“Se alguém quer vir após mim, a si
mesmo se negue, tome sua cruz e siga-me.”Mt 16.24
A cruz de Cristo é a coisa
mais revolucionária que já apareceu entre os homens.
Depois
que Cristo ressurgiu dos mortos, os apóstolos saíram a pregar a sua mensagem, e
o que pregaram foi a cruz. E por onde quer que fossem pelo mundo levavam a
cruz, e o mesmo poder revolucionário ia com eles. A mensagem radical da cruz
transformou Saulo de Tarso e o mudou de perseguidor dos cristãos em um terno
crente e um apóstolo da fé. Seu poder mudou homens maus em bons. Sacudiu a
longa escravidão do paganismo e alterou completamente toda a perspectiva moral
e mental do mundo ocidental.
Fez
tudo isso, e continuou a fazê-lo enquanto se lhe permitiu permanecer como fora
originalmente, uma cruz. Seu poder se foi quando foi mudado de uma coisa de
morte para uma coisa de beleza. Quando os homens fizeram dela um símbolo,
penduraram-na nos seus pescoços como ornamento ou fizeram o seu contorno diante
dos seus rostos como um sinal mágico para protegê-los do mal, então ela veio a
ser, na melhor expressão, um fraco emblema, e na pior, um inegável feitiço.
Como tal é hoje reverenciada por milhões que não sabem absolutamente nada do
seu poder.
A
cruz atinge os seus fins destruindo o modelo estabelecido, o da vítima, e
criando outro modelo, o seu próprio. Assim, ela tem sempre o seu método. Vence
derrotando o seu oponente e lhe impondo a sua vontade. Domina sempre. Nunca se
compromete, nunca faz barganhas, nunca faz concessão, nunca cede um ponto por amor
da paz. Não se preocupa com a paz; preocupa-se em dar fim à sua oposição tão
depressa quanto possível.
Com
perfeito conhecimento disso tudo, Cristo disse: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome sua cruz
e siga-me. Assim a cruz não só põe fim à vida de Cristo, como termina
também a primeira vida, a velha vida, de cada um dos Seus seguidores
verdadeiros. Ela destrói o velho modelo, o modelo de Adão, na vida do crente, e
lhe dá fim. Então o Deus que levantou a Cristo dos mortos levanta o crente, e
uma nova vida começa.
Isso,
e nada menos que isso, é o cristianismo verdadeiro, embora não possamos senão
reconhecer a aguda divergência que há entre esta concepção e a sustentada pelo
tipo comum de cristãos conservadores hoje. Mas não ousamos qualificar a nossa
posição.
A
cruz ergue-se muito acima das opiniões dos homens e a essa cruz terão que vir
afinal para julgamento. Uma liderança superficial e mundana gostaria de
modificar a cruz para agradar os religiosos maníacos por entretenimento que querem
divertir-se até mesmo dentro do santuário; fazê-lo, porém, é cortejar a
tragédia espiritual e arriscar-se à ira do Cordeiro feito Leão.
Temos que fazer alguma coisa
quanto à cruz, e só podemos fazer uma destas duas: fugir ou morrer nela.
Se
formos tão temerários que fujamos, com este ato estaremos pondo fora a fé
vivida por nossos pais e faremos do cristianismo uma coisa diferente do que é. Neste caso,
teremos deixado somente o vazio linguajar da salvação; o poder se irá
juntamente com a nossa partida para longe da verdadeira cruz.
Se
somos sábios, faremos o que Jesus fez: suportaremos a cruz e desprezaremos a
sua vergonha pela alegria que está posta diante de nós. Fazer isso é submeter todo
o esquema da nossa vida para ser destruído e reconstruído no poder de uma vida
que não se acabará mais. E veremos que é mais que poesia, mais que doce
hinologia e elevado sentimento. A cruz cortará fundo as nossas vidas onde
fere mais, não nos poupando nem a nós mesmos nem as nossas reputações
cultivadas. Ela nos derrotará e porá fim às nossas vidas egoístas. Só então
poderemos elevar-nos em plenitude de vida para estabelecer um padrão de vida
totalmente novo, livre e cheio de boas obras.
A
modificada atitude para com a cruz que vemos na ortodoxia moderna prova, não
que Deus mudou, nem que Cristo afrouxou a Sua exigência de que levemos a cruz;
em vez disto, significa que o cristianismo corrente desviou-se dos padrões do
Novo Testamento. Para tão longe nos desviamos que nada menos que uma nova
reforma restabelecerá a cruz em seu lugar certo na teologia e na vida da
igreja.
Fonte: O
Melhor de A W. Tozer, Editora Mundo Cristão, 1997
Por
Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça
e Paz
SENHOR aumenta a minha fé e eu quero carregar a minha cruz junto com o seu AMOR incondicional.ALELUIA!
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