"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

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domingo, 25 de outubro de 2020

O SIGNIFICADO DE "SHEKINAH"

Costumo definir sinteticamente SHEKINAH como: "a glória de Deus manifesta"!

O vocábulo "shekinah" não aparece na Bíblia, é uma transliteração da raiz hebraica "shkn" = habitar. Este termo "shkn" é muito usado pelos TARGUMITAS e RABIS e adotado pelos cristãos. Refere-se à glória visível de Deus habitando no meio do seu povo. Usa-se este vocábulo para designar a presença radiante de Deus, como vista na coluna de fogo, no Monte Sinai, no Propiciatório entre os querubins, no Tabernáculo, no Templo, etc.

Embora a palavra "shekinah" não apareça na Bíblia, há alusões à glória de Deus ("shekinah") em diversas passagens.

Embora as escrituras neguem a existência de qualquer localidade permanente para Deus, descrevem, simultaneamente com a Sua transcendência, a Sua "glória", ou presença apreensível. A glória pode ser expressada no "rosto" de Deus, no Seu "nome" (Ex 33.18-20), no "Anjo" - os aparecimentos pré-encarnados de Cristo - ou na "nuvem" (Ex 14.19). A Shekinah diz respeito à nuvem que cercava a glória (Ex 40.34), parecia uma nuvem pesada através da qual chispam os relâmpagos (Êx 19.9,16).

A Shekinah apareceu pela primeira vez quando Deus conduziu Israel para fora do Egito e o protegeu por meio de "uma coluna de nuvem e de fogo" (13.21; 14.19). A nuvem vindicou Moisés contra os "murmuradores" (16.10; Nm 16.42) e cobriu o Sinai (Ex 24.16) enquanto ele se comunicava ali com Deus (v.18; cf. 33.9). Deus "habitava ( sakan, 25.8) no meio de Israel no tabernáculo (miskan, "lugar de habitação", v.9; cf. 1 Rs 8.13), que tipificava a Sua morada no céu (1 Rs 8.30; Hb 9.24).

A nuvem encheu o tabernáculo (Êx 40.34-35; cf. Rm 9.4); e o uso pós-bíblico, portanto, designou essa manifestação permanente e visível como "shekinah", "habitação" [da presença de Deus]". Pouco depois, em duas ocasiões, "saiu fogo (consumidor) de diante do SENHOR" (Lv 9.23; 10.2). Especificamente, Deus apareceu "na nuvem sobre o propiciatório que está sobre a arca" (Lv 16.2; Ex 25.22; cf. Hb 9.5).

A Shekinah conduziu Israel através do deserto (Ex 40.36-38); e, embora a perda da arca importasse em "Icabode [nenhuma glória]" (1 Sm 4.21), a nuvem voltou a encher o Templo de Salomão ( 1 Rs 8.11; cf. 2 Cr 7.1). Ezequiel visualizou sua partida por causa do pecado (Ez 10.18) antes da destruição desse templo, e o judaísmo confessava a ausência dela do segundo templo.

A Shekinah reapareceu com Cristo (Mt 17.5; Lc 2.9), o Deus verdadeiro localizado (Jo 1.14; skene, "tabernáculo"; cf. Ap 21.3, = sekîna?), a glória do último templo (Ag 2.9; Zc 2.5). Cristo subiu na nuvem da glória (At. 1.9) e, um dia, voltará dessa maneira (Mc 14.62; Ap. 14.14; cf. Is 24.3; 60.1)."

SHEKINAH. Esplendor, glória ou presença de Deus habitando no meio do seu povo e o equivalente judaico mais próximo do Espírito Santo. O termo é posterior à Bíblia, mas o conceito está no ensinamento de que Deus habita no meio do seu povo (Êx 29.45s.).

A glória de Deus é vista em fenômenos como relâmpagos e nuvens no monte Sinai (Êx 19.16) e a nuvem brilhante que descia sobre a tenda da congregação e guiou Israel pelo deserto (Êx 40.34ss.).

A glória divina também está presente de modo especial no templo e na cidade celestiais (Ap 15.8; 21.23). Foi vista na transfiguração de Jesus (Lc 9.32) e será vista quando Jesus voltar à terra (Mc 8.38).

- Transcrito do Dicionário Bíblico Vida nova - Derek Williams, ed.

