A Santa Ceia é uma ordenança do próprio
Cristo para a Igreja, de modo que é bastante mencionada no Novo
Testamento. É um memorial instituído por Ele afim de lembrarmos o Seu
sacrifício na cruz em prol do perdão dos nossos pecados, para que pudéssemos
desfrutar da vida eterna ao lado do Pai.
Veja as palavras de Jesus ao celebrar a
Santa Ceia:
Chegou,
porém, o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava sacrificar a
Páscoa. E andou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa,
para que a comamos.
E,
chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos.E disse-lhes:
Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, porque vos digo que
não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de Deus. E, tomando o cálice
e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, porque vos digo
que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus. E, tomando
o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo,
que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. Semelhantemente, tomou o
cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue,
que é derramado por vós. (Lucas 22.7,8,14-20)
Com base nesse texto, entendemos que Jesus,
usando elementos da Páscoa judaica, deu novo significado a esta refeição. Uma
vez que Ele próprio seria o Cordeiro sacrificado para o perdão dos pecados do
povo, o pão repartido representaria Seu corpo, e o vinho, Seu sangue derramado
para a remissão dos nossos pecados.
Portanto, o ato de alguém comer o pão e
beber o vinho na Santa Ceia comunica que essa pessoa entende que foi
beneficiada pela morte sacrificial de Jesus e que passou a ter comunhão com
Deus. Afinal, essa foi a última refeição de Jesus com Seus discípulos, antes de
Ele ser crucificado, e, segundo Sua determinação, ela deveria ser repetida em
Sua memória, quando Ele ressuscitasse e retornasse ao céu, onde se assentaria à
destra de Deus Pai.
Estando associada à refeição da Páscoa, um
memorial da libertação da escravidão no Egito, a Santa Ceia tem significados
múltiplos, tais como libertação do jugo do pecado, remissão, perdão,
justificação, comunhão, aliança com Deus por intermédio de Jesus, e a volta de
Jesus para buscar Sua Igreja (Lucas 22.18,29,30).
Sendo assim, este ato de comunhão com o
Senhor não só proporciona uma experiência de unidade do Corpo de Cristo, como
também é uma motivação maior para não cairmos em pecado e para abster-nos de
todo mal. É o reconhecimento e a proclamação da Nova Aliança de Deus com a
humanidade e a reafirmação do Senhorio de Jesus e do nosso compromisso em
cumprir a Sua vontade.
Apesar de a autorreflexão e a confissão
serem elementos importantes, a Santa Ceia não deve constituir-se em um momento
de tristeza, mas de ação de graças e júbilo. Afinal, essa festa é uma
oportunidade de crescimento espiritual e de bênçãos, se participarmos com a
atitude correta.
Não se esqueça: em breve, Jesus voltará
para buscar aqueles que reconheceram Seu sacrifício na cruz e que foram lavados
e remidos pelo sangue dele.
SUGESTÕES
DE LEITURA:
Mateus 26.26-29; Marcos 14.22-25; Lucas
22.15-20; 1 Coríntios 11.23-32
Autor: Pr. Silas Malafaia
Por Litrazini
Graça e Paz
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