E sabemos que
todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Romanos
8.28)
Apenas afirmar que todas as coisas contribuem para o bem, não é
totalmente fidedigno. Contudo, é uma afirmação real e verdadeira para os que
amam a Deus. Amar a Deus, significa obedecer seus mandamentos.
Nosso
amor por Deus fará com que jamais duvidemos dEle.
Enfermidade, desemprego, pobreza, defeitos físicos, acidentes, mortes
entre outras coisas, é utilizado por Deus para que olhemos para Ele. “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho
a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar
o fim que esperais” (Jr 29.11).
Conheço uma ilustração sobre José que pode explicar melhor o texto
acima, embora desconheça o autor, confira:
José era jovem e bonito. Fruto de uma longa espera por um grande amor, o
favorito de seu pai. Sonhou que seria grande, mas foi humilhado quando
compartilhou seu sonho com aqueles a quem amava. Então perguntou:
- Por que, Senhor? E o Senhor respondeu:
- Espere... e verás.
Os dias se passaram. Um novo sonho foi o bastante para que tentassem
calar a sua voz, matar suas ambições. Vendido como escravo, levado para uma
terra desconhecida, afastado de seu lar, ele perguntou mais uma vez:
- Por que, Senhor? E mais uma vez o Senhor respondeu:
- Espere... e verás.
Adquirindo a confiança de seu senhor, tudo pareceu melhorar. Afinal,
mesmo em terra estranha, ele havia prosperado. Mas ele não sabia que seus
encantos iriam levá-lo a uma nova humilhação. Assediado por sua senhora,
recusou-se a pecar contra Deus e pagou alto preço. Desta vez, a prisão. Sem
direito a nada, nem ao menos defender-se, ele não se desespera, mas pergunta:
- Por que, Senhor? A resposta ainda é a mesma:
- Espere... e verás.
Seu dom de interpretar sonhos é o instrumento que Deus usa para livrá-lo
daquela situação. Frente a frente com o rei, ele é então promovido a
governador, como prova de confiança e agradecimento pelos serviços prestados.
Mas, mesmo diante de tanta glória, não se envaidece, e humildemente muda a
pergunta:
- Para que, Senhor? Só para ouvir ainda mais uma vez:
- Espere... e verás.
Chega o dia do confronto: de um lado, aqueles que o desprezaram e
humilharam, do outro ele, jovem bonito, homem feito, com o poder nas mãos. Nada
mais importa. O passado é esquecido, a outra face é dada. A esperança renasce
com a alegria da reconciliação. Os questionamentos têm fim com uma única
certeza:
-
Foi para salvar vidas que o Senhor me enviou...
José
tinha um propósito: agradar a Deus, não importa o que acontecesse. Ele não
sabia do propósito de Deus, mas descansava nEle, confiando sempre que o Senhor
o estava direcionando para o cumprimento desse propósito.
Muitas
vezes (ou, quase sempre), nós nos desesperamos, queremos respostas imediatas,
soluções "pra ontem". Descarregamos em Deus toda nossa frustração por
não obter tudo no tempo que é hoje, agora. Mas Deus, pacientemente, nos
responde:
-
Espere... e verás.
Essa espera depende de confiança plena. Crer que o Senhor usará tudo
para o nosso bem, muito embora as circunstâncias provem o contrário.
Que o exemplo de José nos inspire a confiar em Deus todo o tempo, certos
de que Ele sempre nos ouve e responde, seja SIM, ou NÃO, ou, simplesmente...
ESPERE!!!
Lidiomar T. Granatti
Por Litrazini
Graça e Paz
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