"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

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domingo, 23 de fevereiro de 2020

SALMOS 42 E 43 — DEPRESSÃO ESPIRITUAL


Por que você está assim tão triste, ó minha alma? […] Ponha a sua esperança em Deus! Salmo 42.5

A depressão parece ser uma condição bastante comum entre os cristãos. Não me refiro à depressão clínica, que pode necessitar de psicoterapia especializada, mas à depressão espiritual, com a qual deveríamos ser capazes de lidar por nós mesmos.

O autor dos salmos 42 e 43 (que evidentemente formam um único salmo) é claro acerca de sua depressão. Para começar, ele está com sede de Deus (tão sedento quanto a corça pelas águas), porque está separado dele, passando por algum tipo de exílio forçado.

Ele lembra das grandes celebrações do passado, quando “entrava para apresentar-se a Deus” (42.2), e anseia por retornar “ao altar de Deus”, fonte de sua plena alegria (43.4).

Sua depressão se deve, no entanto, não somente à ausência de Deus, mas também à presença dos inimigos. Eles o provocam perguntando: “Onde está o seu Deus?” (42.3, 10).

Eles fizeram essa pergunta em parte porque eram idólatras — seus deuses podiam ser vistos e tocados, enquanto o “Deus vivo” (42.2) é invisível e intangível — e em parte porque Deus aparentemente não era capaz de defender seu povo.

Cada estrofe termina com o mesmo refrão (42.5,11; 43.5), no qual o salmista fala com sua própria alma. As pessoas costumam dizer que falar sozinho é o primeiro sinal de loucura. Ao contrário, trata-se de um sinal de maturidade — embora dependa daquilo que estamos conversando conosco mesmos!

No texto o salmista se recusa a resignar-se à sua condição ou ao seu estado de espírito. Ele toma as rédeas de sua vida.

Primeiramente, ele se questiona: “Por que você está assim tão triste, ó minha alma?” Sua pergunta inclui uma repreensão implícita.

Em seguida, ele exorta a si mesmo: “Ponha a sua esperança em Deus!”. Somente Deus é digno de nossa confiança.

Por fim, ele diz a si mesmo: “Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”.

O uso duplo do pronome possessivo, “meu Salvador e meu Deus”, é muito significativo. O salmista está reafirmando sua relação de aliança com Deus, e nenhuma variação de humor pode destruir isso.

Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? [...] Onde está o teu Deus? Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus. (Salmo 42.1-11)

Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

Por Litrazini
Graça e Paz

sábado, 13 de julho de 2019

A RELEVÂNCIA DOS CÂNTICOS


Para os reformadores, os cânticos tinham um grande apelo didático, objetando até mesmo a fixação das Escrituras.

Como Palavra de Deus, cantar as Escrituras significa relembrar e fixar seus ensinamentos .
Calvino não ignorava o poder da música “… para agitar as emoções do ser humano” . Ele escreveu: “… o canto tem grande força e vigor para mover e inflamar os corações dos homens, a fim de invocar e louvar a Deus com um mais veemente e ardente zelo” .

O canto tem também relação direta com a experiência religiosa, e não simplesmente a momentos de lazer e entretenimento.

Cantar, além de refletir a fé (quando o conteúdo é amparado na Palavra), também serve de estímulo espiritual. É como o “falar entre vós com salmos” (Ef 5.19). Uma fé que se expressa em cântico se fortalece do conteúdo proveniente da Palavra de Deus.

O cântico congregacional tornou-se parte importante na liturgia de Calvino . O cântico a quatro vozes era utilizado no culto, todavia, enfatizou o cântico congregacional. Ainda que fosse apreciador da harpa, os cânticos eram como na sinagoga, sem acompanhamento instrumental.

Calvino entendia que algumas práticas do Antigo Testamento faziam parte da infância espiritual do povo; entre elas, o uso de instrumentos no culto .

Outro aspecto importante: as orações eram sugeridas, mas não deveriam ser lidas; eram espontâneas. O pai-nosso e o Credo apostólico eram recitados pela congregação. A Palavra de Deus recebeu destaque como elemento central do culto. “As Igrejas Reformadas simbolizaram isto nos edifícios que ergueram durante a Reforma, ao colocar o púlpito à frente e no centro do templo” .

Quanto à questão da música na Igreja, Calvino afirmou: E, na verdade, conhecemos por experiência que o canto possui grande força e poder de comover e inflamar o coração dos homens para invocar e louvar a Deus com zelo mais veemente e ardoroso.

Há sempre a considerar-se que o canto não seja frívolo e leviano; pelo contrário, tenha peso e majestade, como diz Agostinho.

