"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

UM PRESENTE DE MUITO VALOR, MAS ESTRANHO


Meus irmãos, sintam-se felizes quando passarem por todo tipo de aflições. (Tg 1.2)

Parece um absurdo o que Tiago pede aos membros do corpo de Cristo: sintam-se felizes, tenham suma alegria, aceitem com a maior boa vontade, quando experimentarem todo tipo de aflições, múltiplas provações e toda sorte de dificuldades.

Esse trânsito curto ou demorado pelo sofrimento é uma prova ou um teste a que Deus os submete em benefício deles próprios ou da igreja.

Uma paráfrase chega a dizer que o conjunto de lutas e aflições é um “presente especial” (AM).

Tanto a alegria como a felicidade não são sensações frequentes nem fáceis. Na maior parte das vezes elas dependem das circunstâncias e esperam a dor passar para, só depois, aparecerem.

Mas Tiago está falando de uma felicidade a toda prova em meio a circunstâncias exatamente contrárias.

Por que esse incômodo é um presente especial de Deus? Por que devo me sentir feliz quando, segundo a experiência humana, não há nenhum motivo para alegria?

O pedido que o apóstolo faz é absurdo, algo contrário à lógica por causa daquilo que a provação produz.

Quem interrompe a leitura da Carta de Tiago no verso dois tem razão para ficar confuso e aborrecido. Mas o verso seguinte explica tudo: “quando a sua fé vence essas provações, ela produz perseverança”.

O cristão se alegra porque “a provação abala o entusiasmo infantil, romântico e descompromissado” e aumenta o volume da fé, da paciência, da constância e da perseverança.

As fibras das convicções e da fé ficam mais rígidas e o crente se prepara melhor para a batalha emocional seguinte.

Outro benefício da aflição é que ela nos coloca de joelhos dobrados. Por meio da oração suplicamos o alívio que vem de cima.

Absolutamente nada nos sobrevém por acaso!

Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Por Litrazini
Graça e Paz

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O CONSOLO DE DEUS É ESTRANHO, MAS FUNCIONA


A mágica de Deus nem sempre é retirar o espinho na carne. O desabafo sincero é o ralo por onde se escoam as lágrimas

Baruque era contemporâneo do profeta Jeremias. Era seu escriba, porta-voz e amigo. Foi ele quem escreveu a primeira e a segunda edição do livro que registra tudo o que Deus disse a Jeremias a respeito de Israel e de outras nações, na época anterior à destruição de Jerusalém pela Babilônia, nos anos 600 antes de Cristo. Jeremias ditava e Baruque escrevia.

Foi também Baruque quem leu o livro em voz alta, duas vezes, primeiro para o povo reunido no templo e, depois, para um seleto grupo de líderes em lugar mais reservado. Depois da privilegiada oportunidade de escrever e tornar conhecido o conteúdo do livro, Baruque teve uma crise depressiva muito forte e desabafou: “Ai de mim! O Senhor acrescentou tristeza ao meu sofrimento. Estou exausto de tanto gemer, e não encontro descanso” (Jr 45.3).

Não é difícil entender o problema emocional de Baruque. Ele teve experiências muito chocantes em seu ministério ao lado de Jeremias. Ambos esperavam, como consequência da leitura do livro, que o rei e o povo se convertessem de sua má conduta e, então, recebessem o perdão do Senhor. Aconteceu o contrário: quando o livro era lido pela terceira vez, agora na presença do rei Jeoaquim, em seu palácio de inverno, “cada vez que Jeudi terminava a leitura de três ou quatro colunas, o rei cortava com uma faquinha aquele pedaço do rolo e jogava no fogo [...] até que o rolo inteirinho virou cinzas” (Jr 36.23-24, NTLH). 

Além do mais, Baruque chorava porque corria risco de vida, porque estava por dentro das iniquidades praticadas pelo povo, porque tinha conhecimento do juízo de Deus prestes a se abater sobre o povo e porque ele próprio estava ao alcance das desgraças que se sucederiam, mesmo não participando da corrupção generalizada.

Baruque não era o único a se queixar de exaustão. Alguns de seus contemporâneos faziam o mesmo: “Estamos exaustos e não temos como descansar” (Lm 5.5). A exaustão emocional dói mais que a exaustão física, e a exaustão espiritual dói ainda mais. Baruque agiu como os outros agiram: derramou a sua alma perante o Senhor. O desabafo sincero é o ralo por onde se escoam as lágrimas.

O consolo de Deus é estranho, mas funciona. A cura que ele opera não é superficial. Deus não apenas oferece o lenço para o sofredor enxugar as lágrimas, como também ensina a pessoa a lidar com os problemas da vida. Baruque queria ser uma exceção.

Como muitos crentes de hoje, sob a alegação de que são “filhos do Rei”, o escriba queria ir para uma sala VIP, queria uma espécie de salvo-conduto, esconder-se dentro de uma redoma onde pudesse se proteger da famosa tríade (guerra, fome e peste) que estava assolando a nação e encontrar água e comida à vontade e por muito tempo. Todavia, Deus lhe perguntou:“Será que você está querendo ser tratado de modo diferente?” (Jr 45.5, NTLH). 

