Nos
tempos do Antigo Testamento, a dignidade da mulher dependia dos filhos que
gerava, especialmente dos filhos homens e da quantidade de filhos.
Ser
mãe era o que tornaria a mulher um ser humano reconhecido.
Esse
contexto nós podemos conferir na história de Ana. Ana era estéril e, por isso,
seu marido Elcana tinha o direito de se casar com outra mulher. Só muito tarde
Ana gerou filhos - um primogênito, homem, chamado Samuel. Mas Penina, a outra
esposa de Elcana, gerou 10 filhos. Ela tinha muito orgulho da sua maternidade
(1 Sm 1-2).
Também
Sara, casada com Abraão, era estéril. Então, juntos decidiram que teriam uma
criança através de sua escrava egípcia Hagar. Assim nasceu Ismael. Mais tarde
também Sara teve uma criança, um primogênito, filho homem, chamado Isaque
(Gênesis 16 e 21).
Outra
mulher que enfrentou uma dura luta para se tornar reconhecida foi Tamar -
"tataravó" de Jesus (Mateus 1). Ficou viúva duas vezes e sem filhos.
Sofreu injustiça por parte de seu sogro que a fez voltar para a casa de sua
mãe. Mas encontrou uma saída: vestiu-se como prostituta e ficou na beira da
estrada numa ocasião em que seu sogro Judá foi à cidade. Então ela teve gêmeos
de Judá (Gênesis 38).
Há
também as irmãs Lia e Raquel, ambas casadas com o primo Jacó. Lia foi abençoada
com seis filhos e uma filha. E Raquel, depois de sofrer amargamente com a
esterilidade, gerou José e Benjamim. Jacó teve mais quatro filhos com as servas
das esposas, Bila e Zilpa (Gênesis 29-30).
Depois,
temos uma grande mãe no Novo testamento: Maria. Maria é a mãe que sintetiza
muito bem um novo tipo de maternidade. Ela é uma jovem mulher que concebe uma
criança em condições de mistério, que não tem reconhecimento da sociedade. Fica
sozinha. Prestes a perder seu noivo. Depois, dá à luz em condições precárias.
Revela-se profetiza e corajosa. É uma mulher inteligente e presente na vida de
Jesus e educa seu filho com desapego, preocupação e liberdade.
Uma
mãe desesperada é a mãe cananéia que busca cura para a sua filha, implorando a
Jesus que olhe por ela. Teve tremenda coragem, pois debateu com Jesus e fez com
que Jesus mudasse de idéia (Mt 15.21). É assim: a mãe que tem uma filha doente
move montanhas e conceitos!
Em
outras ocasiões também Deus se revela como uma mãe (veja: Is 42.14; 49.15;
66.13). E, além de todas estas mães, não nos esqueçamos do quarto mandamento
que pede que toda a mãe seja respeitada e honrada. (Anete Roese)
Cecília
Duprat escreveu o Salmo da mãe, confira:
Bem-aventurada
a mãe que confia no Senhor, que se compraz na observância da Lei Divina.
Retos
serão seus filhos; ela se alegrará com a sua posteridade.
Há
amor e generosidade no seu coração; seu exemplo permanecerá para sempre.
Nas
trevas surgiu uma luz; a mãe nela se ilumina e por isso é misericordiosa, é
compassiva, é boa.
Bem-aventurada
a mãe que compreende os seus e os ouve; ela ensinará, ela conduzirá seus
conselhos com prudência, porque se inspira em Deus.
A lembrança
da cruz lhe está sempre presente; apoiada nela não temerá ouvir notícias
funestas.
A
sua alma está sempre disposta a confiar no Senhor.
Fortalecido
pela comunhão diária, seu coração nunca será abalado.
Distribui,
dá aos pobres; atende a tudo e a todos.
Seu
sorriso permanente vence todos os dissabores. A sua alegria será exaltada na
glória.
Bem-aventurada
a mãe em cujo seio palpita o próprio Deus.
Seus
dias são um Natal perene. O Cristo ressurge em cada ato seu.
MÃE. QUE DEUS ABENÇOE A CADA
DIA DE SUA VIDA!
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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