Muitos
recorrem a milhares de receitas mágicas de domínio popular a fim de resolver
seus problemas. Seus praticantes as chamam de simpatias e são largamente
empregadas pelo povo brasileiro, sendo difundidas como inofensivas tradições
folclóricas.
Será
que as simpatias são realmente inofensivas? Que poderes envolvem? Que perigos
escondem? Quais os reais limites entre a fé e a superstição? O uso de palavras
bíblicas santifica esta prática?
Possuir
respostas para estas perguntas é vital. Pessoas que jamais se envolveriam com
algum tipo de ocultismo tornam-se ingenuamente (ou não) vítimas das maldições
inerentes a este tipo de prática. A inocência não serve de escudo.
O
QUE É MESMO SIMPATIA?
O dicionário Aurélio a define, entre outras coisas, como: "ritual
posto em prática, ou objeto supersticiosamente usado, para prevenir ou curar
uma enfermidade ou mal-estar". Mas esta explicação é muito branda. A significação de um
site sobre simpatia é outra bem diferente para esta prática: "Simpatia é a
maneira ritual de forçar poderes ocultos a satisfazerem a nossa
vontade".
Este
conceito é exato e sincero, uma vez que não são as meras palavras, atos,
rituais e objetos que vão levar a realização do desejo do praticante da
simpatia, mas, sim, os poderes nela invocados. Não são as gotas do azeite, os
pingos da vela e/ou o pano vermelho os verdadeiros objetos da fé.
OS
PRATICANTES, QUANDO USAM DESTAS COISAS, COLOCAM SUA FÉ EM ENTIDADES INDEFINIDAS
OU EM ALGUM SANTO COMUM EM SIMPATIAS. ISSO SIGNIFICA QUE, MESMO SEM INTENÇÃO,
OU INVOLUNTARIAMENTE, PROCURA-SE CRIAR ALGUM VÍNCULO COM O MUNDO ESPIRITUAL E
MANIPULÁ-LO DE FORMA A ATENDER NOSSOS DESEJOS. A GRANDE QUESTÃO É: COM QUEM A
MAGIA DA SIMPATIA LIDA?
A Bíblia relata que quando Moisés foi enviado por Deus ao Egito para
falar a faraó acerca da libertação do povo hebreu, lançou sua vara ao chão e Deus
a transformou em cobra. Entretanto,
os magos egípcios fizeram o mesmo com seu poder (Êx 7.10-12). Os milagres foram
iguais, mas a fonte deles era antagônica: Moisés invocava ao Deus verdadeiro, e
os outros, cultuavam falsos deuses e espíritos malignos.
DESEJAR
MILAGRES E NÃO SE PREOCUPAR COM A "FONTE DE ORIGEM" É ABRIR A PORTA
PARA A ATUAÇÃO DO DIABO. SOBRE O PODER DO DIABO EM REALIZAR PRODÍGIOS A PALAVRA
DE DEUS ESCLARECE: "A vinda
desse iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e
prodígios da mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem. Perecem
porque não receberam o amor da verdade para se salvarem" (2Ts 2.9,10; grifo do
autor).
"De sorte que a fé vem pelo
ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10.17). Logo, a fé bíblica,
a fé verdadeiramente cristã, é uma conseqüência de se ouvir e aceitar a Palavra
de Deus. A superstição, elemento essencial das simpatias, não tem seu
fundamento nas Escrituras Sagradas, se é que possui algum fundamento.
A
Bíblia é explícita ao dizer que "pela
fé caíram os muros de Jericó" (Hb 11.30), e não pelo simples fato
de serem rodeados. Houve uma ordem específica de Deus e uma obediência em fé
correspondente, então Deus operou. A vitória veio de Deus pela fé, e não porque
aquele era um ritual mágico.
Da
mesma forma, o fato de Jesus ter cuspido na terra, feito lodo, passado nos
olhos de um cego e este ter sido curado após lavar-se no tanque de Siloé, não
significa que Jesus estava ensinando, com isso, um ritual para curar cegos (Jo
9.11). Aquele foi um milagre produzido pelo poder de Cristo mediante a fé, e
não passos a serem seguidos pelos cegos que buscam cura. A Bíblia estava
narrando um acontecimento, não ensinando um ritual para curar cegos.
Biblicamente, fé significa confiar (crer) em Deus e em Cristo (Jo 14.1).
Os cristãos
oram e tomam atitudes confiando nas promessas divinas, e não em meras palavras
e atos por si só. Os praticantes da simpatia não agem de acordo com um
relacionamento pessoal com Deus ou Jesus.
"Andamos por fé, e não por
vista"
(2Co 5.7). Este é o fundamento da fé evangélica e bíblica.
Quando
o relacionamento diário com Deus se baseia em objetos, fórmulas, rituais e/ou
palavras previamente estabelecidas, então ocorre um afastamento. Não importam
quantas "graças" as pessoas digam que alcançaram por este meio, isto
não prova que foi Deus quem realizou nada.
O
Novo Testamento rejeita completamente o uso de tais subterfúgios para se
alcançar resposta divina, e, o Velho Testamento só o faz quando é orientado por
Deus e, mesmo assim, como símbolos espirituais de Cristo.
Matéria
Baseada no texto Eguinaldo Hélio de Souza
Adaptado Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça
e Paz
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