Calvino também optou por Salmos, entendendo que somente a Palavra de Deus era digna de ser cantada. No “Prefácio” do saltério genebrino, ele explicou os motivos dessa prática:
Os salmos nos incitam a louvar a Deus, orar a ele, meditar nas suas obras a fim de que os amemos, temamos, honremos e o glorificamos. O que Santo Agostinho diz é totalmente verdade; a pessoa não pode cantar nada mais digno de Deus do que aquilo que recebermos dele.

Essa declaração revela o princípio da inspiração bíblica: os salmos provêm do Espírito Santo. Ele entendia que “os salmos constituem uma expressão muito apropriada da fé reformada” , e que “Tudo quanto nos serve de encorajamento, ao nos pormos a buscar a Deus em oração, nos é ensinado [em Salmos]” .

Portanto, salmos é um guia seguro para a edificação da Igreja, que pode cantá-lo sem correr o risco de proferir heresias melodiosas. Ele considerava os salmos “uma anatomia de todas as partes da alma”.

Na elaboração do que veio a ser chamado Saltério genebrino, Calvino traduziu alguns salmos, valendo-se do talento de poetas e compositores. O saltério tornou-se “um dos livros mais importantes da reforma” e um protótipo dos hinários procedentes da Reforma.
Os salmos tiveram um papel extremamente marcante na formação espiritual dos reformados, sendo também uma de suas grandes demonstrações de fé:

O cântico de salmos tornou-se essencial para a piedade calvinista. Os protestantes franceses, ao serem levados para a prisão ou para a fogueira, cantavam salmos com tanta veemência que foi proibido por lei cantar salmos e aqueles que persistiam tinham sua língua cortada. O salmo 68 era a Marselhesa huguenote.

Devemos observar que os hinos da Igreja não precisam estar limitados a Salmos, mesmo reconhecendo seu indiscutível valor como Palavra inspirada de Deus. Além disso, deve ser observado que muitos dos salmos refletem de modo evidente a expressão de fé de servos de Deus na antiga aliança, que ainda não se planificara em Cristo, aquele que selou a nova aliança com o próprio sangue.

Pelo que pudemos ver até aqui, torna-se evidente que a Igreja, através da história, expressou sua fé de modo vivo e vibrante mediante hinos, elaborando sua teologia de forma clara e simples, a fim de que todos pudessem entendê-la e cantá-la.

A música foi empregada não simplesmente pela música, antes, de tal forma que estivesse a serviço da mensagem e da letra do próprio evangelho.

Fonte: Cante as escrituras / Vinac / Por Litrazini
Graça e Paz

quarta-feira, 24 de junho de 2015

ESTOU OLHANDO PARA OS MONTES, DE ONDE VIRÁ O MEU SOCORRO?

”Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta, sim, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!O Senhor é o seu protetor; …” – Salmos 121

Os salmos 120 ao 134 são chamados de Salmos de Peregrinação, ou Cânticos das Subidas, ou em algumas Bíblias, Cânticos de Degraus. As possíveis explicações para esses salmos receberem este título, pode ser devido que esses 15 salmos estejam relacionados com os 15 degraus do templo que vão desde o culto das mulheres ao culto de Israel, outra possível explicação é que esses salmos foram escritos durante a subida dos exilados do cativeiro da babilônia.

“LEVANTO OS MEUS OLHOS PARA OS MONTES E PERGUNTO: DE ONDE ME VEM O SOCORRO?”
Isso nos leva a entender que o salmista estava passando por alguma situação que estava o afligindo, então ele faz essa pergunta. Não há referência neste texto de quanto tempo demorou para o Salmista escrever o verso 2 deste salmo; estava refletindo como este texto por muitas vezes está relacionado com a nossa vida, pois por muitas vezes nos encontramos como o salmista e começamos a questionar os nossos montes; pode ser o monte de aflições, o monte das enfermidades, o monte das dívidas, o monte das crises familiares, o monte do desânimo, e muito mais poderíamos listar.

Se analisarmos o histórico de Davi nos depararíamos com várias situações onde ele não se intimidou com a situação adversa, como por exemplo em 1 Samuel 17: 44-47. Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do campoDavi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.

Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão, e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel;  E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.

Davi enfrentou o gigante Golias em uma situação que era contrária a ótica humana; não sei qual era a situação que ele estava enfrentando quando compôs o salmo 121:1, porém o mesmo Deus que livrou ele das mãos do gigante e dos filisteus é o mesmo que ele também relatou no verso 2 do salmo 121 – O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.

A palavra chave desse salmo é a confiança. No entanto existem alguns passos para nós adquirirmos essa confiança em Deus.

