Jesus
nos amou mais do que si mesmo. Ele nos amou e a si mesmo se entregou por nós.
“Novo mandamento vos
dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis
uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes
amor uns aos outros” (Jo 13.34,35).
Francis
Schaeffer definiu o amor como a apologética final, o argumento irresistível e
irrefutável. Jesus está no cenáculo, dando suas últimas instruções a seus discípulos,
quando falou para eles sobre esse novo mandamento. Três verdades são aqui
destacadas:
EM PRIMEIRO
LUGAR, O AMOR É O MAIOR DE TODOS OS ARGUMENTOS PELA SUA NATUREZA. “Novo mandamento vos dou…”. Amar ao próximo
era um mandamento antigo. Era a própria essência da lei de Deus e o seu cabal
cumprimento. Porém, Jesus fala de um novo mandamento, porque trata do amor sob
uma nova perspectiva.
A
lei ensinava a amar o próximo como a si mesmo, mas aqui Jesus vai além e fala
de um amor transcendente, que ultrapassa a fronteira do amor próprio. Esse novo
mandamento fala de um amor que ninguém conhecia até então e ninguém podia
praticá-lo senão pelo poder de Jesus e pela influência de seu exemplo.
Não
se trata do amor natural pelo próximo nem do amor que existe entre os membros
de uma família. Esse amor é totalmente novo e, por isso, sua prática consiste
na obediência de um novo mandamento.
EM SEGUNDO
LUGAR, O AMOR É O MAIOR DE TODOS OS ARGUMENTOS PELO SEU EXEMPLO. “… que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei…”. Até então o homem
conhecia o amor ao próximo como a si mesmo. Esse amor tinha limites e era
regulado pelo amor a si mesmo. Jesus, porém, nos amou mais do que si mesmo. Ele
nos amou e a si mesmo se entregou por nós. Ele nos amou e deixou a glória para
habitar entre nós. Ele nos amou e vestiu pele humana e calçou as sandálias da
humildade para servir-nos. Ele nos amou e andou por toda a parte fazendo o bem,
libertando todos os oprimidos do diabo.
Ele
nos amou e por nós foi perseguido, traído e torturado. Ele nos amou e levou
sobre si os nossos pecados, não levando em conta a ignomínia da cruz, pela
alegria que lhe estava proposta. Ele nos amou e suportou morte e morte de cruz
para nos dar a vida eterna. Ele nos amou se fez pecado por nós, para que nós
fôssemos justificados. Ele nos amou e foi feito maldição por nós para que nós
fôssemos benditos eternamente. Se ele nos amou e deu sua vida por nós, o amor
consiste em amarmos aos nossos irmãos e darmos nossa vida por eles (1Jo 3.16).
EM TERCEIRO
LUGAR, O AMOR É O MAIOR DE TODOS OS ARGUMENTOS PELO SEU RESULTADO. “Nisto conhecerão todos que sois meus
discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. O amor vivido entre os
irmãos transborda para além dessa fraternidade e alcança o mundo. O amor entre
os irmãos tem um profundo impacto evangelístico. Quando o mundo olha para nós e
vê o amor vivido mais do que o amor falado, precisa se curvar à realidade
inegável de que somos discípulos de Jesus, aquele que por amor, sendo Deus se
fez homem, sendo Senhor se fez servo, sendo rico se fez pobre.
O
amor é o sermão pregado aos olhos. O discurso do amor impacta mais os corações
do que carradas de palavras desprovidas dele. O amor é a maior defesa do nosso
discipulado. Não somos conhecidos como discípulos de Jesus pelo nosso
conhecimento nem mesmo pelos nossos dons.
Somos
conhecidos como seus discípulos pelo amor. O amor é a prova dos nove, o
argumento mais poderoso, a apologética final. Aqueles que amam nasceram de
Deus, pois Deus é amor. Aqueles que amam são filhos da luz, andam na luz e são
luzeiros num mundo de trevas. Que o nosso amor uns pelos outros seja a maior
evidência da nossa fé e a nossa mais eloquente pregação aos olhos do mundo.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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