Às
vezes, nossos fardos parecem grandes demais para qualquer um suportar. Jesus
tem um grande convite para nós:"Vinde
a mim todos os que andais em trabalho e vos achais carregados, e eu vos
aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e
humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Pois meu jugo é
suave, e o meu fardo é leve." (Mat. 11:28-30, o grifo é
meu)
Vinde.
Tomai. Aprendei. Que palavras poderosas! Contêm um convite para aceitar e tirar
proveito de nossos fardos e problemas.
O
orador, escritor e estadista irlandês Edmund Burke (1729-1797) disse:
"Nosso antagonista é nosso ajudante. Aquele que luta conosco fortalece
nossos músculos e aguça nossas habilidades."
Um
músculo que não é usado se atrofia. Para atingir a sua força máxima, o músculo
tem que se opor a alguma coisa. Para atingir o ápice como indivíduo, a pessoa
tem que aprender a tirar proveito de uma dificuldade.
Fico
pensando nos negros americanos que, por muitos anos, foram considerados
cidadãos de segunda categoria. Porém, a despeito de suas extremas desvantagens,
muitos negros tiraram proveito de suas dificuldades para desenvolver todo o seu
potencial humano.
Como
resultado de seu trabalho e de sua luta pelo reconhecimento, temos muitos
atletas, cantores e atores negros extraordinários. Outros negros, também,
alcançaram grande destaque porque encontraram na adversidade aquilo que nós, no
privilégio e na afluência, deixamos escapar.
A pérola é outro exemplo da grandeza que nasce da adversidade. De onde vem essa bela jóia?
Ela começa como incômodo grão de areia, que deu um jeito de entrar pelas dobras
da concha da ostra. A pérola emerge como resultado da reação da ostra ao
incômodo. Alguém já disse: "Uma pérola é uma ostra que foi
ferida."
O
conforto e a prosperidade jamais enriqueceram o mundo como a adversidade o fez.
Foi da dor e dos problemas que nasceram as mais doces canções, os poemas mais
pungentes, os contos mais impressionantes. Do sofrimento e das lágrimas
nasceram os maiores espíritos e as vidas mais abençoadas.
J.R.
Miller escreveu: "Muitos de nós acham a vida dura e cheia de dor. Não
podemos evitar tais coisas. Mas não devemos deixar que as experiências difíceis
amorteçam a nossa sensibilidade ou nos façam ficar estóicos ou azedos.
O
verdadeiro problema da vida é manter os corações doces e meigos nas condições e
experiências mais duras.
Quando
os cristãos enfrentam os ventos da adversidade e as tormentas dos problemas,
eles alçam vôo como a cotovia. São como as árvores que sobrevivem à tempestade porque
suas raízes estão profundamente enterradas. São como as árvores que
crescem nas cristas das montanhas da Carolina do Norte – árvores castigadas
pelos ventos e, no entanto, árvores nas quais encontramos a madeira mais
forte.
A
pérola, a cotovia, a flor, as árvores – todas elas ilustram as palavras de Jó: "Se ele me provasse, sairia eu como o
ouro." (Jó 23:10)
O cristão que compreende este aspecto da natureza de Deus pode achar
conforto no seu sofrimento. Assim
como uma criança disciplinada é uma criança feliz, a Bíblia diz: "Eis que é feliz o homem a quem
Deus reprova, portanto não desprezes a correção do Todo-Poderoso. Pois ele faz
a ferida e a trata; ele machuca, e as suas mãos curam."(Jó
5:17,18)
Quando nossos corações estão inteiramente entregues à vontade de Deus,
então nos deliciamos ao ver que Ele nos usar de qualquer maneira que
deseje.
Nossos
planos e desejos começam a combinar com os dEle e aceitamos a Sua orientação em
nossas vidas.
Nosso
senso de alegria, satisfação e realização na vida aumenta, não importa quais as
circunstâncias, se estamos no centro da vontade de Deus.
Extraído
do livro: A Segunda Vinda de Cristo: Perspectiva do Sofrimento de Billy
Graham
Por Litrazini
Graça e Paz
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