Os
homens e mulheres que são considerados parte da elite intelectual, estão à
procura do mesmo sentido para a vida, do mesmo senso de realização, mas muitos
deles são detidos nessa busca pelo orgulho pessoal. Eles gostariam de salvar-se
a si mesmos, pois o orgulho alimenta a auto estima, levando-nos a crer que
podemos passar sem Deus.
O
famoso escritor e filósofo inglês, Bertrand Russell, produziu, com abundância,
obras acerca da ética, moral e da sociedade humana, tentando provar o que ele
acreditava serem os erros da Bíblia. A respeito desse orgulho intelectual,
Russell escreveu o seguinte: "Todos os homens gostariam de ser Deus, se
lhes fosse possível; e alguns têm dificuldade em reconhecer esta impossibilidade."
Desde
o começo dos tempos, o homem tem dito como Lúcifer:"Serei semelhante ao
Altíssimo" (Is. 14:14).
E
a busca continua. O coração precisa ser satisfeito, e a maioria dos
intelectuais chega a um ponto de sua existência quando a vida acadêmica, a comunidade
científica, as atividades políticas ou econômicas não satisfazem mais.
Um
excelente crítico do cenário cultural escreveu: "O homem, apesar de ser
humano, procura sempre e sempre escapar à lógica de sua própria realidade, e
deseja encontrar seu verdadeiro eu, seu humanismo, sua liberdade, mesmo que
somente possa fazê-lo através de uma total irracionalidade ou de um misticismo
completamente infundado."
Estamos
presenciando as conseqüências de o homem buscar seu verdadeiro eu em
experiências místicas e novos cultos, e naquilo que denominam "nova
consciência". "O homem hoje deseja experimentar a Deus. Nem fé, nem
conhecimento são a palavra chave, mas experiência."
E
à medida que se intensifica este anseio pela experiência, as falsas filosofias
e os falsos deuses se tornam aceitáveis. Um intelectual europeu afirmou:
"Há
séculos que empreendemos a busca daquele ideal que os gregos denominaram
ataraxia, a ideia de uma calma tranquila, de profunda satisfação interior, que
transcende as inquietações, frustrações e tensões do viver diário. Muitos a
procuraram através da filosofia e religião, mas sempre tem havido uma busca
paralela de atalhos."
Certo
escritor americano afirma: "À medida que aumenta de intensidade a busca do
homem por novas experiências, novos líderes, novas esperanças, existe também
aquele anseio contínuo de encontrar-se outra alternativa para um futuro que
parece ser tão negro."
Os
homens estão desesperadamente desejosos de paz, mas a paz de Deus não é a
ausência de tensões e tumultos, mas, sim, uma paz, que, mesmo em meio a tensões
e tumultos, continua a existir.
Em
Calcutá, na Índia, desejei visitar uma grande serva de Deus que é conhecida no
mundo como Mãe Teresa. Eu chegara bem cedo, e as irmãs não queriam perturbar
Mãe Teresa, pois três pessoas haviam morrido em seus braços naquele dia, e ela
acabara de recolher-se a seu quarto para descansar um pouco. No entanto, o
oficial que me levara até lá enviou um recado a ela, e daí a alguns instantes
ela apareceu. Imediatamente, aquela santa mulher deu-me a impressão de uma
pessoa que goza de paz interior em meio à tormenta. É a paz que ultrapassa todo
entendimento, e todos os desentendimentos também.
Como
precisamos deste tipo de paz, nesta geração que está senda despedaçada por
inquietude interior e desespero! Os jornais diários são exemplos clássicos de
um quadro negativo. Terrorismo, bombardeios, suicídios, divórcios e um
pessimismo geral são as doenças do dia atual, pois o homem, em seu orgulho,
recusa-se a voltar-se para Deus.
Entretanto,
o intelectual sincero, aquele que cultiva uma mente aberta juntamente com a
busca do coração, faz uma descoberta maravilhosa. Diz o Dr. Rookmaaker:
"Não
podemos entender a Deus perfeitamente, nem conhecer sua obra completamente. Mas
ele não nos pede que o aceitemos com uma fé cega. Pelo contrário, ele nos pede
que olhemos ao redor, e reconheçamos que as coisas que ele nos ensina através
de seu Filho, seus profetas, e seus apóstolos são verdadeiras, são reais e são
relativas a este mundo, o cosmo que ele criou.
Portanto,
nossa fé nunca pode ser considerada como irracional, nem como algo
pré-fabricado. A fé não significa o holocausto do intelecto para quem crê na
versão bíblica da História."
Extraido
do livro: Como Nascer de Novo de Billy Graham / Por Litrazini
Graça e
Paz
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