Em
Mateus 6:12 está escrito:“Perdoa as
nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas que nos ofenderam”(Bíblia NTLH
– Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Como podemos ver neste versículo, é
necessário que liberemos perdão a todos aqueles que nos ofenderam; mas, o que
significa perdoar?
Perdão
é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de ressentimento ou
raiva contra outra pessoa ou contra si mesmo, decorrente de uma ofensa
recebida, diferenças, erros ou fracassos, ou cessar a exigência de castigo ou
restituição (pt.wikipédia.org/wiki/Perdão).
A
Bíblia enfatiza, por várias vezes, a necessidade do perdão, senão vejamos:
Em
Efésios 4:32 está escrito: “…e perdoem
uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês” (Bíblia
NTLH).
Em
Mateus 18:35 está escrito: “E Jesus
terminou dizendo: É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês
se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão” (Bíblia NTLH).
Em
Colossenses 3:13 está escrito: “Não
fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha
alguma queixa contra outra pessoa.Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem
uns aos outros” (Bíblia NTLH).
Em
Lucas 17:3-4 está escrito: “Tenham
cuidado! Se o seu irmão pecar, repreenda-o; se ele se arrepender, perdoe. Se
pecar contra você sete vezes num dia e cada vez vier e disser: Me arrependo,
então perdoe” (Bíblia NTLH).
O perdão é bíblico e não há
como negar isto. Inclusive, a Bíblia nos mostra que o perdão de Deus só se
manifesta na vida daqueles que também perdoam; ou seja, quem não perdoa o seu
próximo, não terá o perdão de Deus. É algo condicional: Deus perdoa aquele que
também sabem perdoar. Não há como fugir disto. No entanto:
Perdoar, não significa que
conseguiremos esquecer o fato ocorrido: perdoar independe de esquecer.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra; ambas são coisas distintas. Nós temos
no cérebro uma memória que registra todos os fatos e por isto, quem perdoa não
tem que necessariamente, esquecer do agravo sofrido. O que é preciso é diluir a
mágoa, a raiva ou o ressentimento que o fato gerou.
Em
outras palavras, não devemos ter apego à ofensa feita. Isto não é algo fácil.
No entanto, uma coisa é certa: por mais que tiremos a mágoa de nosso coração, O
AGRAVO QUE SOFREMOS, NUNCA SERÁ REALMENTE ESQUECIDO; ISSO É IMPOSSÍVEL, POIS,
NÃO TEMOS UMA TECLA “DELETE” EM NOSSA MENTE. ALÉM DISSO, OS BONS E OS MAUS
MOMENTOS FAZEM PARTE DA NOSSA HISTÓRIA DE VIDA.
Perdoar, não implica sempre
em reconciliação: há
situações que mesmo depois do perdão, não será possível a convivência tal como
era antes do fato ocorrido. Quando alguém passa por uma ofensa ou agravo muito
traumatizante, não há como haver reconciliação. Como exemplo, podemos citar o
caso de um estupro, uma situação de violência física ou de calote financeiro.
Nestes casos, e em alguns outros, não há como confiar novamente na pessoa
causadora do mal; inclusive, nos casos citados anteriormente, dar um novo voto
de confiança ao causador do dano é até perigoso. Cuidado para não arriscar a
sua vida e a de seus familiares. PERDOAR NÃO SIGNIFICA COLOCAR-SE EM RISCO.
Perdoar não significa bancar
o palhaço: uma
vez eu ouvi um pastor dizendo que crente de verdade é aquele que pede perdão ao
ofensor, mesmo que tenha sido você a parte ofendida. Isto é um absurdo. Quem
tem que pedir perdão é aquele que nos ofendeu e não nós que fomos ofendidos.
Nós
temos de estar prontos para liberar o perdão, mas quem tem que pedir perdão é o
ofensor. Se nós pedirmos perdão ao ofensor, isso fará com que ele se estimule a
continuar nos maltratando, pois, ele não será cobrado por isso.
A
MISERICÓRDIA, NESTE CASO, TAMBÉM CORROMPE. Eu vou mais longe ainda: A
FACILIDADE DE PERDÃO AO OFENSOR, NESTE CASO, O INCENTIVA AO CRIME. Devemos agir
como cristãos, é claro, mas não temos de ser bobos; quem tem que pedir perdão é
quem ofende e a parte ofendida tem que somente liberar o perdão. Não invertam
esta ordem nunca. Pedir perdão a quem te ofendeu não é cristianismo; é
fanatismo.
O
objetivo do texto é demonstrar que nem sempre será possível esquecer o fato
ocorrido; que nem sempre haverá o restabelecimento das condições anteriores ao
agravo, como conviver juntos, por exemplo, e finalmente, demonstrar que o
perdão deve ser pedido por aquele que ofendeu e nunca por aquele que foi
ofendido; a parte ofendida tem que liberar o perdão e somente isso. O pedido de
perdão deve vir sempre do ofensor e não o contrário.
Autoria: Hugo Aquino
(Bereshit).
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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