“Os filhos do mundo são
mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz” (Lc.
16.8);...”Sede, portanto prudentes como as serpentes e símplices como as
pombas.” (Mt.
10.16). Não são poucos os Cristãos que por falta de habilidade e por excesso de
simplicidade, tem tido uma caminhada cristã de sucessivas derrotas. Muitas
vezes, baixamos a guarda e ficamos desatentos e pouco vigilantes,
esquecemos que desde o dia em que Deus nos “libertou do império das trevas
e nos transportou para o reino do Filho do seus amor” (Co. 1.13), teve
início um grande combate dentro e fora de nós, Uma guerra declarada contra o
verdadeiro cristão, através da carne, do mundo e do diabo, com o único intuito
de nos afastar do nosso novo caminho com Deus.
“Em Cristo somos mais
que vencedores”,
“Nada poderá nos separa do amor de Deus” e “Tudo podemos naquele que nos
fortalece”. Todavia não podemos esquecer que precisamos fechar as brechas
de nossa vida, para que o inimigos não as use para nos derrotar, como tem
acontecido a muitos. Quem pensa que fechar esses buracos em nossas vidas é
tarefa fácil, está muito enganado. Pois, exige esforço e renúncia de nossa
parte.
“...Se alguém quer vir
após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e sigam-me” (Lc. 9.23); “Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda
não tendes resistido até ao sangue.” (Hb. 12.4). Fechar as brechas
para o pecado e para o inimigo é responsabilidade nossa, do dia todo e de todo
dia. É o Senhor quem nos adverte, dizendo: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na
verdade, está pronto, mas a carne é fraca”(Mt. 26.41). Pouco depois de
dizer isso, Jesus encontrou os discípulos dormindo. Será que não é assim,
também, que se encontram muitos crestes neste momento?
Em
nossa caminhada cristã, seria bom se, como José do Egito, em nenhum momento de
nossa vida abríssemos qualquer porta para o inimigo. Não estamos isentos de
fraquejar e cair, mas não podemos deixar a porta aberta para o maligno.
Todavia, por descuido, isto acontecer conosco, devemos fechá-la imediatamente,
para que não soframos dano maior.
Se
tropeçarmos, devemos tirar alguma lição, pois, Deus, em sua infinita graça e
misericórdia, sempre transforma nossos fracassos e derrotas em gloriosas
vitórias. Não precisamos ficar prostrados, vencidos, culpando-nos por tudo o
que aconteceu. Podemos levantar agora, reparar a brecha, fechar a porta, e ser
instrumento nas mãos de Deus, para reconquistar muitos que estão caídos.
Deus
não tem lata de lixo. “Deus é especialista em reciclagem: ELE TRANSFORMA LIXO
HUMANO EM LUXO HUMANO.” Alimentar o erro é dar lugar ao diabo,
é favorecer o adversário. É suicídio; é fazer gol contra.
Muitas
das nossas igrejas estão vivas só de fachada; achando-se mortas interiormente.
São lugares onde os cristãos não tem comunhão uns com os outros, não podem
viver como diz o salmista: “Oh!
Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!” (Sl. 133.1). São
igrejas onde os cristãos perderam o entusiasmo, a alegria e o prazer nas coisas
de Deus. Em vez do fogo do Espírito, mantêm aceso o fogo da ira, da mágoa e do
ressentimento. E onde essa chama está acesa, a do Espírito permanece apagada.
Deus
quer que fechemos as brechas que existem em nossa vida e que favorecem ao
adversário. Talvez esteja aí a cauda da derrota, do fracasso na vida cristã, no
casamento, na família, no trabalho e no dia-a-dia de muitos de nós.“Deixar a
mentira e falar a verdade. Não dar lugar à ira. Não furtar, antes trabalhar.
Não proferir palavra torpe, mas a que for boa para edificação. Não entristecer
o Espírito de Deus” (Ef. 4.25-32).
Infelizmente,
muitos cristãos tem alimentado e engordado o adversário com o pecado da mágoa,
murmuração, maledicência, ociosidade, preconceito, orgulho, inimizade,
adultério, lascívia, dureza de coração, incredulidade, palavras sujas, prazeres
mundanos e carnais, pecados inconfessos. Tudo isso fortalece o inimigo de nossa
alma.
Sem
a prática de uma operação tapa-buracos e restaurar os danos ocorridos em nossas
vidas, através de um sincero arrependimento, nossa via de acesso a Deus fica
bloqueada. E: “O que confessa as suas transgressões e as deixa,
alcançará misericórdia”.
Transcrito
Por Litrazini
Graça
e Paz
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