Eu
queria ser raiz, enraizada na Palavra do Pai.
Queria
ser sal, dando sabor ao insosso e dando sede por “Água Viva”.
Queria
ser luz que alumia, mão que afaga, olho que vê, mas não critica.
Eu
queria ser o ouvido que ouve, mas não acusa. Queria ser boca que louva e
agradece. Eu queria ser um abraço, gostoso e comovido, pai que ensina e é
exemplo, pedra, dando base a vida de alguém.
Eu
queria ser como o amanhecer, calmo e sereno, como a flor, perfumando a mão que
a esmaga, como pássaro, que mesmo aprisionado, encontra motivo para cantar.
Eu
queria ser resposta de oração, bênção recebida, o encontro de quem volta pra
casa.
Eu
queria ser como um riso espontâneo, um abrigo que dá calor no inverno, uma
porta que se abre e não se fecha.
Eu
queria ser um pouco de descanso para este mundo cansado, semente que brota e
frutifica, sombra de árvore em dia ensolarado.
Eu
queria ser alívio, não tormento; ser esperança, não desilusão; ser amor, não
paixão.
Eu
queria ser, mas não aparentar. Eu queria ser, mas não reivindicar. Eu queria
ser, mas não me orgulhar. Eu queria ser criança e, ao mesmo tempo, velho.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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