Origem Histórica
Segundo definição
genérica, o carnaval é uma festa popular coletiva, que foi transmitida
oralmente através dos séculos, como herança das festas pagãs realizadas a 17 de
dezembro (Saturnais - em honra a deus Saturno na mitologia grega.) e 15 de
fevereiro (Lupercais - em honra a Deus Pã, na Roma Antiga.). Na verdade,
não se sabe ao certo qual a origem do carnaval, assim como a origem do nome,
que continua sendo polêmica.
Alguns estudiosos afirmam que a comemoração do carnaval tem suas raízes em
alguma festa primitiva, de caráter orgíaco, realizada em honra do ressurgimento
da primavera. De fato, em certos rituais agrários da Antigüidade, 10 mil anos
A.C., homens e mulheres pintavam seus rostos e corpos, deixando-se enlevar pela
dança, pela festa e pela embriaguez.
Originariamente os católicos começavam as comemorações do carnaval em 25 de
dezembro, compreendendo os festejos do Natal, do Ano Novo e de Reis, onde
predominavam jogos e disfarces. Na Gália, tantos foram os excessos que Roma o
proibiu por muito tempo. O papa Paulo II, no século XV, foi um dos mais
tolerantes, permitindo que se realizassem comemorações na Via Lata, rua próxima
ao seu palácio. Já no carnaval romano, viam-se corridas de cavalo, desfiles de
carros alegóricos, brigas de confetes, corridas de corcundas, lançamentos de
ovos e outros divertimentos.
O baile de máscaras, introduzido pelo papa Paulo II, adquiriu força nos séculos
XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso na Corte de Carlos
VI. Ironicamente, esse rei foi assassinado numa dessas festas fantasiado de
urso.
As máscaras também
eram confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em Veneza
e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na como
instrumento de sedução.
Na França, o carnaval
resistiu até mesmo à Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época
do Romantismo, entre 1830 e 1850. Manifestação artística onde prevalecia a
ordem e a elegância, com seus bailes e desfiles alegóricos, o carnaval europeu
iria desaparecer aos poucos na Europa, em fins do século XIX e começo do século
XX.
Há que se registrar,
entretanto, que as tradições momescas ainda mantêm-se vivas em algumas cidades
européias, como Nice, Veneza e Munique.
Etmologia da Palavra
Assim como a origem
do carnaval, as raízes do termo também têm se constituído em objeto de
discussão. Para uns, o vocábulo advém da expressão latina "carrum
novalis" (carro naval), uma espécie de carro alegórico em forma de barco,
com o qual os romanos inauguravam suas comemorações. Apesar de ser
foneticamente aceitável, a expressão é refutada por diversos pesquisadores, sob
a alegação de que esta não possui fundamento histórico.
Para outros, a
palavra seria derivada da expressão do latim "carnem levare",
modificada depois para "carne, vale !" (adeus, carne!),
palavra originada entre os séculos XI e XII que designava a quarta-feira de
cinzas e anunciava a supressão da carne devido à Quaresma. Provavelmente vem
também daí a denominação "Dias Gordos", onde a ordem é transgredida e
os abusos tolerados, em contraposição ao jejum e à abstenção total do período
vindouro (Dias Magros da Quaresma).
Em resumo, o carnaval tem sua origem em rituais pagãos de adoração a
deuses falsos. Trata-se, por, isso de uma manifestação popular eivada de
obras da carne, condenadas claramente pela Bíblia.
Seja no Egito, Grécia
ou antiga Roma, onde se cultua, respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno,
ou hoje em São Paulo, Recife, Porto Alegre ou Rio de Janeiro, sempre notaremos
bebedeira desenfreada, danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade sexual
e falta de compromisso com as autoridades civis e religiosas.
São poucas as
diferenças do carnaval atual com as festas que o originaram, continuamos vendo,
imoralidade, promiscuidade sexual e bebedeira.
Como cristãos não
podemos concordar e muito menos participar de tal comemoração, que vai contra
os princípios claros da Palavra de Deus que diz em Romanos 8.5-8: Porque os que são segundo a carne
inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as
coisas do Espírito.Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do
Espírito é vida e paz. Porquanto
a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de
Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus.
Porque
fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no
vosso espírito, os quais pertencem a Deus. 1 Coríntios 6.
Que possamos refletir, tomar posicionamento e atitudes que não venha
a envergonhar, mas testificar o caráter de um POVO DE DEUS convertido de fato e
não apenas convencido.
Fonte: CACP
Por Litrazini
Graça e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário