Um bêbado estava procurando alguma coisa na rua
certa noite, debaixo de um poste de luz. Andava de um lado para outro, tateando
a calçada de concreto, vez por outra agarrando-se ao poste para equilibrar-se. Um
passante indagou-lhe o que procurava.
- "Perdi minha carteira", respondeu o
bêbado. O outro ofereceu-se para ajudá-lo, mas sem sucesso.
- "Tem certeza de que a perdeu aqui?"
perguntou ele ao bêbado.
- "É claro que não", respondeu.
"Foi lá atrás; no meio da quadra."
- "Então, porque não está procurando
lá?"
- "Porque", respondeu o outro, com
uma lógica contundente, "lá está escuro."
Procurar é importante, mas não adianta nada, se
não procurarmos no lugar certo.
O governador de certo Estado recebeu-nos em sua
casa, e, após o jantar, pediu para falar comigo em particular. Fomos para o seu
escritório, e ali percebi que ele estava lutando contra a emoção. Por fim, ele
disse:
- "Estou chegando ao fim de minha
resistência. Preciso de Deus. Pode dizer-me como encontrá-lo?"
Um jovem militar, endurecido pelo rigoroso
treinamento do grupo "Boinas Verdes", e que era tão forte que suas
mãos haviam sido postas no seguro, por serem consideradas armas mortais, caiu
ao chão de seu quarto, certa noite, chorando como uma criancinha, e dizendo:
- "Deus! Deus! Onde estás?"
Desde um barraco de favela até a mais rica
mansão; de uma autoridade municipal até um prisioneiro aguardando a morte,
todos os homens indagam se existe Deus. E se existe, como é ele?
Um fato digno de nota para todos os que buscam
a Deus é que a crença em algum deus é praticamente universal.
Qualquer que seja o período da História que
estudarmos, qualquer que seja a cultura que examinarmos, se analisarmos o
passado histórico da humanidade, veremos que todos os povos, primitivos ou
modernos, reconhecem a existência de algum tipo de deidade.
Nos últimos dois séculos, as escavações
arqueológicas têm revelado as ruínas de muitas civilizações antigas, mas
nenhuma delas encontrou ainda uma cultura que não desse alguma evidência de
adoração a um deus.
O homem adorou o sol, e fez, para si imagens. O
homem adora um código de leis, adora animais, e até outros homens. Alguns
parecem adorar a si mesmos. O homem faz deuses criados por sua imaginação,
embora ele creia que Deus exista – uma crença meio confusa e indistinta.
Algumas pessoas, frustradas, desistem desta
busca de Deus e passam a considerar-se "ateus" ou
"agnósticos", professando não ter religião. Mas eles têm necessidade
de preencher aquele vácuo que existe em seu interior com algum outro tipo de
deidade. E portanto, o homem cria seu próprio deus – dinheiro, trabalho, sucesso,
fama, sexo, álcool, ou até comidas.
Na atualidade muitos fazem de sua pátria seu
objeto de adoração, esposando o evangelho do nacionalismo. Erroneamente, tentam
substituir o Deus vivo e verdadeiro pela religião do nacionalismo.
Outros
transformam em deus a causa que defendem. Embora muitos grupos radicais neguem
fé em Deus, milhares de seus seguidores, de bom grado, entregam sua vida e
sofrem privações e pobreza por sua crença na "causa" ou na
"revolução".
Não
conseguindo encontrar o verdadeiro Deus, milhões de pessoas consagram sua
lealdade a uma causa menor ou a um deus menor. Contudo, tais pessoas não
encontram nem satisfação nem respostas para suas indagações supremas.
Assim
como Adão foi criado para manter comunhão com Deus, assim o são todos os
homens.
Jesus
fez o seguinte comentário acerca do primeiro mandamento: "Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a
tua alma, de todo o teu entendimento, e de toda tua força." (Mar.
12:30)
Ele
deu a entender que o homem, diferentemente de um mineral ou de um animal
irracional, tem a capacidade de amar a Deus.
Extraído
do Livro COMO NASCER DE NOVO de autoria
de Billy Graham / Por Litrazini
Graça e
Paz
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