A MÁGICA DE DEUS NEM SEMPRE É RETIRAR O ESPINHO NA CARNE NO MOMENTO EM QUE NÓS O DESEJAMOS, MAS TORNAR MAIS ABUNDANTE E MAIS SUFICIENTE A SUA GRAÇA (2 Co 12.7-10). Naquele momento histórico, era necessário“arrancar, despedaçar, arruinar e destruir” a nação pecadora (Jr 1.10). Posteriormente, porém, depois da humilhação e da quebra da cerviz dura, Deus estaria disposto a reverter o quadro, reedificar o que havia derrubado e replantar o que havia sido arrancado (Jr 31.4, 28, 40).

Baruque não teria uma redoma para se proteger, mas Deus o deixaria escapar com vida onde quer que ele fosse, em meio às ameaças e às desgraças da guerra, da fome e da peste (Jr 45.5).

Elben M. Lenz César- Ultimato

Por Litrazini

Graça e Paz

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O consolo de Deus é estranho, mas funciona

A mágica de Deus nem sempre é retirar o espinho na carne. O desabafo sincero é o ralo por onde se escoam as lágrimas

Baruque era contemporâneo do profeta Jeremias. Era seu escriba, porta-voz e amigo. Foi ele quem escreveu a primeira e a segunda edição do livro que registra tudo o que Deus disse a Jeremias a respeito de Israel e de outras nações, na época anterior à destruição de Jerusalém pela Babilônia, nos anos 600 antes de Cristo. Jeremias ditava e Baruque escrevia.

Foi também Baruque quem leu o livro em voz alta, duas vezes, primeiro para o povo reunido no templo e, depois, para um seleto grupo de líderes em lugar mais reservado. Depois da privilegiada oportunidade de escrever e tornar conhecido o conteúdo do livro, Baruque teve uma crise depressiva muito forte e desabafou: “Ai de mim! O Senhor acrescentou tristeza ao meu sofrimento. Estou exausto de tanto gemer, e não encontro descanso” (Jr 45.3).

Não é difícil entender o problema emocional de Baruque. Ele teve experiências muito chocantes em seu ministério ao lado de Jeremias. Ambos esperavam, como consequência da leitura do livro, que o rei e o povo se convertessem de sua má conduta e, então, recebessem o perdão do Senhor. Aconteceu o contrário: quando o livro era lido pela terceira vez, agora na presença do rei Jeoaquim, em seu palácio de inverno, “cada vez que Jeudi terminava a leitura de três ou quatro colunas, o rei cortava com uma faquinha aquele pedaço do rolo e jogava no fogo [...] até que o rolo inteirinho virou cinzas” (Jr 36.23-24, NTLH). 

Além do mais, Baruque chorava porque corria risco de vida, porque estava por dentro das iniquidades praticadas pelo povo, porque tinha conhecimento do juízo de Deus prestes a se abater sobre o povo e porque ele próprio estava ao alcance das desgraças que se sucederiam, mesmo não participando da corrupção generalizada.

Baruque não era o único a se queixar de exaustão. Alguns de seus contemporâneos faziam o mesmo: “Estamos exaustos e não temos como descansar” (Lm 5.5). A exaustão emocional dói mais que a exaustão física, e a exaustão espiritual dói ainda mais. Baruque agiu como os outros agiram: derramou a sua alma perante o Senhor. O desabafo sincero é o ralo por onde se escoam as lágrimas.

O consolo de Deus é estranho, mas funciona. A cura que ele opera não é superficial. Deus não apenas oferece o lenço para o sofredor enxugar as lágrimas, como também ensina a pessoa a lidar com os problemas da vida. Baruque queria ser uma exceção.

Como muitos crentes de hoje, sob a alegação de que são “filhos do Rei”, o escriba queria ir para uma sala VIP, queria uma espécie de salvo-conduto, esconder-se dentro de uma redoma onde pudesse se proteger da famosa tríade (guerra, fome e peste) que estava assolando a nação e encontrar água e comida à vontade e por muito tempo. Todavia, Deus lhe perguntou: “Será que você está querendo ser tratado de modo diferente?” (Jr 45.5, NTLH). 

A mágica de Deus nem sempre é retirar o espinho na carne no momento em que nós o desejamos, mas tornar mais abundante e mais suficiente a sua graça (2 Co 12.7-10). Naquele momento histórico, era necessário “arrancar, despedaçar, arruinar e destruir” a nação pecadora (Jr 1.10). Posteriormente, porém, depois da humilhação e da quebra da cerviz dura, Deus estaria disposto a reverter o quadro, reedificar o que havia derrubado e replantar o que havia sido arrancado (Jr 31.4, 28, 40).

Baruque não teria uma redoma para se proteger, mas Deus o deixaria escapar com vida onde quer que ele fosse, em meio às ameaças e às desgraças da guerra, da fome e da peste (Jr 45.5).

Elben M. Lenz César- Ultimato

Por Litrazini


Graça e Paz