"Carregando ele
mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos
para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados." 1Pedro 2:24.
Em
consequência do pecado, o espírito ficou separado de Deus, a alma tornou-se
penalizada e enferma, e o corpo sujeito às doenças e indisposições. Há uma
certa correlação de causa e efeito: o espírito abatido vem enfermar a alma, que
acaba adoecendo o corpo. O abatimento é espiritual, a enfermidade é psíquica e
a doença é física.
O
espírito do homem o sustenta na enfermidade, mas o espírito abatido quem o
suportará? Provérbios 18:14. (Ed. Contemporânea). Tudo começa no íntimo do
espírito. O espírito é o coração do ser humano. Por isso, a Bíblia sustenta a
necessidade prioritária de um cuidado essencial com o coração. Sobre tudo
o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da
vida. Provérbios 4:23.
O
homem natural é um ser espiritualmente separado de Deus, psicologicamente
transtornado pelos efeitos arrogantes do pecado e sujeito a todos os males
causados pelas moléstias que se manifestam no seu corpo. As doenças são,
frequentemente, resultantes dos desequilíbrios emocionais e estes, por sua vez,
são consequências da morte espiritual.
O coração alegre é bom
remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos. Provérbios 17:22.
O coração alegre é aquele que tem experimentado a salvação graciosa de Deus, em
Cristo Jesus. O espírito abatido, por outro lado, causa enfermidades na alma,
secando os ossos e permitindo a instalação das doenças em nossos corpos. Quando
o sistema imunológico é afetado pelos efeitos universais do pecado na raça
humana, sofremos profundamente com as doenças resultantes de nosso
enfraquecimento.
A
regeneração espiritual é a primeira providência divina para a restauração da
espécie humana. Se o pecado nos separou de Deus, causando um estrago
irremediável do ponto de vista do homem, só Deus pode nos salvar
verdadeiramente deste estado de separação. Por isso, a cruz se tornou o centro
cirúrgico da maior operação já realizada.
A
crucificação de Cristo e a nossa crucificação juntamente com Cristo se tornam a
medida prioritária para a recuperação plena do ser humano. Somente os
justificados pela cruz podem ser vivificados pela ressurreição. Somente os
regenerados pela graça podem ser verdadeiramente curados de suas enfermidades
psíquicas através dos efeitos permanentes da cruz.
Fomos
salvos da condenação do pecado pela vitória de Cristo; estamos sendo salvos do
poder do pecado pela vida de Cristo, e seremos salvos da presença do pecado
pela vinda de Cristo. Fomos vivificados em nosso espírito, estamos sendo
santificados em nossa alma e seremos glorificados em nosso corpo.
A
cruz que sacrificou a Cristo Jesus deixou as feridas que saram as
enfermidades. Mas ele foi
traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados. Isaías 53:5. Temos aqui a garantia bíblica da cura de nossas
enfermidades.
A
ciência médica reconhece que emoções como medo, tristeza, inveja, ressentimento
e ódio são responsáveis pela maioria de nossas doenças. Os cálculos variam de
60% a quase 100%. As doenças são quase sempre resultantes das enfermidades. O corpo
sofre os efeitos da alma. Uma mente ansiosa ou amargurada termina detonando o
organismo. Emoções distorcidas acabam deformando o corpo. Muitos traumas e
contusões emocionais persistem ocultas, determinando reações enfermiças.
Quando
contemplamos, pela Palavra, os efeitos poderosos do Calvário, somos atingidos
em cheio no cerne de nossos problemas. O método de Deus para a cura de nossas
almas se revela no íntimo, pela eficácia de Cristo crucificado. A cura interior
só acontece de verdade quando consideramos a cruz em nosso interior como o
instrumento que mata o ódio, a amargura, a vingança, a inveja, o medo e todos
os sentimentos enfermiços da alma.
O
Evangelho é efetivamente uma boa notícia. É o anúncio de um Deus gracioso que
se interessa profundamente por um homem abatido, enfermo e doente. Deus se
tornou gente por se importar com a gente que sofre com o agente da dor. Era desprezado e o mais rejeitado entre os
homens; homem de dores e que sabe o que é padecer... Porque não temos sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas... Acheguemo-nos,
portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos
misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. Isaías
53:3a e Hebreus
4:15a-16.
Transcrito
Por Litrazini
Graça
e Paz
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