Deus disse a Moisés o
seguinte:“De lá buscarás ao Senhor
teu Deus, e o acharás, quando a buscares de todo o teu coração e de toda a tua
alma.” ( Dt 4. 29. ).
O homem foi criado
com o impulso de buscar comunhão com Deus. Existe nele um vazio que não pode
ser preenchido com nada, a não ser uma genuína comunhão com Deus. Por mais que
ele adquira coisas, elas nunca poderão tomar o lugar dessa comunhão que preenche
a própria essência do ser – dando-lhe um objetivo para a vida e alimentando sua
alma.
Deus criou Adão e
instilou nele o fôlego da vida. Ele foi um ser físico, antes de ser espiritual.
Essa dimensão espiritual lhe deu a capacidade de manter comunhão e intercambio
com Deus, no meio do jardim, na viração do dia. Ao pecar, o homem perdeu essa
possibilidade.
Mas Deus ainda
desejava manter comunhão com ele, e então tomou a iniciativa em Abrão.
Este veio a ser o pai ( Abraão ) de todos os fiéis que iriam ter a
oportunidade de manter comunhão com Deus.
Mais tarde, Deus
manifestou sua presença física na terra, através do Tabernáculo de Moisés.
Contudo, com poucas exceções, só o sumo sacerdote podia entrar na terceira
divisão do Tabernáculo, que era chamado o Santo dos Santos.
No reinado de Davi,
assim que ele foi aclamado rei de Israel, a primeira coisa que fez foi mandar
trazer para o local do culto de Israel a Arca da Aliança, que era símbolo da
presença de Deus.Entretanto, ao invés de recoloca-la no tabernáculo ele
deveria, por ordem de Deus, erigir uma casa própria em Sião, onde Davi morava. “Pois o Senhor escolheu a Sião, preferiu-a
por sua morada.” ( Sl 132. 13.).
Todavia, a adoração
que o povo prestava a Deus voltou a assumir um estilo ritualístico. E Deus mais
uma vez tomou a iniciativa de restaurar a comunhão com o homem, vindo ao mundo
na pessoa de Jesus Cristo.
Hoje, na era da
Igreja, Deus nos deu o Espírito Santo para que pudéssemos manter comunhão com o
Pai e o Filho. Jesus disse:“Ele
me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar. Tudo
quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é
meu,e vo-lo há de anunciar. ”( Jo 16. 14,15.).
E depois Ele diz
mais: “E aquele que me ama, será
amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.“( Jo 14.
21.). E no versículo 23 Ele diz: “Se
alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viveremos para
ele e faremos nele morada.”
A oração – petição é
muito importante para obtermos as coisas de que precisamos, mas orar não é
apenas pedir, é mais que isso. Jesus desse: “Buscai e achareis! ”
Deus não é um mero
depósito de bens de onde retiramos tudo de que precisamos, por mais nobre que
seja nossa motivação. Ele é um ser vivo, que deseja manter comunhão conosco. “Mas vem a hora, e já chegou, quando os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são
estes que o Pai procura para seus adoradores.”(Jo 4. 23.).
O apóstolo Paulo
levou uma vida de oração e comunhão com Cristo. Ele dá o seguinte testemunho à
igreja de Filipos: “Mas o que para
mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras
considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Jesus
Cristo meu Senhor: Por amor do qual, perdi todas as cousas e as considero como
refugo, para ganhar a Cristo.”( Fp 3. 7,8.).
Como é que Paulo pode
ganhar a Cristo? Sabemos que a salvação é um dom de Deus, pela graça, mediante
a fé. O que Paulo está dizendo nesse texto não é que faz isso para ganhar a
salvação, mas ele se referir a uma profunda comunhão com Cristo.
Esse nível de
comunhão não se consegue por acaso: Tem que ser buscado, e por isso exige
esforço de nossa parte. O que Paulo recebeu com esse tipo de oração?
Ele responde a essa pergunta no verso 10: “Para o conhecer e o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus
sofrimentos, conformando-me com Ele na sua morte.” E depois:“Prossigo para
o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (v.
14).
E no versículo 15,
ele apresenta um desafio a todos nós:“Todos,
pois, que somos perfeitos ( maduros), tenhamos este sentimento...” Neste
último versículo, o apóstolo revela que o sinal de que uma pessoa atingiu
maturidade espiritual é o desejo de chegar a um nível espiritual no qual tenha
uma comunhão íntima com Cristo.
Deus é amor. O amor precisa
ser extravasado através da comunhão. Assim sendo, a própria natureza de Deus
exige uma coisa que nós temos o privilégio de dar a ele – comunhão.
Extraído do Livro: Oração, A
chave do avivamento – Autor: Paul Y. Cho
Adaptado Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça e Paz
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