Pr. Edemar V. Silva

Por Litrazini

http://www.kairosministeriomissionario.com/

Graça e Paz

 

sábado, 6 de julho de 2019

A SHEKINAH QUE ESTEVE PRESENTE NAS PEREGRINAÇÕES DE ISRAEL


A primeira menção à nuvem que acompanhou o povo de Israel durante toda a peregrinação no deserto se encontra em Êxodo 13.21-22, onde está escrito:
“E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite”.

Três coisas são merecedoras de destaque nesse texto:

Em primeiro lugar – é dito que o SENHOR (YAVÉ) IA ADIANTE DO POVO EM MEIO À COLUNA DE NUVEM/FOGO. Ou seja, aquela não era uma nuvem comum, mas uma verdadeira manifestação divina, um sinal miraculoso permanente que certificava o povo de que Deus estava presente. Visto que a nuvem acompanhou o povo e “nunca se retirou” de diante dele, pode-se dizer que a presença de Deus esteve sempre visível para o povo ao longo da jornada.

Ao mesmo tempo em que é maravilhoso pensar nisso, deve também causar-nos espanto que o povo tenha tantas vezes ofendido a Deus com suas murmurações, idolatrias e toda sorte de pecados praticados bem diante da presença do Senhor manifesta no meio deles!

Como puderam não temer aquela espécie de teofania? Como puderam ser tão indiferentes a ela, visto que “todo o povo via a coluna de nuvem” (Êx 33.10; 40.38)? Como bem disse o Senhor a Moisés, “Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz” (Ex 32.9). Quando a dureza do coração é tão grande, o homem não teme pecar diante da presença do Senhor!

Em segundo lugar – A NUVEM TINHA FORMATO DE COLUNA (posição vertical) e embora esse texto pareça sugerir que à noite o fenômeno era outro (“coluna de fogo”), na verdade, tratava-se da mesma nuvem do dia, mas que em meio à escuridão da noite revestia-se de refulgente luz, à semelhança do fogo. O texto de Número 9.15 e 16 deixa isso ainda mais claro:

“No dia em que foi levantado o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo, a saber, a tenda do testemunho. E, à tarde [isto é, ao final da tarde], estava sobre o tabernáculo uma aparência de fogo até a manhã seguinte. Assim acontecia sempre: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo”.

Em terceiro lugar – O PROPÓSITO PRIMORDIAL DESSA MANIFESTAÇÃO DIVINA ERA DAR ORIENTAÇÃO AO POVO HEBREU FUGITIVO DO EGITO, isto é, “para os guiar pelo caminho… para que caminhassem dia e noite”. Embora o povo pudesse contar com orientações humanas e naturais para se guiar rumo à Canaã (conferir o caso do cunhado de Moisés, Hobabe, que serviu-lhe de guia – Nm 10.29-33), Deus estava sempre presente para dar a orientação inequívoca, não só quanto ao caminho a ser percorrido, mas quanto ao tempo devido para percorrê-lo e as devidas pausas para o descanso.

Como está escrito:
“Mas sempre que a nuvem se alçava de sobre a tenda, os filhos de Israel partiam; e no lugar onde a nuvem parava, ali os filhos de Israel se acampavam. (…) E, quando a nuvem se detinha muitos dias sobre o tabernáculo, então os filhos de Israel cumpriam a ordem do Senhor, e não partiam. E, quando a nuvem ficava poucos dias sobre o tabernáculo, segundo a ordem do Senhor se alojavam, e segundo a ordem do Senhor partiam” (Nm 9.17,19-20)

As posteriores gerações piedosas dentre os hebreus compreendiam que fora o Senhor quem orientou seu povo enquanto peregrino no deserto.

O Salmo 136 é um convite para render graças e louvar a Yavé, que livrou a Israel da escravidão no Egito e que “guiou o seu povo pelo deserto” (Sl 136.10-16).

Tiago Rosas

Por Litrazini
Graça e Paz

segunda-feira, 16 de abril de 2018

O SIGNIFICADO DE "SHEKINAH"


Costumo definir sinteticamente SHEKINAH como: "a glória de Deus manifesta"!

O vocábulo "shekinah" não aparece na Bíblia, é uma transliteração da raiz hebraica "shkn" = habitar. Este termo "shkn" é muito usado pelos TARGUMITAS e RABIS e adotado pelos cristãos. Refere-se à glória visível de Deus habitando no meio do seu povo. Usa-se este vocábulo para designar a presença radiante de Deus, como vista na coluna de fogo, no Monte Sinai, no Propiciatório entre os querubins, no Tabernáculo, no Templo, etc.

