"Você
quer ter razão ou ser feliz?"
O
amor-romântico não é tudo em um relacionamento.
Infelizmente,
muitos jovens se casam pensando que o "amor-romântico" será à base de
sustentação de uma vida conjugal equilibrada, harmoniosa e feliz. Pode até ser
que na primeira faze, que é a da idealização, onde
não se vê o real, mas sim àquilo que foi sonhado, projetado e idealizado, este
tipo de amor seja a base. Porém, quando os dois forem "caindo na
real" e os defeitos forem aparecendo e o "anjo" ganhar a forma
de "ser humano" com todas as imperfeições, traumas e limitações o
"amor romântico" deixará de ser suficiente.
Eu
diria que os casais brigam, não por falta de amor, mas por falta de
inteligência conjugal. Até para ser feliz é preciso ser inteligente!
Há
um texto na carta do apóstolo Paulo escrito aos Efésios, que expressa a
importância de compreender esse princípio:
"Maridos, ame cada
um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela (Ef.5.25) para
santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, (v.26)
e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou
(v.27) coisa semelhante, mas santa e inculpável".
O
que o apóstolo está querendo nos ensinar, é:
Todas
as vezes que o marido investe na sua esposa, o mais beneficiado é ele mesmo. "...para
apresentar a si mesmo como igreja(esposa) gloriosa..." isso
éinteligência conjugal. Se esta não for a visão que orienta a vida dos
dois, a competição passa a existir impedindo que eles sejam "aliados
íntimos" contra os inimigos do casamento, que não são poucos.
"Você quer ter razão ou ser feliz?"
Não são poucos os casais que por causa da
inflexibilidade, gastam uma fortuna com aquilo que não vale uma moeda de
cinqüenta centavos de reais. É a "mania" de querer sempre ter
razão, mesmo que isto aprofunde a crise, gere magoas, levante um muro de
resistência provocando um distanciamento cada vez maior um do outro.
A
humildade é uma das virtudes da inteligência conjugal.
Na
convivência a dois é necessário algumas vezes um "perder" para que os
dois possam ganhar. Estruturas rígidas quebram com facilidade. As árvores que
suportam as grandes tempestades e não se quebram, são as flexíveis. Quando o
homem e a mulher atingem esse nível de maturidade, vivendo com flexibilidade, é
porque definitivamente entenderam que inteligência conjugal
mais amor adulto gera a verdadeira felicidade.
É
importante compreender que para ser feliz, você não precisa se anular,
tornando-se um "boneco" sem o direito de sugerir, opinar, contrariar,
participar etc. O casamento não pode provocar a morte do "eu" e nem
da "individualidade" de cada cônjuge.
É
extremamente preocupante quando ouço alguém dizendo: "Estou casado ou
casada a trinta anos e nunca brigamos, discutimos ou gritamos um com o
outro!" Se isso for verdade, é porque os dois não se amam, ou estão juntos
mas nunca compreenderam o que é casamento.
Só
quem deseja o melhor para o outro é que reclama, critica,
cobra, aponta as áreas que precisam melhorar. Quem um dia ou outro
não acorda mal humorado, irritado, estressado ou perturbado com alguma situação
que lhe foge ao controle. Onde não há preocupação com o outro, não há brigas,
discussões porque impera a indiferença que é a maior demonstração de falta de
amor maduro e de inteligência conjugal.
É
bom "brigar - construtivamente" para se ter razão, quando o que está
em jogo é a estabilidade da relação, o futuro da família, o equilíbrio
financeiro, a vida espiritual do cônjuge e a felicidade do casal.
Quando
a causa da "batalha travada" é algo banal, pequeno no seu valor e
importância, todo tempo e energia que se gasta é um desperdício tolo, ai, não
vale a pena ter razão é preferível ser
feliz.
Pr. Josué Gonçalves
Por
Litrazini
Graça
e Paz
Muito pertinente essa reflexão. Hoje vivemos, eu e o meu marido essa fase de estabilidade e flexibilidade construída com muitas lágrimas, oração e diálogo. Parabéns pela delicadeza das palavras
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