A Igreja, “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), tem como missão,
não apenas anunciar o evangelho, mas denunciar os pecados e os valores mundanos
dos homens (1 Tm 1.18-20).
A palavra “valor” origina-se do latim e
significa “ser digno”. “Valores”, no contexto desta lição, referem-se aos
princípios éticos e sociais aceitos por uma pessoa ou grupo, isto é, ao
comportamento humano, suas regras e padrões.
Atualmente, tem havido uma “inversão”
desses valores: a ética e a moral cristãs, antes aprovadas pela sociedade, vêm
sendo sistematicamente substituídas por princípios amorais mundanos (Is
5.18-25; Cl 2.8).
Em 2 Pedro 1.3-10, a Palavra de Deus
estabelece os princípios éticos, as virtudes e valores necessários à boa
conduta dos filhos de Deus.
INVERSÃO DOS VALORES BÍBLICO-CRISTÃOS
CAUSAS DA INVERSÃO DOS VALORES.
Ao folhearmos alguns jornais e revistas
seculares, constatamos o quanto os valores éticos e morais cristãos têm sido
desprezados pela sociedade moderna. Vejamos as causas:
ASCENSÃO DO RELATIVISMO MORAL.
Segundo esta teoria filosófica, não existe
norma moral ou ética válida para todas as pessoas. As normas variam de cultura
para cultura, de pessoa para pessoa. Cada um vive conforme as regras que
estabeleceu para si mesmo. Assim, há uma ética para o cristão, outra para o
ateu e uma terceira para os que não se enquadram nas anteriores.
Não existem, de acordo com esse pensamento
mundano, normas, verdades ou valores que sirvam para todas as pessoas em todos
os lugares.
MANIFESTAÇÃO SOCIAL DO PLURALISMO.
O pluralismo reconhece que há uma
multiplicidade de culturas, religiões e posições éticas e morais conflitantes.
Essa doutrina filosófica, todavia, diz que essas posições contraditórias podem
coexistir, como se cada uma delas trouxesse uma parte da verdade e, nenhuma, a
verdade completa ou absoluta. Assim, a verdade encontra-se em cada sistema
religioso, filosófico ou moral.
Segundo esse pensamento, o cristianismo
traz uma parte da verdade, o budismo outra e assim sucessivamente. Segundo o
pluralismo, assumir e respeitar diferentes valores em uma sociedade em
constante mudança é uma manifestação de empatia e tolerância com o outro.
CRESCENTE MUNDANISMO.
O mundanismo faz constante oposição à
igreja e aos valores cristãos (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17). A sociedade organizada e
rebelada contra Deus, tem estabelecido suas próprias leis, sem a menor
consideração aos mandamentos divinos.
O que temos visto, infelizmente, é o
sagrado e o religioso curvarem-se ante o profano e o secular, até mesmo em
certas denominações evangélicas.
OS VALORES CRISTÃOS INVERTIDOS.
Há uma lista considerável de princípios
bíblicos que não apenas foram desvalorizados, mas ultrajados pela sociedade
pós-moderna. Vejamos:
QUANTO AO CASAMENTO: Atualmente,
em algumas sociedades, já se aceita a união entre pessoas do mesmo sexo. É
contrario à Palavra de Deus, família e os valores cristãos O Senhor instituiu e
abençoou apenas a união entre homem e mulher (Gn 1.27,28; 2.22-24).
A Bíblia é implacável neste caso: “Vocês não sabem que os perversos não
herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras,
nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos... herdarão o Reino de Deus” (1
Co 6.9-10 – NVI).
QUANTO À FAMÍLIA: As virtudes
cristãs concernentes à família estão sendo substituídas por valores
anticristãos: filhos que não respeitam os pais; pais permissivos quanto à
moralidade; e a substituição do culto à moralidade; e a substituição do culto
doméstico por entretenimentos perniciosos etc.
QUANTO À IGREJA: Nesses “tempos
trabalhosos”, muitas comunidades cristãs valorizam mais o “ministério”
bem-sucedido do pregador que a santidade e o testemunho mantido por ele; mais o
marketing ministerial do que os verdadeiros sinais do poder de Deus. Pregadores
santos e tementes a Deus são preteridos por aqueles que buscam o louvor próprio
em vez da glória de Cristo.
Os elevados preceitos da Palavra de Deus
são imutáveis e servem de regra para orientar os homens em todas as gerações
(Is 30.21; Mt 24.35; 2 Tm 3.16). Esses valores são insubstituíveis, e devem ser
coerentes com o testemunho cristão
A igreja deve viver o que prega e pregar o
que vive.
Fonte: Casa Publicadora das Assembléias de
Deus
Por Litrazini
Graça e Paz
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