"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

quarta-feira, 24 de junho de 2020

O AGUILHÃO DA MORTE É O PECADO


Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. (1 CO 15.56)

Aguilhão é uma ponta afiada, na extremidade de uma haste, que era usada para estimular, principalmente os bovinos a se movimentarem. No nosso texto o pecado é chamado de aguilhão da morte, porque é pela picada venenosa do pecado que o homem é conduzido de modo doloroso à morte, notadamente a espiritual, pela qual se encontra separado da vida de Deus.

Há então algo ligado com a morte, ainda que dela distinto, mas que lhe pertence, e ainda que seja possível ser separado da mesma, que é infinitamente pior e mais difícil de ser separado, do que a própria morte, de modo que quando é considerado separadamente tem o nome de aguilhão da morte, ou picada da morte, ou ainda amargura da morte, que é o pecado.

Ele é a picada fatal da morte naqueles que não têm qualquer esperança de vida eterna, e portanto de vencerem a morte espiritual à qual todos estão sujeitos, até que sejam livres da mesma pelo poder de Jesus Cristo, e da qual a morte do corpo (física) é a ilustração e comprovação visível da ausência de vida, pela separação entre o corpo e o espírito.

De igual forma, quando nos encontramos separados de Deus, o nosso espírito se encontra morto em delitos em pecados, embora possamos ter ainda o que chamamos de vida natural no corpo e na alma, enquanto nos encontramos neste mundo.

Jesus nos diz na Bíblia: “Aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá.” Isto porque todas as coisas são de Cristo. A morte é sua, igualmente como a vida. E como tudo que é de Cristo é também daqueles que estão unidos a Ele pela fé, tanto a vida espiritual e eterna, e até mesmo a própria morte física passa a ser uma possessão bem-aventurada.

Mas não é assim onde a amargura e a picada permanecem, ou seja, naqueles que não têm a Cristo.

É por estar armada com uma tal picada, que dá à morte o seu poder de ferir, e o desarmamento da mesma no que respeita a isto, é considerado como vitória sobre a morte, embora o vencedor que conquista a vitória morra fisicamente.

Ele é vitorioso na sua morte para o ego e à velha natureza terrena, na sua identificação com Cristo, sobre a morte espiritual, de modo que agora há a vida de Deus em seu espírito para sempre; e quando ele morre quanto ao corpo, ele tem uma vitória definitiva sobre a morte, porque entra naquele estado glorioso de vida celestial e eterna, na presença de Deus, dos anjos e de todos os santos glorificados.

Por isso o apóstolo expressa o triunfo de Cristo e do cristão sobre a morte, dizendo: “Onde está oh morte a tua vitória, onde está oh morte o teu aguilhão?” Onde está esta ponta envenenada, que tu tens para poder ferir e destruir? Ela (o pecado) foi destruída completamente para o crente, por Cristo em sua vitória sobre o pecado na cruz.

A morte física ainda existe, mas ela existe pertencendo a eles, porque estando em Cristo, a morte física não está destinada a lhes fazer mal, por lhes conduzir a um lugar de tormentos eternos, senão a lhes fazer o bem, porque lhes conduzirá a uma eternidade de felicidade e de glória ininterruptas.

O triunfo final e definitivo sobre a morte, quer espiritual ou física, será consumado quando o último eleito se converter a Cristo, e a família dos santos estiver completa na ressurreição geral do último dia, quando os corpos de todos os que morreram em Cristo forem revestidos da imortalidade incorruptível no dia do arrebatamento, para o encontro com Ele entre nuvens.

Então será integralmente cumprida a palavra que está escrita: “Tragada foi a morte pela vitória.” Só então será cantada em coro completo esta canção: “Oh! morte, onde está o teu aguilhão? Oh! sepultura, onde está a tua vitória?”

Assim a vitória completa e geral, relativa ao corpo de cristãos, do primeiro até o último deles, apesar de não ser concluída totalmente até então, já se inicia na conversão de cada um deles, quando o pecado é perdoado, Deus pacificado com o pecador, e o domínio do pecado sobre ele, destruído.

O cristão, portanto, não precisa temer qualquer tipo de morte, seja ela física ou espiritual.
Porque, para aqueles que o aguilhão (pecado) causador de dor e tormento foi destruído por Cristo, já não há razão para tal temor ou dor.

E a morte não pode subsistir onde o pecado não mais reina. Se é o pecado a única causa da existência da morte, é evidente que uma vez removida a causa, elimina-se também o efeito.

Pr Silvio Dutra

Por Litrazini
Graça e Paz



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