A
pergunta de Davi não é a nossa? Quando tudo o que é bom se despedaça, o que os
justos podem fazer? Quando aviões perfuram torres fortes, quando chamas coroam
nossa fortaleza, quando cidades sacodem e as pessoas sucumbem, o que podemos
fazer?
Ainda
estamos esperando que iremos acordar. Ainda estamos esperando que vamos abrir
um olho sonolento, balançar a cabeça com cara de travesseiro e pensar
"Cara, que sonho!". Mas não vamos. Porque o que vimos não foi um
sonho.
Foi
indizível, impensável, mas não foi um sonho. Pessoas morreram mesmo. Prédios
caíram mesmo.
E
nós estamos tristes. Estamos tristes pelas pessoas inocentes que morreram,
pelos seus filhos que não os verão mais, por seus cônjuges que terão que
enterrá-los. Nós sofremos a perda da vida.
Mas
nosso sofrimento vai ainda mais fundo. Quando nos enlutamos pela morte de
pessoas, nós nos enlutamos pela morte de uma imagem. Assim como o horizonte da
cidade está alterado para sempre, também estará a nossa visão do mundo. Nós
pensávamos que éramos intocáveis, impenetráveis.
Com
a perda de vidas inocentes vai a perda da própria inocência. Talvez devêssemos
saber melhor, mas não sabíamos.
Então,
o que podemos fazer? "Quando tudo o que é bom se despedaça, o que podem
fazer os justos?"
Curiosamente,
Davi não responde sua pergunta com uma resposta. Ele responde com uma
declaração: "O Senhor está no seu
santo templo. O Senhor está no seu trono no céu".
Este
ponto é infalível: Deus não é afetado pelas nossas tormentas. Ele não é detido
pelos nossos problemas. Ele não é atingido por esses problemas. Ele está no seu
santo templo. Ele está sobre o seu trono no céu.
Edifícios
caíram, mas Ele não. O negócio de Deus é mudar a tragédia em triunfo.
Ele
não fez isso com José? Veja-o na prisão egípcia. Seus irmãos o haviam vendido;
a mulher de Potifar tinha se deitado com ele. Se alguma vez um mundo desabou,
foi o de José.
Ou
considere Moisés, cuidando de rebanhos no deserto. É isso que ele pretendia
fazer com a sua vida? Difícil. Seu coração bate com sangue judeu. Sua paixão é
conduzir os escravos, então por que Deus o mantém conduzindo ovelhas?
E
Daniel. E Daniel? Ele estava entre os melhores e mais brilhantes jovens de
Israel, o equivalente às melhores graduações do nosso país. Mas ele e toda a
sua geração estão sendo levados para fora de Jerusalém. A cidade está
destruída. O Templo está em ruínas.
José
na prisão. Moisés no deserto. Daniel em cadeias. Esses foram momentos escuros.
Quem poderia ver qualquer coisa boa neles? Quem poderia saber que o José
prisioneiro estava a uma promoção de tornar-se o José Primeiro Ministro? Quem
teria pensado que Deus estava dando a Moisés quarenta anos de treinamento no
deserto no mesmo deserto por onde ele conduziria o povo? E quem teria imaginado
que Daniel, o cativo, seria em breve o Daniel conselheiro do rei?
Deus
faz coisas assim. Ele fez com José, com Moisés, com Daniel, e, mais do que
todos, ele fez com Jesus. Os seguidores de Cristo viram na cruz a inocência
assassinada. A bondade assassinada. A torre de força do céu foi perfurada. Mães
choraram, o mal dançou, e os apóstolos tiveram que querer saber: "Quando
todas as coisas boas se despedaçam, o que fazem os justos?"
Deus
respondeu sua pergunta com uma declaração. Com o estrondo da terra e com o
rolar da rocha ele lembrou que "O
Senhor está no seu santo templo; o Senhor está no seu trono no céu".
E
hoje nós devemos nos lembrar: ele ainda está. Ele ainda está no seu templo,
ainda sobre o seu trono, ainda no controle. E ele ainda transforma prisioneiros
em príncipes, cativos em conselheiros e sextas-feiras em domingos. O que ele
fez então, ele ainda fará.
Cabe
a nós pedir que ele faça
Pr.
Max Lucado.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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