a)
A Bíblia adverte: “Aquele que cuida estar em pé, olhe não
caia” (1Coríntios 10.12). O apóstolo escreveu aos judeus que estavam em
perigo de apostatar da fé: “Que
ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (Hebreus 3.15-19 e
4.11) e incentivou-os a não serem como aqueles que se retiram para a perdição,
mas como os que “crêem para a
conservação da alma” (Hebreus 10.39). A Bíblia diz que aquele que
endurece o coração virá a cair no mal (Provérbios 28.14), e que a altivez do
espírito precede à queda (Pv 16.18).
b)
Assim, observamos que a Bíblia nos exorta a permanecer na benignidade de Deus,
a fim de que não sermos cortados, como o foram os israelitas, que não
permaneceram (Romanos 11.20). Por isso, diz a Bíblia: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a
vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós, que Jesus Cristo está em vós? Se não é
que já estais reprovados” (2Co 13.5).
c)
Existe, para quem não tomar cuidado, a possibilidade de ser reprovado, de ter
crido em vão (1Co 15.2.4).
A
Bíblia apresenta exemplos de pessoas que se desviaram da salvação.
a)
Ananias e Safira eram crentes, membros da Igreja em Jerusalém, e sobre eles
havia abundante graça (Atos 4.33), mas nela não permaneceram, pois permitiram
que o amor ao dinheiro os dominasse, entrando no caminho da mentira e da
perdição (At. 5.1-11 e 1Tm 6.10).
b)
Judas Iscariotes. Judas era “um dos doze” (Mt 26.14), e estava entre
aqueles que Jesus chamou e enviou para pregar a palavra de Deus e para curar os
enfermos (Mt 10.4-8). Ele estava entre aqueles a respeito dos quais Jesus
disse: “A vossa paz desça
sobre ela” (Mt 10.3), e que “o
Espírito do vosso Pai é que fala em vós” (Mt 19-20).
Pela
palavra profética, sabemos que Judas era um amigo íntimo de Jesus, em quem
confiava (Sl 49.9). Judas, porém, caiu na tentação de roubar as ofertas, pois
ele era o tesoureiro (João 12.6 e 13.29). Assim, abriu a porta para o inimigo
entrar (Lc 22.3) e desviou-se (At 1.25). Desviar-se só é possível a alguém que
está no caminho certo. O nome dele foi tirado do livro da vida (Sl 69.25-28),
um fato que prova que antes estava escrito. Jesus disse: “Não vos escolhi a vós, “os doze?” e um de vós é um diabo” (diabo em
grego significa adversário – (Jó 6.70).
c)
O rei Saul é um outro exemplo. Ele recebeu um coração mudado (1Sm 10.9); foi
revestido pelo poder do Espírito Santo e até profetizou (1Sm 10.10). Mas
desobedeceu à palavra do Senhor (1Sm 13.14 e 15.19-20). Deus o rejeitou (1Sm
15.23-28) e o Espírito de Deus se retirou dele (1Sm 16.14). Depois de ter
andado por caminhos tortuosos, Saul morreu a morte de um suicida, no monte de
Gilboa (1Sm 31.1-4).
d)
A esposa de Ló estava sendo retirada pelos anjos da destruição de Sodoma,
quando, desobedecendo a palavra do Senhor, olhou para trás, e foi transformada
numa estátua de sal (Gn. 19.26; Lc 17.32).
e)
A Bíblia fala de um justo que se desvia “e, confiando na sua justiça,
pratica iniquidade” então afirma (Ez 33.13 e 18.24).
f)
O povo israelita no deserto. A Bíblia relata que Deus, depois de ter libertado
os israelitas do Egito, e após terem sido batizados em Moisés e no mar (1Co
10.1-2), não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no
deserto (1Co 10.5).
Isto
serve de figura para nós, e de advertência contra o perigo de cometermos os
mesmos pecados que eles praticaram, isto é, cobiça, idolatria, apostasia,
prostituição e murmuração (1Co 10.6-10).
Assim,
vemos que a permanência na salvação não é automática, pois aquele que não tomar
cuidado pode perder-se.
Extraído
do livro “Introdução à Teologia Sistemática” de Eurico Bergstén / Comentários:
Pr.Natanael Rinaldi / Por Litrazini
Graça
e Paz
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