John Stott
escreveu, em seu excelente livro A Cruz de Cristo, que precisávamos visitar
constantemente o Calvário. Não literalmente, é obvio. Não seria possível para
todos os cristãos viajar até a Palestina apenas para visitar o lugar onde Jesus
foi crucificado – e penso que isso não seria de grande proveito.
John Stott
quis dizer que deveríamos, todos os dias, numa atitude devocional, em oração e
meditação, trazer a memória e ao coração tudo aquilo que aconteceu no
Calvário.
E este é
justamente o convite que eu faço a você nesse momento. Por alguns minutos
permita-me te levar até o Gólgota. Recue comigo dois mil anos atrás. Olhe para
a cruz. Imagine toda a dor, toda angústia, todo o sofrer de Jesus. Por que ele
fez isso? “Por que morrer?” Você já fez essa pergunta a si mesmo?
Observe
seu comportamento até mesmo em sua morte. Veja o que ele faz neste momento. Ele
revida? Pragueja? Faz alguma retaliação? Não. Ele intercede por aqueles que o
matavam! Pede o perdão do Pai por seus algozes.
Com o
corpo esvaindo-se em sangue e a boca seca e sedenta Ele se esforça para dizer: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que
fazem” (Lc 23.34). Como poderíamos definir este ato de Jesus na cruz?
Pacifismo?
Talvez.
Heroísmo? Quem sabe. Loucura? Convenhamos, até que parece. No entanto, a Bíblia
nos mostra que a palavra é outra: amor. O mais profundo e perfeito amor!
O “por
que” da cruz é o amor de Deus por você e por mim. Não existe outra razão, não
existe outro motivo. Não há outra explicação razoável para tal atitude. A cruz
resume-se na verdade mais profunda e sagrada: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu único Filho para
que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo
3.16).
Não somos
dignos do amor de Deus. Se merecemos algo da parte de Deus, certamente não é
amor, mas punição. Isso porque somos pecadores e, de fato, pecamos consciente e
deliberadamente contra Ele. Todo pecado é um ato de violência e rebeldia contra
Deus.
A Bíblia
nos diz que “o salário do pecado é
a morte”. É isso o que merecíamos! Mas Deus, ao invés de nos punir com
a morte, decidiu, por meio de seu Filho Jesus, morrer em nosso lugar. Ele
decidiu sofrer a punição dos nossos pecados, mostrando sua justiça em punir o
mal (em si mesmo) e seu amor em nos perdoar.
Enquanto
não reconhecermos que somos miseráveis pecadores, não poderemos jamais
reconhecer o grande amor de Deus.
Nossos
olhos estarão vendados para o incomensurável amor de Jesus. Se você ainda não o
ama talvez seja porque se considere bom de mais – talvez ainda não tenha se
visto como um deplorável pecador.
Diante do
Calvário não existe orgulho; não existe pessoas boas por si mesmas, santarrões,
seres de moral elevada; ali, o pecador se assombra e extasiado afirma: Deus me
ama!
Segundo
Stott: Apenas um ato de amor puro, não manchado por alguma nuança (resquício)
de segundas intenções, foi praticado na história do mundo, a saber, o amor de
Deus que se deu a si mesmo em Cristo na cruz por pecadores que não mereciam. É
por isso que, se estamos procurando uma definição de amor, não devemos ir ao
dicionário, mas ao Calvário.
O calvário
foi o palco da maior demonstração de amor de todos os tempos.
A Bíblia
nos diz em I Jo 4.9-10: “Nisto se
manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado seu Filho unigênito ao
mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós
tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou se Filho como
propiciação pelos nossos pecados”.
Quem levou
Jesus para morrer na cruz do calvário não foram os fariseus por inveja, não foi
Pilatos por temor nem Judas pela sua cobiça, mas o Pai, somente o Pai por
amor.
Como
escreveu Yancey: “A cruz, o evento mais público da vida de Jesus nos prova a
enorme diferença de um Deus que prova a sua existência pelo poder e de um Deus
que prova a sua existência pelo amor”. O nosso Deus optou pelo amor!
Autoria;
Kassio F. P. Lopes – sou da Promessa
Por
Litrazini
Graça e
Paz
maravilha
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