O
Espírito Santo é uma realidade viva e presente na vida da Igreja do Senhor Jesus
Cristo. Entretanto, Ele não é uma força ou energia, mas uma pessoa que Deus
enviou para que este efetuasse a obra de regeneração na vida do pecador e
operasse a santificação no crente.
“E eu rogarei ao pai, e
ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” – Jo 14:16. O
Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade Santíssima e,à semelhança do Pai
e do Filho, é Deus.
A
palavra “espírito”, no Antigo Testamento, vem do hebraico. Sua transliteração
é “ruach”, que significa “vento”. No Novo Testamento, por sua vez, o
vocábulo vem do grego “pneuma”, que significa “vento, hálito ou
respiração”. Ambos os termos possuem correlação com a ação divina (Jo 3:8). Ele
não é fruto de emoções, nem de qualquer sensação, mas sim representa Deus presente
em nossas vidas.
Sendo
assim, quanto maior compreensão houver a respeito das verdades bíblicas, mais o
Espírito Santo derrama sobre nossas vidas o seu precioso fruto, o qual, por
conseguinte, gera uma vida cristã mais dinâmica e cheia da presença de Deus.
Nas
páginas da Bíblia, ele é tratado como Deus, e é assim que devemos crer, pois
desde o princípio o Espírito Santo é tratado como Deus. Ademais, basta uma
simples exegese do texto de Gn 1:2 para compreendermos a divindade da terceira
Pessoa da Trindade. Em Gn 1:1-2 está escrito: “No principio criou Deus os céus e a terra, e a terra era sem forma e
vazia e o Espírito de Deus se movia pela face das águas.” – Gênesis
1:1-2.
O ESPÍRITO
SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
Na
velha aliança, o Espírito de Deus vinha por meio de possessão sob uma classe
restrita de pessoas: sacerdotes, reis, juízes e profetas. Não havendo ninguém
no Antigo Testamento que tenha experimentado o agir permanente do Espírito como
no contraste de como o mesmo se apresentava no Novo Testamento, a habitação no
AT era seletiva e temporária.
O
Espírito “apoderava-se” de certas pessoas do Antigo Testamento, como Josué
(Números 27:18), Davi (1 Samuel 16:12-13) e até mesmo Saul (1 Samuel 10:10). No
livro de Juízes, exemplificando, vemos o Espírito “apoderando-se” dos vários
juízes que Deus levantara para libertar Israel de seus opressores. O Espírito
Santo viera sobre estes indivíduos somente em seletos momentos específicos.
A
habitação era um sinal do favor de Deus sobre aquele indivíduo (no caso de
Davi), e, se o favor de Deus abandonava uma pessoa, o Espírito saía (por
exemplo, no caso de Saul, em 1 Samuel 16:14). A principal diferença é a
habitação permanente do Espírito nos crentes no tempo que se chama hoje.
Como Jesus disse a respeito dessa mudança no ministério do Espírito: “Mas vocês
o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês.” (João 14:17).
O ESPÍRITO
SANTO NO NOVO TESTAMENTO
Já
na Nova Aliança, vivemos a dispensação da Graça ou o Ministério
do Espírito, que se revela por meio da ação do Espírito em favor de todo e
qualquer salvo. No NT, o Espírito Santo habita em todos os cristãos, dirige a
Igreja, santifica os cristãos e os ornamenta com os dons espirituais. A
presente era, por causa das extensas atividades do Espírito Santo, tem sido
chamada de era ou dispensação do Espírito.
Uma
avaliação mais cuidadosa mostrará que na Bíblia mais ou menos 90% do material
que compõe a pneumatologia [1] é encontrado nas páginas do NT que se relacionam
com a era da Graça. Este período é distinto, pois apresenta o desenvolvimento
do Reino de Deus entre os homens, por meio da ação do Espírito.
“O Reino de Deus não é
comida e nem bebida, mas paz, alegria e justiça no Espírito Santo.” – Romanos 14:17
O ESPÍRITO
SANTO É UMA PESSOA
De
acordo com o ensino claro das Escrituras, observamos que o Espírito Santo
possui sentimentos, intelecto, emoções e vontade, o que o torna
uma Pessoa, e não uma “força ativa”.
De
acordo com o pastor e teólogo pentecostal Antônio Gilberto: “personalidade é o
conjunto de atributos de várias categorias que caracterizam uma
pessoa” [2].
As
Escrituras evidenciam, com clareza e simplicidade, que todos estes atributos o
Espírito Santo possui e suas ações evidenciam essa verdade.
O
Espírito Santo não é uma força impessoal, como a gravidade e o magnetismo. Ele
é uma Pessoa, com todos os atributos de uma personalidade. Mas não é só Pessoa;
também é divino.
O ESPÍRITO
SANTO É UMA PESSOA DIVINA: ELE É DEUS
Em
toda a Bíblia podemos ver claramente que o Espírito Santo é o próprio Deus, e
que desta feita podemos concluir que os atributos que as Escrituras lhe
conferem são os mesmos do próprio Deus [3].
A
primeira referência bíblica ao Espírito Santo está em Gênesis 1:2, onde
lemos: “O Espírito de Deus
pairava por sobre as águas”. No entanto, Gên. 1:1 diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra”.
E, em Colossenses, escrevendo à Igreja de Colossos sobre o Senhor Jesus Cristo,
no meio de outras grandes verdades, Paulo nos diz: “Nele foram criadas todas as coisas; nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados,
quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas
as coisas. Nele tudo subsiste” (é conservado em ordem e harmonia, BLH)
(Col. 1:16, 17).
Por
fim, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo estavam juntos criando o mundo
e é da máxima importância para todos os cristãos compreender e aceitar estes
fatos, tanto na teologia como na prática.
Orlando
Martins
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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