"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

sábado, 27 de janeiro de 2018

A PARÁBOLA DOS HOMENS SANDUÍCHE

Eu sou a voz do que clama no deserto: “Endireitai o caminho do Senhor”. João 1:23

Os rostos dos três homens estavam sérios quando o prefeito os informou sobre a catástrofe: “As chuvas destruíram a ponte. Durante a noite muitos carros foram para o precipício e caíram no rio”.

- “O que nós podemos fazer?” um deles perguntou.
 “Vocês precisam ficar ao lado da estrada e avisar aos motoristas para não virarem à esquerda. Digam a eles para pegarem a estrada estreita que segue ao lado do rio”.
- “Mas eles dirigem muito rápido! Como podemos avisá-los?”

“Vestindo esses cartazes sanduíches”, o prefeito explicou, pegando três cartazes duplos de madeira unidos de forma a ficarem pendurados nos ombros de uma pessoa.
- “Fiquem nos cruzamentos para que os motoristas possam ver estes cartazes até que eu consiga alguém para consertar a ponte”.

E então os homens foram rapidamente para a curva perigosa e colocaram os cartazes apoiados em seus ombros.
- “Os motoristas deveriam ver a mim primeiro”, falou um deles. Os outros concordaram. O cartaz dele avisava “Ponte Quebrada!” Ele caminhou vários metros antes de virar e ficar em seu posto.

- “Talvez eu devesse ser o segundo, para que os motoristas diminuam a velocidade,” falou o homem cujo cartaz dizia “Diminuam a Velocidade”. “Boa idéia,” concordou o terceiro.
- “Eu ficarei aqui na curva para que as pessoas saiam da estrada larga e entrem na estreita”. Em seu cartaz estava apenas “Peguem a Estrada Certa” e tinha um dedo apontando na direção da estrada segura.

E então os três homens ficaram com seus três cartazes prontos para alertarem os viajantes sobre a ponte quebrada. Conforme os carros se aproximavam, o primeiro homem ficava em pé de modo que os motoristas pudessem ler: “Ponte Quebrada”.

Então o próximo sinalizava para seu cartaz, avisando os carros “Diminuam a Velocidade”. E conforme os motoristas obedeciam, eles então veriam o terceiro cartaz, “Peguem a Estrada Certa”. E, apesar da estrada ser estreita, os carros obedeciam e ficavam seguros. Centenas de vidas foram salvas pelos três homens-sanduíches. Por eles terem feito seus trabalhos, muitas pessoas foram mantidas fora de perigo.

Mas depois de poucas horas eles relaxaram em suas tarefas. O primeiro homem dormiu.
- “Ficarei sentado onde as pessoas possam ver meu cartaz enquanto eu durmo”, ele decidiu. Então ele tirou seu cartaz de seus ombros e o apoiou contra uma pedra. Ele se inclinou no cartaz e dormiu. Enquanto ele dormia, seu braço escorregou sobre o cartaz bloqueando uma das duas palavras. Então ao invés de se ler “Ponte Quebrada”, seu cartaz apenas dizia “Ponte”.

O segundo não ficou cansado, mas ficou orgulhoso. Quanto mais avisava as pessoas, mais importante se sentia. Alguns até paravam no acostamento para agradecê-lo pelo trabalho bem feito.
- “Nós poderíamos ter morrido se você não nos tivesse dito para diminuirmos a velocidade”, eles aplaudiam. “Você está muito certo”, ele pensava consigo mesmo. “Quantas pessoas estariam perdidas se não fosse por mim?”. Agora ele chegou a pensar que ele era tão importante quanto seu cartaz.

Então tirou o cartaz, colocou no chão, e ficou ao lado dele. Quando fez isso, não percebeu que ele, também, estava bloqueando uma palavra de seu aviso. Ele estava na frente da palavra “Velocidade”. Tudo que os motoristas conseguiam ler era a palavra “Diminuam”. Muitos pensaram que ele estava fazendo propaganda de um plano de dieta.

O terceiro homem não estava cansado como o primeiro nem orgulhoso como o segundo. Mas ele estava preocupado com a mensagem de seu cartaz. “Peguem a Estrada Certa”, dizia. Ele ficou inquieto por sua mensagem ser tão inflexível, tão rígida. “Deveria ser dada uma opção para as pessoas. Quem sou eu para dizer a elas qual é a estrada certa e qual é a estrada errada?”.

Então ele decidiu mudar a frase do cartaz. Ele fez um traço na palavra “Peguem” e alterou para “Prefiram”. “Humm”, ele pensou, “ainda está muito estridente. É melhor não moralizar. Então ele fez um traço na palavra “Prefiram” e escreveu “Sugiro”. Ainda não parecia certo, “Pode ser que ofenda as pessoas se elas pensarem que eu esteja sugerindo que sei algo que elas não sabem”.

Então ele pensou e pensou e finalmente fez um traço na palavra “Sugiro” e a trocou por uma frase mais neutra.“Ahh, agora está certo”, ele disse a si mesmo enquanto se afastava e lia as palavras:“Estrada Certa – Uma de Duas Alternativas Igualmente Válidas”.E então, enquanto o primeiro homem dormia, o segundo ficava parado e o terceiro alterava a mensagem, um carro após o outro mergulhava no rio.

Autor: Max Lucado

Por Litrazini

Graça e Paz

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