"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

quarta-feira, 27 de março de 2013

Páscoa? O que é a Páscoa de fato


Páscoa no hebraico é pessach que significa passagem ou passar por cima: “... é a páscoa do Senhor"(Ex.12:11), "Porque o Senhor passará para ferir os egípcios..."(Ex.12:23), "É o sacrifício da páscoa ao Senhor que passou por cima das casas dos filhos de Israel..." (Ex.12:27). Primeiro ela foi instituída pelo próprio Deus – Êxodo 12.

A Páscoa é na verdade uma festa comemorativa para lembrar do tempo em que Deus livrou o povo de Israel do cativeiro egípcio.

A história é magnífica, conta que estando o povo de Israel cativo no Egito, Deus enviou a Moises para libertar ao seu povo. Mesmo tendo sido Moises criado com o Faraó, este não permitia que o povo de Israel fosse solto, após o Senhor Deus enviar dez pragas sobre o povo egípcio, ainda assim o Faraó não quis libertar o povo, então o Senhor Deus mandou o sétimo e último flagelo sobre os egípcios, onde o anjo da morte viria fazer justiça, matando os primogênitos do Egito, e passaria por cima da casa dos israelitas e o mal não lhe atingiria. Desde que, aspergissem o sangue de um cordeiro novo e limpo, sobre os as portas das casas.

Os elemento da Páscoa eram:

1. O Cordeiro – representa o próprio Senhor Jesus que foi morto e derramou seu sangue por nossos pecados.
2. Pães Asmos – Pão sem fermento, fala da necessidade de separação das contaminações.
3. Ervas amargas – Faz menção que quando se estava sob o jugo do diabo, nossa vida eram amargas.

A PÁSCOA DOS CRISTÃOS

Os Judeus tem a sua maneira própria e sagrada de comemorar a Páscoa, pois para eles a Páscoa representa uma lembrança viva de que eles são o povo escolhido por Deus.

Em comparação ao que houve com o povo de Israel, para nós cristãos, esta Páscoa fala da redenção que nos dá o Senhor Jesus, livrando-nos do jugo e da escravidão de Satanás.

Assim como um cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a libertação dos judeus do Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação dos nossos pecados:  “... Ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt.1:21); "...pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados" (Ap.1:5); "...Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado" (I Co.5:7). Cristo se fez oferta pelo pecado.

Há uma perfeita identificação entre o pecado do crente e a oferta pelo pecado (Jo.3:14). Esta identificação é ainda mais evidente no Antigo Testamento, pois "a palavra hebraica hattâ't usada para traduzir pecado é derivada de uma forma verbal que significa purificar, de modo que o substantivo significa um sacrifício que obtém a purificação.”

A páscoa foi realizada na sexta-feira. Três dias depois os judeus deveriam comemorar a festa das primícias (Lv.23:12). Esta festa indicava a ressurreição após três dias. O primeiro molho de trigo que fosse colhido, isto é, as primícias, deveria ser movido perante o Senhor (Lv.23:10,11). Este mover do trigo era símbolo da vida que, ao contrário de um animal morto, inerte e sem movimento, se expressa pelo mover da vida (At.17:25,28).

Na ressurreição o corpo de Cristo que estava inerte no túmulo foi movido por Deus e a terra se abalou (Mt.27:51-54; Mt.28:2; Hb.12:26,27). Cristo foi vivificado no espírito (IPe.3:18). Mas a oferta só poderia ser feita após três dias depois da páscoa. Isto tem a ver com a ressurreição que ocorreu somente três dias depois da morte de Cristo.

O local exato da morte de Cristo não se sabe. As Escrituras mencionam o lugar onde Cristo foi crucificado, que se chamava Calvário (Lc.23:33). Em hebraico (aramaico) o nome é Gólgota (Jo.19:17) que significa Lugar da Caveira (Mt.27:33).


Jesus Cristo não poderia ser crucificado fora da Judéia, muito embora tenha sido crucificado fora de Jerusalém (Hb.13:11,12; Jo.19:20; Mt.21:39). A Judéia, local do templo de Salomão, era o local onde Deus havia escolhido para habitar (I Rs.9:3). Com isto Deus queria mostrar que só há um Caminho para a salvação.

Os sacrifícios da páscoa não podiam ser realizados em qualquer lugar, mas somente naquele lugar onde Deus havia determinado.

Os sacrifícios e adoração fora de Jerusalém eram considerados pecado (I Rs.12:25-33; I Rs.13:9,10; I Rs.8:29,33,38,44; Dn.9:3; Jo.4:20).

Walter Souza Borges

Por Litrazini

Graça e Paz

Um comentário:

  1. Essa analogia das celebrações do Antigo testamento com o Sacrifício de Cristo é linda demais.É poético e ao mesmo tempo tão real.Imagine! Os Judeus do tempo de Jesus celebrando um acontecimento que estava se desenrolando diante deles,sem ao menos perceberem.Como o próprio Senhor afirmou quando estava lendo o livro de Isaías na sinagoga:Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos olhos.

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