As mãos de nosso Pai são assim. Você diz a ele: “Pai faze isto em mim,
pois não posso fazê-lo sozinho. É grande demais para mim”. E você sai, dando o
passo de fé, para fazer e dizer coisas que só poderiam vir das mãos de Deus.
Depois de tudo, seu espírito clamará: Foi Deus quem fez isso, e ninguém
mais! Deus me conduziu, deu-me as Palavras, deu-me o poder – e isto é
maravilhoso! Não há nada melhor do que viver nesta dimensão
sobrenatural!
O
PODER DE DEUS SOBRE NÓS, EM NÓS E MOVENDO-SE ATRAVÉS DE NÓS É EXATAMENTE O QUE
TRANSFORMA DEPENDÊNCIA EM INESQUECÍVEIS EXPERIÊNCIAS DE PLENITUDE. “Não que, por nós mesmos sejamos capazes de
pensar alguma coisa”, disse Paulo, “como se partisse de nós, pelo contrário, a nossa suficiência vem de
Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança” (2Co
3: 5-6).
Por mais trágico que isso possa parecer, a mão do Senhor é tão raramente
experimentada, até mesmo por cristãos maduros, que eles não sentem falta dela
nem pedem sua atuação. Eles mal sabem que ela existe. Pensam nela como algo
reservado aos profetas e apóstolos, que não é para eles.
Quando estas pessoas enfrentam a perspectiva do fracasso, sua tendência
é chegar à errônea conclusão: Fui longe demais; acabei chegando ao lugar
errado. Já que cheguei ao fim de meus recursos, a melhor coisa é sair,
rápido!
Jabez, ao contrário, estava tão certo de que a mão de Deus sobre ele era
necessário para alcançar as bênçãos, que foi incapaz de imaginar uma vida
honrada sem ela. Vamos analisar em mais detalhes o significado de sua oração.
A “mão do Senhor” é um termo bíblico para expressar o poder e
a presença de Deus na vida de seu povo (veja Js 4:24 e Is 59:1).
Em Atos, o sucesso fenomenal da Igreja primitiva foi atribuído a uma
coisa: “A mão do Senhor estava com
eles, e muitos crendo, se converteram ao Senhor” (At 11:21).
Uma descrição mais específica do Novo Testamento sobre a mão de Deus é
o “encher-se do Espírito Santo”. O crescimento da igreja deve seu
poderoso testemunho, tanto à necessidade quanto à disponibilidade da mão de
Deus para realizar as coisas de Deus.
Considere a progressão natural que parte de mais bênçãos para maiores
fronteiras e em seguida para a necessidade de poder sobrenatural. Quando Jesus
deu a seus discípulos a “Grande Comissão – Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações... E eis que
estou convosco todos os dias” (Mt 28: 19-20), estava lhes outorgando
tanto uma benção incrível, quanto uma tarefa impossível.
Ir a todas as nações e pregar? Desastre à vista! Afinal, ele estava
escalando pessoas não confiáveis e covardes como Pedro, que já havia provado
que até uma menina próxima a uma fogueira, poderia fazê-lo negar ter conhecido
Jesus!
No entanto, ao enviar o Espírito Santo (At 1:8), Jesus tocou aqueles
cristãos comuns com um toque de grandeza, enchendo-os de seu poder miraculoso
para espalhar o evangelho por toda a face da terra. Você notará, de fato, que a
frase presente no relato de Lucas (Cheios do Espírito Santo), freqüentemente
está ligada à uma conseqüência: “eles falavam com intrepidez” (Veja
At 4:13, 5:29, 7:51, 9:27). Apenas Deus, trabalhando através deles,
poderia executar os milagres e as conversões em massa que se seguiram.
Ao pedirmos a poderosa presença de Deus, como Jabez e a Igreja primitiva
fizeram, também veremos resultados tremendos que podem ser explicados somente
como vindos da mão de Deus.
O que mais me surpreende sobre a Igreja primitiva é que os cristãos
buscavam continuamente serem cheios de Deus (veja At 4: 23-31). Eram conhecidos
como uma comunidade que passava horas e até mesmo dias em oração juntos,
esperando em Deus e pedindo seu poder (veja At 2: 42-47). Eles ansiavam por
receber mais da “mão de Deus” – um preenchimento espiritual renovado
do poder de Deus que poderia transformar um fracasso certo e iminente em um
milagre, fazendo com que tarefas impossíveis fossem realizadas.
Paulo instruiu os cristãos de Éfeso a fazer disso uma prioridade: “para que sejais tomados de toda a
plenitude de Deus” (Ef 3:19). Com este fim em mente, Paulo orou para
que Deus os abençoasse e os fortalecesse “mediante o seu Espírito” (Ef 3:16).
Quando foi a última vez em que sua Igreja se reuniu e pediu para ser
cheia do Espírito Santo? Qual foi a última vez em que você orou com freqüência
e fervor dizendo: “Oh Senhor, coloca a tua mão sobre mim! Enche-me com o
teu Espírito Santo”!
A rápida disseminação das Boas Novas no mundo romano não poderia ter
acontecido de outra maneira.
Extraído do livro A oração de Jabez de Bruce Wilkinson
Por Litrazini
Graça
e Paz
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