O que é esse fenômeno dos dons das línguas e para que serve? É issode Deus?
Falando sobre o fenômeno muitos
líderes mencionam o livro de Atos e 1 Coríntios para entender sobre o falar em
línguas. Mas diferentes líderes tem diferentes opiniões.
Para explicar o dom de línguas, Ed
Rene Kivitz, pastor batista, explica em um vídeo sobre a descida do Espírito
Santo no dia de Pentecostes e sobre o que Paulo fala em sua carta aos
coríntios. Citando passagens de Atos 2, 10, 8, 19, ele diz que o Espírito Santo
veio sobre judeus, gentios, samaritanos e prosélitos e esse evento serve para
atestar a universalidade do Espírito Santo.
Para ele o dom existe mas o fenômeno
em Atos não é de falar em línguas estranhas ou dos anjos que o apóstolo Paulo
fala na carta aos coríntios. Segundo ele, o fenômeno descrito em Atos são
idiomas humanos, e usados para a pregação do Evangelho.
Segundo Kivitz, os dons são diversos e
nem todos tem o dom das línguas. Ele na época de sua mensagem, por exemplo,
revela que não teve ainda a experiência, mas confessa que tem o desejo de ter,
não sentindo obrigação em ter. Ele nega ainda que a falta dessa experiência não
significa que não tenha recebido o batismo do Espírito Santo.
Para o líder presbiteriano, o Rev.
Augustus Nicodemus, com o fenômeno da descida do Espírito Santo descrito em
Atos, as línguas mencionadas se tratavam de idiomas humanos. Segundo ele, em 1
Coríntios, Paulo não está dizendo que Paulo fala a língua dos anjos, e que a carta
assim não prova que as pessoas possam falar em todas as línguas dos homens e
dos anjos.
Já Marco Feliciano, pastor pentecostal que ora em
línguas, fala desse dom em sua mensagem Línguas de Fogo como “nosso legado
pentecostal”. Ele
cita também a carta aos Coríntios, para explicar sobre o dom, e afirma que
aquele que ora em espírito não ora aos homens, mas ora a Deus, “porque somente
Ele entende”. Segundo ele, a própria pessoa que ora não sabe o que está orando, porque
não é ela mas sim o espírito. “Aquele que ora fala das necessidades do seu
espírito, as necessidades da sua alma.”
O apologista Johnny Bernardo, fundador
do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR) menciona que as línguas de Atos 2 e
da carta de Paulo se referem ao dom espiritual de línguas. Ele, que
vem de igreja pentecostal, afirma que as “as línguas, concedidas pelo Espírito
Santo, são desconhecidas de quem fala e por quem as ouve”. No entanto, ele diz,
não se trata de articulações irracionais, que produzem sons estranhos, nem tão
pouco de “ruídos”, “grunhidos”, “gritos” e “ecos desconexos”.
“Os dons espirituais formam a base do
crescimento espiritual e capacita o crente para o serviço. O dom de línguas,
apresentado nas Escrituras, faz parte dos chamados ‘Dons de Inspiração’”, disse
ele ao The Christian Post.
“O fato dos discípulos, no dia de
Pentecostes, terem falado línguas dos estrangeiros que estavam em Jerusalém,
não quer dizer que as línguas estranhas sejam outros idiomas. Naquele dia,
falaram independentemente da aprendizagem intelectual; havia idiomas
extremamente difíceis para se aprender instantaneamente. O Espírito Santo usou
aquelas línguas estranhas especificamente, para que os povos ouvissem em seus
próprios idiomas ‘as grandezas de Deus’ (Atos 2. 7,8 e11)”.
Portanto, além de Atos 2, outras referências bíblicas
ao dom de línguas são as que estão presentes principalmente nas epístolas
paulinas e referem-se a uma comunicação entre o crente e Deus, de acordo com o
apologista. Ele
explica que há dois aspectos do dom de línguas e/ou línguas estranhas
explicados em I Coríntios 14. 2,13:
“(1)
‘não fala aos homens, mas a Deus, porque ninguém o entende’. (v.2) Com base neste trecho, fica
claro que as línguas estranhas não são idiomas conhecidos dos homens, porque,
conforme declara Paulo, ninguém entende”.
“(2) ‘Pelo o que, o que fala língua estranha, ore para que a possa
interpretar.’ (v.13) Paulo adverte quanto ao uso indisciplinado das
línguas estranhas. Segundo
o apóstolo, o padrão correto deveria ser o falar em língua estranha seguida de
interpretação. Tomando como base a declaração paulina, o dom de língua deve ser
usado com objetivo de ‘edificação.’ Infelizmente, em boa parte das igrejas
evangélicas, tal dom tem sido usado de maneira incorreta, por crentes com pouco
ou nenhum conhecimento das Escrituras”.
Fonte: The Christian Post
Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça e Paz
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