O que
está ordenado em alguns capítulos da carta paulina aos gálatas, a respeito do
tema `LEI E GRAÇA´, é claro como o sol de meio dia. Daí porque me
limitarei a copiar alguns textos e respectivos comentários.
“Sabendo que o homem não é justificado
pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus
Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da lei,
porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Porque eu, pela
lei, estou morto lei, para para a viver para Deus. Já estou crucificado com
Cristo; …” (Gl
2.16-21).
COMENTÁRIO – “Paulo lida aqui com
a questão de como o pecador poderá ser justificado, i.e., perdoado dos seus
pecados, aceito por Deus e ter um justo relacionamento com Ele. Isso
acontece não ´pelas obras da lei´, mas mediante a fé viva em Cristo Jesus.
Todos
os cristãos foram crucificados com Cristo na cruz. Morreram para a Lei
como meio de salvação (v. Ef 2.8-9), e agora vivem para Deus por meio de
Cristo. Por causa da salvação em Cristo, o pecado já não tem domínio sobre eles
(v. Rm 6.4, 8, 11; Gl 5.24; 6.14; Cl 2.12,20)” (Fonte: Bíblia de Estudo
Pentecostal – BEP).
JUSTIÇA (Gl 2.21) – “O ensino
de Paulo sobre a justificação e sobre a justiça vai além de uma mera declaração
jurídica da parte de Deus, A justiça que vem pela fé envolve uma transformação
moral da pessoa, a graça de Deus e um relacionamento com Cristo, mediante o
qual compartilhamos da sua vida ressurreta” (Fonte: BEP).
“Só quisera saber isto de vós
[insensatos gálatas]: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação
da fé? Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora
na carne?” (Gl
3.1-4).
COMENTÁRIO – “Paulo demonstra a
superioridade da salvação pela graça mediante a fé em Cristo sobre a tentativa
de se obter a salvação mediante a obediência à lei. Mediante a fé em
Cristo recebemos o Espírito Santo e todas as suas bênçãos, inclusive o dom da
vida eterna.
Porém,
a pessoa que depende da lei para obter a salvação não recebe o Espírito, nem a
vida, porque a lei em si mesma não pode outorgar a vida. As referências
que Paulo faz ao Espírito Santo incluem tanto o batismo no Espírito Santo,
quanto as operações especiais subsequentes do Espírito (cf. At 1.4,5; 2.4;
8.14-17; 10.44-47; 11.16-17; 19.1-6; 1 Co 12.4-11). (Fonte: BEP).
“... Todos aqueles, pois, que são das
obras da lei estão debaixo da maldição, porque está escrito: Maldito todo
aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da
lei, para fazê-las. E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante
de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl 3.6-11).
COMENTÁRIO – Paulo cita Habacuque
2.4 para ilustrar a justificação pela fé (cf. Rm 1.17). Habacuque enfatiza
que quem é justificado pela fé possui a verdadeira justiça interior, pois ele
contrasta o justo com o ímpio, cuja alma “não é reta nele” (Hb 2.4).
Sendo assim, Paulo cria que a justificação envolvia uma verdadeira justiça
interior mediante o Espírito Santo habitando na pessoa.
LOGO, PARA QUE É A LEI? Foi ordenada por causa
das transgressões, até que viesse a posteridade, a quem a promessa tinha sido
feita, e foi posta pelos anjos nas mãos de um medianeiro. Logo, a lei é
contra as promessas de Deus?
De
nenhuma sorte; porque se dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça,
na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do
pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.
Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e encerrados
para aquela fé que se havia de manifestar.
De
maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela
fé, fôssemos justificados. Mas, depois que a fé veio, já não estamos
debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus (Gl
3.19-26).
COMENTÁRIOS – “A palavra traduzida
“lei” (gr. nomos; hb. torah) significa “ensino” ou “instrução”. O termo
lei pode referir-se aos Dez Mandamentos, ao Pentateuco ou a qualquer mandamento
no Antigo Testamento.
O
uso por Paulo da palavra “lei” pode incluir o sistema sacrificial do concerto
mosaico. A lei funcionou como “aio” ou tutor do povo de Deus até que
viesse a salvação pela fé em Cristo.
Não
se deve buscar a salvação através das provisões do antigo concerto, nem pela
obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios. A salvação,
agora, tem lugar de conformidade com as provisões do novo concerto, a saber, a
morte expiatória de Cristo, a sua ressurreição gloriosa e o privilégio
subsequente de pertencer a Cristo” (Fonte: BEP).
Pr.
Airton Evangelista da Costa
Por
Litrazini:
Graça
e Paz
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