Embora a palavra "shekinah" não apareça na Bíblia, há alusões à glória de Deus ("shekinah") em diversas passagens.

A seguir, transcrevo alguns comentários 1) J. B. Payne - Encliclopedia Histórico - Teológica da Igreja Cristã - Editor Walter A. Elwell - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova. 2) Dicionário Bíblico Vida nova - Derek Williams, ed. 1) "SHEKINAH - A manifestação visível da glória de Deus.

Embora as escrituras neguem a existência de qualquer localidade permanente para Deus, descrevem, simultaneamente com a Sua transcedência, a Sua "glória", ou presença apreensível. A glória pode ser expressada no "rosto" de Deus, no Seu "nome" (Ex 33.18-20), no "Anjo" - os aparecimentos pré-encarnados de Cristo - ou na "nuvem" (Ex 14.19). A Shekinah diz respeito à nuvem que cercava a glória (Ex 40.34), parecia uma nuvem pesada através da qual chispam os relâmpagos (Êx 19.9,16).

A Shekinah apareceu pela primeira vez quando Deus conduziu Israel para fora do Egito e o protegeu por meio de"uma coluna de nuvem e de fogo" (13.21; 14.19). A nuvem vindicou Moisés contra os "murmuradores" (16.10; Nm 16.42) e cobriu o Sinai (Ex 24.16) enquanto ele se comunicava ali com Deus (v.18; cf. 33.9). Deus "habitava ( sakan, 25.8) no meio de Israel no tabernáculo (miskan, "lugar de habitação", v.9; cf. 1 Rs 8.13), que tipificava a Sua morada no céu (1 Rs 8.30; Hb 9.24).

A nuvem encheu o tabernáculo (Êx 40.34-35; cf. Rm 9.4); e o uso pós-bíblico, portanto, designou essa manifestação permanente e visível como "shekinah", "habitação" [da presença de Deus]". Pouco depois, em duas ocasiões, "saiu fogo (consumidor) de diante do SENHOR" (Lv9.23; 10.2). Especificamente, Deus apareceu "na nuvem sobre o propiciatório que está sobre a arca" (Lv 16.2; Ex 25.22; cf. Hb 9.5).

A Shekinah conduziu Israel através do deserto (Ex 40.36-38); e, embora a perda da arca importasse em "Icabode [nenhuma glória]" (1 Sm 4.21), a nuvem voltou a encher o Templo de Salomão ( 1 Rs 8.11; cf. 2 Cr 7.1). Ezequiel visualizou sua partida por causa do pecado (Ez 10.18) antes da destruição desse templo, e o judaísmo confessava a ausência dela do segundo templo.

A Shekinah reapareceu com Cristo (Mt 17.5; Lc 2.9), o Deus verdadeiro localizado (Jo 1.14; skene, "tabernáculo"; cf. Ap 21.3, = sekîna?), a glória do último templo (Ag 2.9; Zc 2.5). Cristo subiu na nuvem da glória (At. 1.9) e, um dia, voltará dessa maneira (Mc 14.62; Ap. 14.14; cf. Is 24.3; 60.1)." - J. B. Payne - Encliclopédia Histórico - Teológica da Igreja Cristã - Editor Walter A. Elwell - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova.

2) SHEKINAH. Esplendor, glória ou presença de Deus habitando no meio do seu povo e o equivalente judaico mais próximo do Espírito Santo. O termo é posterior à Bíblia, mas o conceito está no ensinamento de que Deus habita no meio do seu povo (Êx 29.45s.).

A glória de Deus é vista em fenômenos como relâmpagos e nuvens no monte Sinai (Êx 19.16) e a nuvem brilhante que descia sobre a tenda da congregação e guiou Israel pelo deserto (Êx 40.34ss.).

A glória divina também está presente de modo especial no templo e na cidade celestiais (Ap 15.8; 21.23). Foi vista na transfiguração de Jesus (Lc 9.32) e será vista quando Jesus voltar à terra (Mc 8.38).

- Transcrito do Dicionário Bíblico Vida nova - Derek Williams, ed.

Bibliografia:
B. Payne - Encliclopédia Histórico - Teológica da Igreja Cristã - Editor Walter A. Elwell - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova.
Dicionário Bíblico Vida nova - Derek Williams, ed.

Pr. Edemar V. Silva

Por Litrazini
Graça e Paz