"Jesus, o Filho de Deus, deixou a
glória que tinha com o Pai, no céu, e veio ao mundo, encarnou-se e habitou
entre nós."
Veio
como nosso representante e substituto. Veio para morrer em nosso lugar. Seu
nascimento foi um milagre, sua vida foi um exemplo, sua morte foi um sacrifício
vicário, sua ressurreição uma vitória retumbante.
Jesus
concluiu sua obra redentora e comissionou sua igreja a ir por todo o mundo,
proclamando o evangelho a toda a criatura. Por essa razão, a obra missionária
merece nossos melhores investimentos. Destacamos, aqui, dois investimentos que
devemos fazer na obra missionária:
EM PRIMEIRO LUGAR, O
INVESTIMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS.
A
Bíblia diz que aquele que ganha almas é sábio (Pv 11.30). Investir na obra
missionária é fazer um investimento para a eternidade; é fazer um investimento
de consequências eternas. Nada trouxemos para este mundo nem nada dele
levaremos.
Os
recursos que Deus nos dá não são apenas para o nosso deleite. Devemos empregar,
também, esses recursos para promover o reino de Deus, levando o evangelho até
aos confins da terra.
A
contribuição cristã não é um peso, mas um privilégio; não é um fardo, mas uma
graça. Deus nos dá a honra de sermos cooperadores com ele na implantação do seu
reino. Não fazemos um favor para Deus contribuindo com sua obra; é Deus quem
nos dá o favor imerecido de sermos seus parceiros. Estou convencido, portanto,
de que a melhor dieta para uma igreja é a dieta missionária.
Quando
Oswald Smith chegou à Igreja do Povo, em Toronto, com vistas a assumir o
pastorado daquela igreja, fez uma série de conferências de uma semana. Nos três
primeiros dias pregou sobre missões. A liderança da igreja reuniu-se e disse ao
pastor que a igreja estava com muitas dívidas e que aquele não era o momento
oportuno de falar sobre missões. Smith continuou nessa mesma toada e no final
da semana fez um grande levantamento de recursos para missões. O resultado é
que aquela igreja, por longas décadas, jamais enfrentou crise financeira. Até
hoje, ela investe mais de cinquenta por cento de seu orçamento em missões
mundiais.
EM SEGUNDO
LUGAR, INVESTIMENTO DE VIDA.
A
obra de Deus não é feita apenas com recursos financeiros, mas, sobretudo, com
recursos humanos. Fazemos missões com as mãos dos que contribuem, com os
joelhos dos que oram e com os pés dos que saem para levar as boas novas de
salvação.
Tanto
os que ficam como os que vão são importantes nesse processo de proclamar o
evangelho de Cristo às nações. Os missionários que vão aos campos e as igrejas
enviadoras precisam estar aliançados.
William
Carey, o pai das missões modernas, disse que aqueles que seguram as cordas são
tão importantes como aqueles que descem às profundezas para socorrer os
aflitos. Os que guardam a bagagem e os que lutam no campo aberto recebem os
mesmos despojos.
Devemos
fazer missões aqui, ali e além fronteiras concomitantemente. Devemos empregar o
melhor dos nossos recursos, o melhor do nosso tempo e da nossa vida para que
povos conheçam a Cristo e se alegrem em sua salvação.
Alexandre
Duff, missionário presbiteriano na Índia, retornou à Escócia, seu país de
origem, depois de longos anos de trabalho. Seu propósito era desafiar os jovens
presbiterianos a continuarem a obra missionária na Índia. Esse velho
missionário, numa grande assembleia de jovens, desafiou-os a se levantarem para
essa mais urgente tarefa. Nenhum jovem atendeu seu apelo.
Sua
tristeza foi tamanha, que ele desmaiou no púlpito. Os médicos levaram-no para
uma sala anexa e massagearam-lhe o peito. Ao retornar à consciência, rogou-lhes
que o levassem de volta ao púlpito, para concluir seu apelo. Eles disseram: “O
senhor não pode”. Ele foi peremptório: “Eu preciso”. Dirigiu-se, então, aos
moços nesses termos: “Jovens presbiterianos, se a rainha da Escócia vos
convidasse para ir a qualquer lugar do mundo como embaixadores, iríeis com
orgulho. O Rei dos reis vos convoca para ir à Índia e não quereis ir. Pois,
irei eu, já velho e cansado. Não poderei fazer muita coisa, mas pelo menos
morrerei às margens do Ganges e aquele povo saberá que alguém o amou e se
dispôs a levar-lhe o evangelho”.
Nesse
instante, dezenas de jovens se levantaram e se colocaram nas mãos de Deus para
a obra missionária!
Por Litrazini
Graça e Paz
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