Para
as seitas, o “evangelho” da riqueza fácil é muito mais rentável. O Evangelho da
cruz, do arrependimento, do perdão do gloriar-se nas próprias fraquezas não
mais atende às necessidades das ovelhas.
As
Boas Novas foram substituídas pela participação dos fiéis em campanhas e pelo
uso de amuletos que garantem sucesso nos negócios.
São
muitos os testemunhos na televisão de empresários que ampliaram seus negócios
após comparecerem com regularidade aos referidos eventos religiosos e, claro,
após darem as ofertas requeridas. Não importa se continua em adultério,
desonestidade, prostituição, cheio de soberba, e faça o que bem entender. Nas
campanhas, é proibido falar em pecado.
Quanto
às entrevistas de sucesso empresarial, observem o seguinte: “De cada dez
empresas criadas no Brasil, cinco quebram antes de completarem dois anos de
existência” (Pesquisa SEBRAE). “Em oito anos, quase metade das empresas criadas
no País fecha” (IBGE).
A
falência ou sucesso acontece com empresários católicos, evangélicos, espíritas
ou ateus, participem ou não de campanhas de prosperidade. Não duvido da
sinceridade dos entrevistados nem do poder de Deus para atender os desejos de
cada um de seus filhos. Porém, o sucesso não decorre da participação em uma
campanha.
Milhares
de pequenos e grandes empresários, crentes, prosperam sem que participem de
qualquer campanha. E milhares, quer participem, quer não participem, não
conseguem bons resultados.
O
merchandising das entrevistas nunca expõe os insucessos. Ou seja, os
empresários falidos, apesar dos dízimos e das campanhas, jamais serão
entrevistados. Por que?
Serei
mais objetivo. Num universo de 1.000 empresários ateus e 1.000 participantes de
campanhas da prosperidade, o percentual de sucessos e insucessos nos negócios
não se altera. Pela estatística que vimos, metade terá algum tipo de
prosperidade e metade sofrerá perdas.
Notem
que os entrevistados sempre começam declarando que “depois que vim para cá”, ou
“depois que participei da campanha”. Raramente, glorificam a Deus pelo
progresso. A glória pertence à Igreja patrocinadora do evento.
Para
que houvesse transparência, imparcialidade e justiça, os menos favorecidos
deveriam ser ouvidos. Porque não prosperaram?
E
os que experimentaram êxito, mas depois entraram em falência?
E
os assalariados que continuam no mesmo miserê, apesar de serem freqüentadores
assíduos de tais apelos promocionais?
O
Senhor garante que somos abençoados, quer participemos de campanhas, quer não.
Ele diz que devemos buscar em primeiro lugar, não as campanhas, mas o Seu
Reino, e “todas estas coisas nos serão acrescentadas”, isto é, o comer, o
beber, o vestir.
O
engano está na sutileza do merchandising.
MAS
A MENSAGEM DA CRUZ NÃO ESTÁ SEPULTADA. ESTÁ PRESENTE NA GRANDE MAIORIA DOS
PÚLPITOS CRISTÃOS QUE ZELA POR MANTER ACESA A CHAMA DO VERDADEIRO
EVANGELHO.
Autor:
Pr. Airton Evangelista da Costa
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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