseus descartavam-se das pessoas que haviam falhado na vida, mas Jesus restaurava aquelas canas esmagadas, transformando-as em instrumentos musicais que tocavam seu cântico da graça.

A nossa aceitação diante de Deus e da igreja não depende do nosso desempenho e do nosso comportamento.; mas sim do amor ÁGAPE  de Deus.Ele está levando-nos a ver que o modo de caminhar ao seu lado não é mediante uma lista de regras impostas de fora, mas mediante a vida interior e os apelos do Espírito Santo.

Não havia perdão na lei de Moisés para o adultério, nem para o assassinato, de modo que a lei o condenava sem misericórdia. O povo espalhava intrigas, dizendo que Deus o havia posto fora.

Entretanto, Davi enxergava além de todas as condenações, viu Deus, e ousou crer que o Senhor o amava infinita e eternamente. Foi esse o amor que Davi apelou ao escrever: “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões.” (Sl 51:1). No versículo 11: “Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito.” Davi sabia que Deus não o tinha jogado fora, e que o Espírito Santo ainda estava nele. Não importava o que as pessoas diziam: Davi descansava naquele Deus cujo amor não o lançara fora.

Você está magoado, solitário, cheio de sentimentos de culpa?
Você precisa entender que falhou, mas tendo falhado, que Deus diz que o aceita e o ama. Antes de a graça de Deus transformar nossos erros em forças, é preciso que respondamos através do arrependimento e a fé.

O arrependimento é simplesmente a mudança de nossa mente a nosso respeito, e de nossas ações. Significa que admitimos a Deus que estamos errados, e voltamo-nos a ele. Se escolhermos o caminho do pecado, recusando-nos a reconhecer o pecado, não podemos esperar a redenção dos nossos fracassos, mas, apenas uma composição de desespero.

A fé reage ao amor de Deus e seu perdão, que nos pertencem, na obra redentora de Jesus, quando ele morreu e ressuscitou. Fora de Cristo só existe desespero por causa do fracasso.

O cristão contempla suas derrotas e erros, e volta-se para o perdão total de Deus e para a obra redentora de Cristo, que agora mora dentro dele. A fé ousa afirmar que Deus transforma os buracos negros de nossa vida nos alicerces de seu edifício mais lindo.

Cristo não vive e não se expressa no mundo de desejos e sonhos, mas em nossa história real, presente. Nossos erros e fracassos não o expulsam! Ele transforma todas as coisas negativas da vida em expressões de resposta positiva dele mesmo. Ele não diz: “Que teria acontecido se...” mas pergunta: “Que faremos agora?”.

O evangelho não é apenas mensagem de perdão, mas de esperança, de que Deus transformará o pior no melhor. Diz-nos o evangelho que Deus agora está operando em nossa situação, como somos, onde estamos, a fim de dar glória ao seu nome.

Deus não se mostra indulgente para o pecado, e tampouco interrompe seu plano, reclamando: “Ah! Se ele houvesse visto onde eu queria chegar!”. “Rendei Graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre” (2 Cr. 20.21)

Por Litrazini


Graça e Paz

domingo, 1 de setembro de 2013

Guerreiros chamados e capacitados!

Há no meio cristão uma preocupação exacerbada com a formação teológica de seus postulantes a líderes (pastores, evangelistas, missionários, etc.); chega-se em alguns casos, não aceitarem a autoridade de homens que foram ungidos pelo Espírito Santo, pois, este não concede diploma aos chamados a exercerem algum tipo de ministério. 

É do conhecimento geral, que o nosso Senhor Jesus Cristo não deixou nenhuma igreja constituída, como  conhecemos hoje, tão pouco, deixou escolas específicas para a formação de líderes! 

Como então surgiram as igrejas? Os seminários? A obrigatoriedade do líder frequentar uma escola especial? A formação teológica? E outros aspectos semelhantes?

É certo que alguém fomentou esta ideia e o tempo encarregou de fazê-la chegar aos nossos dias como a conhecemos. Entende-se, portanto, que os criadores das primeiras igrejas foram pessoas comuns, sem qualquer formação religiosa. Se alguns foram ungidos séculos atrás, por consequência, novas unções são válidas para os dias atuais. Seria, portanto, irracional o questionamento sobre a validade dos “ungidos do Senhor” (pastores, evangelistas, missionários, mestres, etc.) que não possuem formação teológica, em nossos dias.

Os Apóstolos que seguiram a Jesus são exemplos máximos, desempenhavam ocupações diversas (pescador, medico, coletor, etc.), não possuíam formação religiosa, não foram obrigados a estudarem leis e filosofias, no entanto, foram escolhidos para acompanharem o Senhor. E mostraram ao mundo o verdadeiro amor! Foram instruídos sim, a serem homens santos, puros e cheios de fé; a ponto de morrerem se necessário, em defesa de sua confiança no Mestre Jesus, muitos experimentaram esta glória.

