É
um dom do Espírito Santo para conhecermos a verdade e o erro.
Tratando-se
de um dom, o discernimento dos espíritos, I Coríntios 12:10, só pode ser
discernido pelo Espírito Santo. Muitos têm-se deixado enganar por falsas
profecias e por ensino de demônios. Precisamos pois estar atentos ao que
ouvimos, vemos, tocamos, provamos ou saboreamos e até cheiramos.
Na
Carta aos Coríntios, nos é recomendado buscarmos os dons espirituais a fim de
que possamos cooperar para o Bem, e não nos deixarmos enganar pela dissimulação
de espíritos enganadores, que muito têm perturbado os desatentos,
deixando-se envolver por falsas profecias e enganos quanto à sã doutrina.
Procuramos pois tecer-vos os ensinamentos acerca deste dom do “discernimento de
espíritos”, como segue:
“Quem tem ouvidos para
ouvir que ouça”. Esta
recomendação deverá ser compreendida de que ouvimos muitas vozes, mas é preciso
escutarmos aquilo que o Espírito Santo nos fala ao coração. São muitas as
palavras persuasivas de homens fraudulentos, pregadores de mentiras e de falsas
profecias, que nos procuram enganar. O que ouvimos deverá sempre ser entendido
pelo coração, que é a nossa consciência, porque com ele é que acreditamos, ou
não. Um coração puro é sensível à verdade e um coração inconstante é sujeito ao
erro.
Lembro-me
de muitas profecias de homens, popularmente famosos, a quem nunca escutei. Um
dos erros consiste em misturar certas verdades com mentiras. Procuram camuflar
os erros com certas verdades, mas quem conhece Jesus, sabe que a verdade nunca
poderá ser poluída com o erro.
A
visão é um dos sentidos do homem natural, e com ela vemos apenas o que é
aparente. Certamente que o leitor está recordado de que Deus não vê pela
aparência, porque Ele sonda os corações. A cosmética é uma “arte de disfarce”,
e não poucos têm sido enganados por ela. O paladar é um outro dos
sentidos que precisamos cuidar no discernimento dos espíritos. Jesus ensinou-nos
de que o sal tem a função de dar sabor, mas se ele se tornar insípido, para
nada mais serve.
Nunca
se esqueça de que a boca fala do que está no coração, e que a boa e agradável
Palavra de Deus, é sempre temperada com a virtude. Um outro dos sentidos
naturais é o tacto. Também o homem espiritual reconhece o espírito da
verdade e do erro, pelo tacto. Jesus revelou-se a Tomé pelo tacto,
satisfazendo-lhe a maneira como O desejou conhecer. Finalmente o olfacto
é também um sentido espiritual pelo qual “cheiramos a Cristo”. Há pessoas que
não cheiram a ovelha, mas a cabrito.
Nunca
devemos cultivar um espírito crítico, e julgar o próximo, como se por um
processo de psicanálise se tratasse. O que acima referimos serve somente
para despertar espiritualmente os nossos sentidos, e estarmos cientes de que só
as ovelhas do Senhor conhecem a Sua voz e O seguem, e não a estranhos. João 10.
Amílcar
e Isabel Rodrigues
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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