Perseverar
na oração não é “usar de vãs repetições” (o que desagrada a Deus – conf.
Mt 6.7), mas, antes, persistir nas orações, petições e intercessões,
confiando na onipotência e onibenevolência divinas para
fazer “infinitamente mais do que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20). É
assumir a postura do valoroso obreiro Epafras, de Colossos: “…Ele está
sempre batalhando por vocês em oração…” (Cl 4.12, NVI).
Sim, a
oração perseverante é uma batalha travada: contra o diabo, que quer nos
privar da ligação direta com o céu e nos impedir de progredirmos na vida
espiritual; contra o mundo, que quer nos distrair com seus entretenimentos e
ativismos perniciosos; contra a nossa própria carne, que reluta para não se
adequar ao padrão de santidade de Cristo.
Epafras
“batalhava” em oração pelos crentes colossenses. A palavra grega
é “agonizomai”,que sugere “competição”, “luta” ou “esforço demasiado” contra
adversários. É literalmente agonizar na oração! O renomado pregador Leonard
Ravenhill dizia: “temos muita gente que sabe organizar, mas poucos que
querem agonizar”. Enquanto muitos questionam “onde está o Deus de Elias?”,
aquele pregador inquiria: “Onde estão os Elias de Deus?”.
DEUS NÃO
MUDOU, MAS NOSSAS ORAÇÕES MUDARAM
Jesus
Cristo é o mesmo ontem, hoje e o será para sempre (Hb 13.8). Mas e nós, temos
nutrido o mesmo apetite pela oração? Temos persistido em nosso clamor pelos
descrentes ou desviados? Temos perseverado na oração pelos governantes de nosso
país? Temos orado persistentemente pelas famílias? Pelos povos ainda não
alcançados pelo Evangelho? Pelas crianças do Brasil? Pelos jovens que sucumbem
diante das drogas? Pelos pastores do rebanho do Senhor? Por nós mesmos? Por
“todos os santos”? (Ef 6.18).
É
verdade que precisamos encarar o hábito da oração como um santo e grandioso
privilégio, todavia, mesmo quando não encontrarmos prazer na oração,
continuemos orando mesmo assim, já que temos o “dever de orar sempre e não
desfalecer” (Lc 18.1)! Orar é um dever de todo cristão!
A
oração de um justo pode muito em seus efeitos, dizia Tiago, o irmão do Senhor
(Tg 5.17). Veja-se, por exemplo, John Hyde, homem simples, de poucas palavras,
mas que levou a Jesus cerca de 100 mil indianos, quando propôs firmemente em
seu coração orar a Deus por salvação de almas naquele país! Pela oração,
Hyde
galgou tão poderosa eloquência para falar aos perdidos do amor do Salvador, que
certamente nem os melhores compêndios de homilética ou missiologia poderiam lhe
dar! Aliás, já dizia o professor pentecostal Myer Pearlman, “A verdadeira
eloquência não é uma questão de se dispor as palavras com perícia; é uma
sequência de palavras que transbordam de um coração aceso com fogo celestial. O
pregador verdadeiramente eloquente é aquele cujo coração foi inflamado com fogo
dos altares do céu” .
Nem
a mão de Deus se encurtou, nem os seus ouvidos se fecharam para nossas orações
(Is 59.1); mas têm subido diante dele nossas preces? Tem os céus ouvido nossas
vozes em súplicas, intercessões e clamores?
Somos
nós parte daquilo que Emílio Conde muito bem chamou de exército invisível de
intercessores?
A
viúva da parábola de Jesus, estava em busca de uma solução para a sua
adversidade. Por sua perseverança, foi atendida. Igualmente nós seremos
atendidos por Deus, ainda que ao nosso pálido julgamento Ele pareça demorar-se
(a demora de Deus é pedagógica! Por ela aprendemos a confiar na promessa,
esperar em Deus e perseverar na fé).
Na
verdade, Deus não se demora, a gente é que se apressa! Aos fiéis
suplicantes, está feita a conclamação: “Provai,
e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia” (Sl
34.8)
Tiago
Rosas
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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