HÁ SEMELHANÇAS entre o julgamento dos
homens e o julgamento de Deus, no que concerne às penalidades pelos crimes
cometidos. Para tal, as circunstâncias atenuantes e agravantes são levadas em
consideração.
Um homicida, por exemplo, pode ter sua pena agravada:
(1) se houve ocultação do cadáver;
(2) se o crime foi praticado com
requintes de crueldade, que o classifica como crime hediondo;
(3) se houve premeditação;
(4) se o assassino tem antecedentes
criminais; e assim por diante.
A pena será
atenuada:
(1) se não houve intenção de matar;
(2) se o crime se deu por motivos
passionais;
(3) se o réu sofre algum tipo de
doença mental;
(4) se praticado em legítima defesa;
(5) se o agente for menor de 21 anos e
maior de 70;
(6) ter confessado espontaneamente, e
outras
“Dosimetria
da pena” é o cálculo do castigo prescrito a autores de qualquer tipo de
delito, e dá-se depois de concluído o processo condenatório.
Tais atenuantes e agravantes também
estão presentes nos juízos de Deus. Vejamos:
“Se
pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade,
já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas certa expectação horrível de
juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários” (Hb
10.26).
Aqui
temos o agravamento da pena em função de o agente ter conhecimento pleno da lei
de Deus.
“Porquanto
se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do
Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos,
tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro” (2 Pe 2.20).
Há
uma punição maior para os que possuem maus antecedentes, que são contumazes na
desobediência às leis do Senhor.
“E o servo
que soube da vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua
vontade, será castigado com muitos açoites” (Lc 12.47).
“Mas o que a
não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado...”(Lc 12.48).
“Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob
pretexto de prolongadas orações. Por isso, sofrereis mais rigoroso juízo” (Mt 23.14).
“De
quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o
Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com o qual foi santificado,
e ultrajar o Espírito da graça?” (Hb
10.29).
Os
quatro últimos casos acima revelam que no julgamento divino há diferentes graus
de castigo.
Tal como acontece no julgamento dos
homens, a dimensão do castigo, no plano divino, é diretamente proporcional à
dimensão do pecado cometido, observados os atenuantes e agravantes, acima
explicitados. Todavia, a aplicação do castigo divino reveste-se, como não
poderia deixar de ser, de perfeição absoluta.
Pr. Airton Evangelista da Costa
Por Litrazini
Graça e Paz
Justo o que eu procurava sobre dosimetria
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