Costumo definir sinteticamente SHEKINAH como: "a glória de Deus manifesta"!
O vocábulo "shekinah" não aparece na Bíblia, é uma transliteração da raiz hebraica "shkn" = habitar. Este termo "shkn" é muito usado pelos TARGUMITAS e RABIS e adotado pelos cristãos. Refere-se à glória visível de Deus habitando no meio do seu povo. Usa-se este vocábulo para designar a presença radiante de Deus, como vista na coluna de fogo, no Monte Sinai, no Propiciatório entre os querubins, no Tabernáculo, no Templo, etc.
Embora
a palavra "shekinah" não apareça na Bíblia, há alusões à glória de
Deus ("shekinah") em diversas passagens.
Embora
as escrituras neguem a existência de qualquer localidade permanente para Deus,
descrevem, simultaneamente com a Sua transcendência, a Sua "glória",
ou presença apreensível. A glória pode ser expressada no "rosto" de
Deus, no Seu "nome" (Ex 33.18-20), no "Anjo" - os
aparecimentos pré-encarnados de Cristo - ou na "nuvem" (Ex 14.19). A
Shekinah diz respeito à nuvem que cercava a glória (Ex 40.34), parecia uma
nuvem pesada através da qual chispam os relâmpagos (Êx 19.9,16).
A
Shekinah apareceu pela primeira vez quando Deus conduziu Israel para fora do
Egito e o protegeu por meio de "uma coluna de nuvem e de fogo"
(13.21; 14.19). A nuvem vindicou Moisés contra os "murmuradores"
(16.10; Nm 16.42) e cobriu o Sinai (Ex 24.16) enquanto ele se comunicava ali
com Deus (v.18; cf. 33.9). Deus "habitava ( sakan, 25.8) no meio de Israel
no tabernáculo (miskan, "lugar de habitação", v.9; cf. 1 Rs 8.13),
que tipificava a Sua morada no céu (1 Rs 8.30; Hb 9.24).
A
nuvem encheu o tabernáculo (Êx 40.34-35; cf. Rm 9.4); e o uso pós-bíblico,
portanto, designou essa manifestação permanente e visível como
"shekinah", "habitação" [da presença de Deus]". Pouco
depois, em duas ocasiões, "saiu fogo (consumidor) de diante do
SENHOR" (Lv 9.23; 10.2). Especificamente, Deus apareceu "na nuvem sobre o propiciatório que está
sobre a arca" (Lv 16.2; Ex 25.22; cf. Hb 9.5).
A
Shekinah conduziu Israel através do deserto (Ex 40.36-38); e, embora a perda da
arca importasse em "Icabode [nenhuma glória]" (1 Sm 4.21), a nuvem
voltou a encher o Templo de Salomão ( 1 Rs 8.11; cf. 2 Cr 7.1). Ezequiel
visualizou sua partida por causa do pecado (Ez 10.18) antes da destruição desse
templo, e o judaísmo confessava a ausência dela do segundo templo.
A
Shekinah reapareceu com Cristo (Mt 17.5; Lc 2.9), o Deus verdadeiro localizado
(Jo 1.14; skene, "tabernáculo"; cf. Ap 21.3, = sekîna?), a glória do
último templo (Ag 2.9; Zc 2.5). Cristo subiu na nuvem da glória (At. 1.9) e, um
dia, voltará dessa maneira (Mc 14.62; Ap. 14.14; cf. Is 24.3; 60.1)."
SHEKINAH. Esplendor,
glória ou presença de Deus habitando no meio do seu povo e o equivalente
judaico mais próximo do Espírito Santo. O termo é posterior à Bíblia, mas o
conceito está no ensinamento de que Deus habita no meio do seu povo (Êx
29.45s.).
A
glória de Deus é vista em fenômenos como relâmpagos e nuvens no monte Sinai (Êx
19.16) e a nuvem brilhante que descia sobre a tenda da congregação e guiou
Israel pelo deserto (Êx 40.34ss.).
A
glória divina também está presente de modo especial no templo e na cidade
celestiais (Ap 15.8; 21.23). Foi vista na transfiguração de Jesus (Lc 9.32) e
será vista quando Jesus voltar à terra (Mc 8.38).
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Transcrito do Dicionário Bíblico Vida nova - Derek Williams, ed.
Pr.
Edemar V. Silva
Por
Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça
e Paz
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