A Bíblia mostra-nos que todos os seus grandes líderes eram pessoas comuns, que foram chamadas e comissionadas a fazerem a obra, por exemplo:

Abraão - Filho de uma família pagã, idolatra. Foi chamado e instruído por Deus na solidão do deserto. Tornou-se o pai da fé.

Moises - Instruído em todas as leis egípcias. Quando encontrado por Deus, abriu mão de tudo e deixou-se encher pelo Espírito Santo. Suas obras todos conhecem! 

Davi - Originariamente, um pastor de ovelhas. Ungido rei, foi um homem segundo o coração de Deus.

Paulo - Era profundamente versado na Lei; estudou aos pés do mestre Gamaliel (doutor na lei judaica, fariseu), recebeu toda uma instrução que o capacitava a ser também um mestre da lei (At 22.3; 23.6,5; Fp 3.5; Gl 1.14). Ao escrever uma carta ao povo de Corinto, ele faz uma revelação que surpreende, literalmente, afirma que abriu mão de todos os conhecimentos que tinha, destituiu-se da arte da oratória, excluiu a sabedoria, esqueceu-se de tudo! Afirma que toda a sua pregação foi feita em meio à fraqueza e grande temor. Mas, no meio destas palavras estava o poder e a manifestação do Espírito de Deus! (1Co 2.1-5).

Qual era a unção que Paulo tinha da igreja? Nenhuma! 
O que ele cultivava em seu coração, após o chamado, era o amor a Deus e este amor o constrangia a viver em santidade total. A carne e suas inclinações, ele sufocava. O resultado é visível. Usado pelo Espírito, escreveu inúmeras cartas que conduz o homem a darem os mesmos passos que ele deu.(Fp 3.17)

Queres também ser um homem (mulher) gigante na obra de Deus, a exemplo de Paulo? É possível, ao que se dispuserem a pagar o preço exigido. É necessário morrer para o mundo, para seus apelos e “buscar em primeiro lugar à vontade do Eterno para a vida”. (Mt 6.33; Lc 12.31).

Antes de qualquer grande obra, os escolhidos do Senhor são chamados à santificação; Ele exige que seus servos sejam santos (Lv 11.45; 20.7; Ef 5.8; Cl 3.12 e Rm 12.1), esta condição os valida a serem instrumentos nas Suas mãos. Sabemos que quando somos usados, é o Espírito de Deus que nos capacita a fazermos a obra. “Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as coisas que deveis dizer.” Lc 12.12 (veja mais: At 16.6,7; Gl 5.16). É fato, que o Espírito usa apenas aqueles que estão limpos, e procuram viver em santidade diariamente. 

Bom frisar que a santidade não é um estado de vida, na verdade é uma condição! Antes de toda grande obra é exigida a santidade: “Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós.” (Js 3.5).

Se for teu desejo ser um instrumento nas mãos do Senhor, deves iniciar pela consagração real de tua vida no altar. Eliminando, todos os desejos e atos contrários ao proceder de um homem segundo Jesus. A permanência num agir errôneo incapacita ao servo ser um vencedor na batalha contra as forças do mau, mesmo que tenha uma formação acadêmica! 

Disse o Senhor a Josué: “...Há cousas condenadas no vosso meio, ó Israel: aos vossos inimigos não podereis resistir enquanto não eliminardes do vosso meio as cousas condenadas.” (Js 7.13). É indispensável que a vida seja totalmente revista, analisada e tudo aquilo que representa condenação sejam retiradas e jogadas no fogo da purificação. Brechas de nenhuma espécie devem existir, os canais abertos que podem ser usados pelo maligno devem ser extintos. 

Se o teu desejo é servir a Deus, o primeiro passo e a santificação! A santidade é necessária para:
Pregação: Lc 12.12 ; Adoração: Sl 24.3,4 ; Comunhão: 2Co 5.15 ; Na obra: 2Tm 2.21 ; Na Vida: 1Pe 1.16; Hb 12.14.

Esteja ainda preparado para o embate contra as força do mau. O homem quando se entrega e santifica-se totalmente ao Senhor, torna-se como “farol”, que pode ser visto a grande distância pelas forças do mau; logo elas se organizam e com grande furor procuram apagá-lo. A promessa do Senhor para ti é: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg 4.7) E verás a vitória! Afinal: ”...Os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” (Is 40.31).

Se quereres servir a Deus, a tua “preocupação” inicial não é com o homem, com a formação acadêmica ou coisas semelhantes, antes, deposite todos os teus anseios e desejos nas mãos do Eterno, consagre-se a Ele e verás que o amor de Deus é muito grande para com todos, especialmente, àqueles que santificam suas vidas a favor do Seu querer. O Espírito de Deus, te ungirá no tempo oportuno para desempenhares a obra.

Elias R. de Oliveira

Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/


Graça e Paz