Foi
o arrebatado Rutherford que disse no meio de provações muito dolorosas e sofrimentos:
Louve a Deus pelo martelo, pela lima, e pela fornalha!
Pensemos
a esse respeito. O martelo é um instrumento útil e manejável. É uma ferramenta
essencial e útil, se for preciso bater um prego. Cada golpe força o prego a
aprofundar-se mais à medida que a cabeça do martelo bate e bate.
Mas
se o prego tivesse sentimentos e inteligência, ele nos daria outra versão da
história. Para o prego, o martelo é um senhor brutal e implacável — um inimigo
que gosta de surrar até à submissão. Essa é a opinião que o prego tem do
martelo. É correta. Exceto quanto a uma coisa. O prego tende a esquecer-se de
que tanto ele como o martelo são seguros pelo mesmo trabalhador. O trabalhador
decide a "cabeça" de quem ele baterá até desaparecer de vista. . . e
qual o martelo que será usado para fazer o serviço.
Esta
decisão é direito soberano do carpinteiro. Lembre-se o prego de que ele e o
martelo são seguros pelo mesmo trabalhador. . . e seu ressentimento diminuirá à
medida que ele se rende ao carpinteiro sem queixar-se.
A
mesma analogia vale para o metal que resiste à raspagem da lima e ao sopro da
fornalha. Se o metal se esquecer de que ele e as ferramentas são objetos do
cuidado do mesmo artesão, ele desenvolverá ódio e ressentimento. O metal deve
ter em mente que o artífice sabe o que está fazendo. . . e está fazendo o que é
melhor.
Os
sofrimentos e os desapontamentos são como o martelo, a lima e a fornalha.
Eles
são apresentados em todos os formatos e tamanhos: um romance irrealizado, uma enfermidade prolongada, uma morte prematura, um alvo na vida inatingido, um
lar ou um casamento desfeitos, uma amizade cortada, um filho rebelde e
obstinado, um relatório médico pessoal que aconselha "cirurgia
imediata", a perda de um ano escolar, uma depressão que simplesmente não
vai embora, um hábito que não parece quebrar.
Alguns
sofrimentos vêm repentinamente. . . doutras vezes aparecem com o decorrer de
muitos meses, vagarosamente como a erosão da terra.
Escrevo
a um "prego" que começou a ressentir-se dos golpes do martelo? Está
você à beira do desespero, pensando que não pode suportar outro dia de
sofrimento? É isso que o abate?
Por
difícil que lhe pareça crer nisto hoje, o Mestre sabe o que está fazendo.
Seu
Salvador conhece seu ponto de ruptura. O processo de amoldar, de esmagar e de
fundir destina-se a remodelá-lo, e não arruiná-lo. Seu valor está aumentando
quanto mais ele se demora sobre você.
A.
W. Tozer concorda: É duvidoso se Deus pode abençoar grandemente um homem
até que ele o tenha ferido profundamente.
Amigo
sofredor — não dê o braço a torcer. À semelhança de Davi quando a calamidade
desmoronou, fortaleça-se no Senhor seu Deus (1 Samuel 30:6). A mão de Deus está
no seu sofrimento. Sim, ela está.
Se
você não fosse importante, pensa que ele tomaria este tempo e trabalharia duro
em sua vida?
Aqueles
a quem Deus usa mais efetivamente foram martelados, limados e temperados na
forja das provações e dos pesares.
Extraído
do Livro: Dê-me ânimo - Charles R. Swindoll / Por Litrazini
Graça
e Paz
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