"Por
que esse processo não é mais necessário? O cordeiro nos substituiu e morreu por
todos nós."
O mundo das grandes
grifes, dos prazeres, da Copa do Mundo é irreal e passa rapidamente. Os dias se
tornam cada vez mais triviais e transitórios. Estamos presos num labirinto
frenético de eventos e encontros, festas e conferências.
Somos testados pelo
congestionamento urbano crescente, ansiosamente forçados a calcular a agenda,
tempo e distância em nível de minutos e segundos. Guiados por laptops,
controlados por GPS, Ipods, Ipads e todo tipo de parafernália eletrônica,
mantemos nossas interações humanas superficiais e individualistas. Nossa
concentração é frequentemente interrompida pelo celular tocando e pelas
reuniões urgentes. Bombardeados pelas crises, com pouquíssimo tempo para
responder os eventos diários e as pessoas mais próximas de maneira humanizada.
Levantamos já
cansados quando o relógio determina, insensíveis às manchetes trágicas de
jornais que parecem próximas e remotas ao mesmo tempo. Sem tempo para orar a
Deus e meditar na sua Palavra, nos lançamos à atividade, à busca do sucesso e à
produtividade, esgotados por inúmeras operações mecânicas e técnicas.
Sufocados,
apressados, confinados, temos pouco tempo para celebrar a vida, beijar e
abraçar e tomar café junto com os amigos, pouco tempo para adquirir sabedoria,
encontrar alegria e aumentar o vigor espiritual da alma.
Se não mantivermos
nossos olhos fixos em Cristo, nada poderá tranquilizar nossa alma, nem colocar
as prioridades em ordem.
Ninguém se
aprofundará na vida cristã saudável a menos que tenha certeza de sua
suficiência única e totalmente em Cristo. Jesus Cristo é suficiente para
resolver o problema da morte. Na verdade, ele é o único que pode resolver
isso. Apocalipse 5 descreve figurativamente a história da humanidade, diante da
platéia de todos os povos, etnias e nações, a incapacidade de encontrar alguém
que poderia abrir o livro da vida e da morte, o livro da conclusão,
da prestação de contas.
Jesus, forte e
majestoso como o leão é visto também como cordeiro frágil e sacrificado, o
único no universo que poderá abrir o manuscrito selado. Jesus
Cristo, o leão-cordeiro de Deus, é o Salvador perfeito para os pecadores, mesmo
para os piores. Neste texto Ele é o cordeiro que foi morto.
Apesar do
conceito “O cordeiro que foi morto” ser tão importante nos eventos da
história da salvação, reconheço que os textos bíblicos que descrevem os
sacrifícios de sangue de animais, realizados nas obscuras cerimônias dos
antigos povos (e no terreiro de macumba do bairro) parecem antiquados
e ofensivos para a sociedade de hoje e ONGS que defendem os direitos dos
animais. Entretanto o impressionante sacrifício animal e derramamento de sangue
que substitui o pecado foi usado pelos judeus.
O pecado do homem
exige a morte. A morte demanda o derramamento de sangue. Alguém
tinha que morrer para que a justiça fosse feita no universo. Para que o
homem não fosse imediatamente morto, o cordeiro era sacrificado no lugar da pessoa.
Assim o cordeiro representava a própria pessoa e sua
morte. A metáfora do cordeiro é fundamental na Bíblia.
Essa visão da entrega sacrificial do cordeiro em substituição pela vida de
outro está em muitas religiões.
Por que esse processo
não é mais necessário? O cordeiro nos substituiu e morreu por todos
nós. Fomos trocados.Uma vez que todos nós somos pecadores, a lei nos condena à
morte e nos coloca sob uma maldição divina.
Deus imputou a culpa
dos nossos pecados a Cristo, e ele, em nosso lugar, suportou o castigo que nós
merecemos. Este
foi o pagamento total dos pecados, que satisfez tanto a ira e a justiça de
Deus, para que Ele pudesse perdoar os pecadores sem comprometer seu próprio
padrão santo. Propiciação refere-se à doutrina pela qual Cristo
morreu na cruz como um substituto dos pecadores.
Ary Velloso contava
da espera de nove meses pelo transplante de seu coração falido e abalado após
vários ataques. Os médicos abriram seu peito, arrancaram o coração velho
que não funcionava direito e inseriram um coração jovem, religando todas as
artérias e veias. Assim houve uma troca de corações. Ele estava há 13 anos com
este novo coração, vivendo uma segunda chance, que somente seria possível nas
últimas décadas com o desenvolvimento da medicina. Ary sempre brincava que fez
a cirurgia nos EUA para não correr o risco de receber um coração
Corintiano.
O único remédio para
o coração adoentado é o sangue do próprio médico, Jesus. Somente o
sangue de Jesus pode livrar-lhe do pecado. Viva no seu sangue e você morrerá
como um vencedor. Morra no seu sangue e você viverá em paz.
Pr. Rubens Muzio
Por Litrazini
Graça e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário