Páscoa no hebraico é
pessach que significa passagem ou passar por cima: “... é a páscoa do Senhor"(Ex.12:11), "Porque o Senhor passará para ferir os
egípcios..."(Ex.12:23), "É o sacrifício da páscoa ao Senhor que passou por cima das casas dos
filhos de Israel..." (Ex.12:27). Primeiro ela foi instituída pelo
próprio Deus – Êxodo 12.
A Páscoa é na verdade
uma festa comemorativa para lembrar do tempo em que Deus livrou o povo de
Israel do cativeiro egípcio.
A história é
magnífica, conta que estando o povo de Israel cativo no Egito, Deus enviou a
Moises para libertar ao seu povo. Mesmo tendo sido Moises criado com o Faraó,
este não permitia que o povo de Israel fosse solto, após o Senhor Deus enviar
dez pragas sobre o povo egípcio, ainda assim o Faraó não quis libertar o povo,
então o Senhor Deus mandou o sétimo e último flagelo sobre os egípcios, onde o
anjo da morte viria fazer justiça, matando os primogênitos do Egito, e passaria
por cima da casa dos israelitas e o mal não lhe atingiria. Desde que,
aspergissem o sangue de um cordeiro novo e limpo, sobre os as portas das casas.
Os elemento da Páscoa eram:
1. O Cordeiro – representa o próprio Senhor Jesus que
foi morto e derramou seu sangue por nossos pecados.
2. Pães Asmos – Pão sem fermento, fala da necessidade
de separação das contaminações.
3. Ervas amargas – Faz menção que quando se estava sob
o jugo do diabo, nossa vida eram amargas.
A PÁSCOA DOS CRISTÃOS
Os Judeus tem a sua
maneira própria e sagrada de comemorar a Páscoa, pois para eles a Páscoa
representa uma lembrança viva de que eles são o povo escolhido por Deus.
Em comparação ao que
houve com o povo de Israel, para nós cristãos, esta Páscoa fala da redenção que
nos dá o Senhor Jesus, livrando-nos do jugo e da escravidão de Satanás.
Assim como um
cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a libertação dos judeus do
Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação dos nossos pecados: “... Ele
salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt.1:21); "...pelo seu sangue nos libertou dos
nossos pecados" (Ap.1:5); "...Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado" (I
Co.5:7). Cristo se fez oferta pelo pecado.
Há uma perfeita
identificação entre o pecado do crente e a oferta pelo pecado (Jo.3:14). Esta identificação
é ainda mais evidente no Antigo Testamento, pois "a palavra hebraica
hattâ't usada para traduzir pecado é derivada de uma forma verbal que significa
purificar, de modo que o substantivo significa um sacrifício que obtém a
purificação.”
A páscoa foi
realizada na sexta-feira. Três dias depois os judeus deveriam comemorar a festa
das primícias (Lv.23:12). Esta festa indicava a ressurreição após três dias. O
primeiro molho de trigo que fosse colhido, isto é, as primícias, deveria ser
movido perante o Senhor (Lv.23:10,11). Este mover do trigo era símbolo da vida
que, ao contrário de um animal morto, inerte e sem movimento, se expressa pelo
mover da vida (At.17:25,28).
Na ressurreição o
corpo de Cristo que estava inerte no túmulo foi movido por Deus e a terra se
abalou (Mt.27:51-54; Mt.28:2; Hb.12:26,27). Cristo foi vivificado no espírito
(IPe.3:18). Mas a oferta só poderia ser feita após três dias depois da páscoa.
Isto tem a ver com a ressurreição que ocorreu somente três dias depois da morte
de Cristo.
O local exato da
morte de Cristo não se sabe. As Escrituras mencionam o lugar onde Cristo foi
crucificado, que se chamava Calvário (Lc.23:33). Em hebraico (aramaico) o nome
é Gólgota (Jo.19:17) que significa Lugar da Caveira (Mt.27:33).
Jesus Cristo não
poderia ser crucificado fora da Judéia, muito embora tenha sido crucificado
fora de Jerusalém (Hb.13:11,12; Jo.19:20; Mt.21:39). A Judéia, local do
templo de Salomão, era o local onde Deus havia escolhido para habitar (I
Rs.9:3). Com isto Deus queria mostrar que só há um Caminho para a salvação.
Os sacrifícios da
páscoa não podiam ser realizados em qualquer lugar, mas somente naquele lugar
onde Deus havia determinado.
Os sacrifícios e
adoração fora de Jerusalém eram considerados pecado (I Rs.12:25-33; I
Rs.13:9,10; I Rs.8:29,33,38,44; Dn.9:3; Jo.4:20).
Walter Souza Borges
Por Litrazini
Graça e Paz
Essa analogia das celebrações do Antigo testamento com o Sacrifício de Cristo é linda demais.É poético e ao mesmo tempo tão real.Imagine! Os Judeus do tempo de Jesus celebrando um acontecimento que estava se desenrolando diante deles,sem ao menos perceberem.Como o próprio Senhor afirmou quando estava lendo o livro de Isaías na sinagoga:Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos olhos.
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