"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

PRECISAMOS DE AVISOS DIVINOS

Os presépios deixaram eles famosos, os reis magos que seguiram a estrela até o local onde estava o bebê Jesus. Lá chegando, o adoraram, entregaram presentes dos seus tesouros e, terminada a visita com toda a carga de emoção esperada, partiram para voltar pelo caminho que tinham vindo. Esse é o ponto final da narrativa. E é a partir deste ponto que quero compartilhar algumas lições.

Herodes queria encontrá-los, queria saber se eles tinham encontrado o Rei bebê e, caso tivessem encontrado, queria saber o endereço, pois matar o menino era a missão e o desejo de Herodes. Os magos, porém, foram divinamente avisados para retornarem por outro caminho e assim evitariam Herodes.

Muitas vezes nossos inimigos não serão aniquilados, se apenas forem evitados já será o suficiente para o nosso livramento. Em outras palavras, fuja daqueles que querem o seu mal, deixe-os nas mãos de Deus.

Outro detalhe que você não pode deixar passar, aqueles homens foram atrás de Jesus, queriam adorar, levaram ofertas. Após todo o clímax da visita e da bênção de contemplar o Messias, chegou o momento de voltar à rotina, encarar perigos, enfrentar riscos, seguir em frente. Exatamente como nossas rotinas de adoração, elas terminam e, após momentos ímpares na presença do Rei, temos de voltar ao caminho com todos os perigos que ele tem.

Jesus, no entanto, não fica limitado aos espaços consagrados à adoração. (Ainda bem!). Seguir a luz que leva a Jesus, adorar ao Rei, render nossa oferta de louvor e gratidão à Ele é muito mais que liturgia, é relacionamento, é intimidade, e é só nesse nível que o Senhor compartilha segredos, orientações. Aqueles homens foram divinamente avisados sobre o real perigo que corriam.

Todos nós precisamos de avisos divinos. Todos nós deveríamos obedecer avisos divinos. Eles acontecem de diversas formas. O conselho de um pai, a preocupação de uma mãe, o zelo de um pastor, o ônibus que atrasou, o vôo que foi cancelado, a porta que se fechou, a porta que se abriu, a palavra que se pregou, enfim, as possibilidades são muitas e Deus continua divinamente avisando seus adoradores: Não andem no caminho mal, sigam pelo caminho bom.

Quantos tipos de Herodes planejam nossa morte? Quantos estão esperando um vacilo pra acabar com os nossos sonhos, projetos e planos?

Como aqueles magos, talvez nem imaginemos os perigos que estamos correndo, mas o Rei que adoramos sabe. Portando é nEle que confiamos, pois um único, simples e divino aviso dEle muda o destino de nossas vidas.

Adoremos o Cordeiro, dediquemos a devida honra que só a Ele pertence e, com prudência, mantenhamos os ouvidos bem atentos e os corações bem abertos, quem sabe Ele esteja enviando um divino aviso exatamente agora. Quem sabe...

Edmilson Ferreira Mendes

Por Litrazini

Graça e Paz

domingo, 9 de outubro de 2016

GAMBIARRAS ESPIRITUAIS

GAMBIARRA: Extensão ilegal para levar eletricidade a algum ponto ou remediar improvisadamente uma passagem de corrente elétrica; GATO. Pop. P.ext. Qualquer solução improvisada para resolver um problema, ger. do ambiente doméstico (Dicionário Aulete). 

Gambiarra é, portanto, um arranjo, uma improvisação, algo que foge aos padrões estabelecidos. O termo é muito usado para definir a prática desonesta de fazer ligações elétricas clandestinas, para escapar do pagamento da taxa de energia consumida. 

Na religião, há também gambiarras, improvisações, atalhos. São métodos usados para facilitar, com o menor esforço possível, a obtenção de benesses divinas.

Os exemplos são muitos. Para ser abençoado, é muito mais fácil caminhar alguns metros sobre pedras de sal; tomar um copo d’água ungida, usar um amuleto no pescoço, que pode ser um crucifixo ou uma medalha, ou amarrar fitas coloridas no braço. Fácil, rápido, objetivo. Melhor usar alguma coisa material que se vê do que falar com um Deus invisível, que não se vê. 

Nesse rol de gambiarras estão as correntes milagrosas, uma modalidade que está em moda. Um atalho para conseguir milagres apenas com o uso do celular. Muito prático. O único esforço é retransmitir a mensagem para determinado número de pessoas. E pronto. Lamento dizer que muitos que se dizem crentes, ou religiosos, caem nessa heresia. Que se danem os pobres que não possuem celulares, e nem amigos para lhes retransmitir a corrente do milagre. 

Outra gambiarra espiritual é a prática usada por muitos de, em vez de fazer petições a Deus, recorrem aos mortos. Acreditam que este é o caminho mais curto. Não precisa nem crer no Senhor. Basta crer na gambiarra, isto é, no morto intermediário. É um atalho mais cômodo. Falar diretamente com Deus requer arrependimento, vida no altar. Os falecidos, iguais a nós, são mais compreensíveis, conhecem nossas fraquezas, são menos exigentes. 

Para os gambiarristas, o véu do templo ainda não foi removido (Mt 27.51). Continuam sem acesso direto ao lugar“Santo dos Santos” (Hb 4.16; 9.7). Em Cristo Jesus, temos acesso direto ao trono da graça (Jo 14.6). Este é o único Caminho, porque Ele é o Mediador da Nova e Eterna Aliança (1 Tm 2.5).

Apelar aos mortos com a intenção de chegar-se a Deus é uma gambiarra espiritual abominável ao Senhor. Vejam: 

“Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam [tagarelam] e murmuram entre os dentes; não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?” (Isaías 8.19). E o Senhor Jesus confirma: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).

A Bíblia arremata: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14). Para muitos, fazer uma gambiarra e recorrer aos mortos se torna muito mais fácil. 

Pr. Airton Evangelista da Costa

Por Litrazini

Graça e Paz