"A fé e as obras caminham juntas. Somos salvos
pela fé, para as obras. Não somos salvos pelas obras nem pela fé mais as obras.
Não cooperamos com Deus na nossa salvação."
Recebemo-la gratuitamente. Somos salvos por Cristo
mediante a fé para a prática das boas obras. As obras não são a causa da nossa
salvação, mas a evidência dela. A fé é a causa instrumental da nossa salvação
e; as obras, o resultado visível dela.
Há dois perigos quanto a este assunto. O primeiro
deles é a prática das boas obras em substituição à fé em Cristo. Muitas pessoas
tentam comprar a salvação com suas obras. Pensam que podem chegar a Deus pelo
mérito de suas obras. Isso é um engano.
A Bíblia é clara e peremptória em afirmar que pelas
obras da lei ninguém pode ser justificado diante de Deus. Essa tola pretensão,
além do mais, anularia por completo o perfeito, cabal e substitutivo sacrifício
de Cristo na cruz.
O segundo perigo é imaginar que a fé pode ser legítima
sem obras. A Bíblia diz que a fé sem as
obras é morta. Fomos criados em Cristo para as boas obras. Cristo morreu na
cruz para formar um povo zeloso de boas obras. Somos justificados diante de
Deus pela fé, mas demonstramos esse fato diante dos homens pelas obras.
Destacamos, portanto, quatro pontos importantes, para a nossa reflexão.
Quando praticamos boas obras refletimos a imagem do nosso Deus
Deus é gracioso e bom para com todos. Ele envia sua
chuva e seu sol para os bons e maus. Toda a terra está cheia da sua bondade. De
igual forma, devemos fazer o bem a todos. Não podemos fazer acepção de pessoas.
Devemos ser generosos para com todos, inclusive abençoando e orando pelos
nossos próprios inimigos.
Quando praticamos boas obras demonstramos que fazemos parte da família
de Deus
Se Cristo morreu para formar um povo zeloso de boas
obras, então, quando praticamos essas boas obras demonstramos que, de fato, pertencemos
a esse povo.
A Bíblia diz que não podemos amar a Deus sem amar o
próximo. O nosso amor não deve ser apenas de palavras, mas traduzido em obras.
Amor não é sentimento, é ação. Quem ama dá, distribui, reparte. Deus amou o
mundo e deu o seu Filho Unigênito.
O amor se evidencia pelas obras e não apenas pelas
palavras. Não somos apenas o que falamos, mas, sobretudo, o que fazemos.
Demonstramos que fazemos parte da família de Deus quando temos o coração aberto
e as mãos abertas para as boas obras.
Quando praticamos boas obras demonstramos obediência a Deus
A nossa luz deve brilhar diante dos homens para que
eles vejam as nossas boas obras e glorifiquem ao nosso Pai que está nos céus.
O apóstolo Paulo, o maior teólogo, evangelista e
missionário da igreja primitiva se empenhou em levar o evangelho aos confins da
terra sem esquecer-se dos pobres. Paulo nunca separou evangelização da prática
das boas obras. Evangelização e ação social caminham juntas, pois Deus ama o
homem integral, ou seja, corpo e alma.
A evangelização sem a ação social produziu a teologia
pietista que se importava com a alma e não com o corpo. A ação social sem a
evangelização desembocou na teologia da libertação, que se importa com o corpo
e não com a alma. Ambas as posições estão em desacordo com a Palavra de Deus.
Na verdade, não devemos separar o que Deus uniu.
Quando praticamos boas obras demonstramos amor ao próximo e gratidão a
Deus
O amor apenas de palavras é uma caricatura barata do
verdadeiro amor. Somente evidenciamos amor ao próximo, quando o socorremos em
suas aflições e quando lhe estendemos a mão em suas necessidades.
Nossa motivação mais sublime, porém, em viver uma vida
zelosa na prática das boas obras é demonstrar nossa gratidão a Deus pela sua
generosa graça e sua gratuita salvação. Não praticamos boas obras para exaltar
a nós mesmos, mas para glorificar a Deus. A exaltação e a glorificação do nome
de Deus deve ser o vetor principal a reger nossa vida agora e eternamente.
Hernandes Dias Lopes
Por Litrazini
Graça e Paz
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