A CONFIANÇA ESTÁ BASEADA EM TRÊS ASPECTOS: INTIMIDADE, CONHECIMENTO E EXPERIÊNCIAS. Quanto mais intimidade nós temos com Deus, mais o conhecemos e mais experiências adquirimos. Esta confiança é refletida através de uma busca diária e contínua, através da oração, leitura e estudo da palavra de Deus, assim como o profeta Oséias proferiu: Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. (Os 6:3)

Muitas vezes nós estamos olhando para os montes, e esquecemos por algum tempo, que Deus é Senhor Altíssimo, é o Deus que está acima de qualquer que seja o monte. Jerusalém estava edificada sobre os montes, e o templo do Senhor estava em Jerusalém, então provavelmente o salmista durante esta peregrinação deve ter olhado para os montes, onde estava a Arca da aliança e perguntou de onde me virá o socorro? Fiquei imaginando que o salmista por algum tempo parou e lembrou de tudo quando o Senhor havia feito em sua vida, então Ele começou a descrever a partir do verso 2 uma linda cação de fé e confiança no Senhor.

No verso 3 Davi diz assim: Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta, olha que declaração maravilhosa que ele faz, que Deus não permitirá que tropeçamos pois Ele está sempre em alerta, Ele é o nosso protetor, no verso 4 ele reforça dizendo que o guarda de Israel nem um cochilo se quer tirará, pois está sempre (100%) em alerta. No verso 5 Davi diz: O Senhor é o seu protetor; como sombra que o protege, ele está à sua direita; ou seja o Seu protetor é a sua força, a sombra a nossa direita fala da força do nosso braço, Ele está sempre ao nosso lado. No verso 6: De dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite. Assim como o Senhor foi com Israel na peregrinação no deserto, que enviava a nuvem de dia para proteger do sol escaldante do deserto, e a coluna de fogo à noite para aquecer o seu povo das baixas temperaturas do deserto a noite.

Assim Deus nos protege das adversidades no deserto desta vida. Verso 7: O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida; a proteção de Deus abrange 100% (protegerá de todo mal), o Senhor não se cansa, ele está sempre cuidando do seu povo (salmos 91). Verso 8: O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre.

O Senhor nos guarda em todo o tempo, devemos ter tal confiança no Senhor pois mesmo que não o vemos Ele está conosco, assim como Jesus disse em Mateus 28:20 Eis que Estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos. Que Deus abençoe a todos e que o Espírito Santo de Deus possa falar melhor em cada coração.

Oração: Senhor meu Deus, todo poderoso, no nome do seu filho amado Jesus Cristo venho te pedir que o Senhor visite a necessidade de cada leitor e inclusive a minha, o Senhor é o Deus que ordena a benção, em tuas mãos está todo poder, é o que eu te peço e te agradeço. Amém.

LEONARDO ELEUTÉRIO

Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/

Graça e Paz

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Selá Ramalecote - Texto de Jorge Linhares

Estar diante da noiva do cordeiro é honra para qualquer um de nós. Estar diante de príncipes do Senhor, passa a ser uma responsabilidade e uma honra duplicada.

Ref: 1 Samuel 21 – Salmos 57.1

Durante 10 anos de maneira implacável Davi foi perseguido por um rei implacável, mal, perverso e por ciúme, inveja na vida deste rei, ele (Saul), escolhe 3.000 homens da elite do exército de Israel, para ir de encontro a Davi. Saul queria destruí-lo de qualquer maneira.

Veja o que aconteceu com Davi – 1 Sm 21.6

Davi estava desesperado e faminto, come do pão da preposição que não era autorizado a comer, senão o sacerdote.

1ª lição: Em situações terríveis, podemos fazer coisas que nunca acharíamos ser capazes de fazer

Nunca diga: "Eu não preciso desta igreja, eu não preciso deste pastor...", porque na hora difícil, as situações que não imaginamos, são justamente a que iremos passar.

2ª lição: Na hora da tempestade, fuja

Ref:

1 Sm 19.10; 1 Sm 20.1; 1 Sm 21.10; 1 Sm 22.1; 1 Sm 23.13

1 Sm 27.1.

Existem momentos em que a força contrária é maior que a nossa e precisamos fugir.

Ref: 1 Sm 23.14.

3ª Lição: Se esconda

Existem situações em precisamos nos esconder. Creio que muitos dos Salmos de Davi, foram escritos em ocasiões em que ele se encontrava a sós com Deus. Quando estamos sozinhos, temos a oportunidade de refletir.

4ª Lição: Quando a situação se complica, tememos

Ref: 1 Sm 21.4.

O medo é o mecanismo de defesa do psiquismo humano. Ele só não pode ser transformado em pavor, se assim acontecer, poderemos perder o controle sobre situações que facilmente poderíamos administrar.

5ª Lição: Podemos passar por aquilo que não somos

Ref: 1 Sm 21.13.

Quando enfrentamos situações calamitosas, nos passamos por coisas que não somos.

6ª Lição: Convivemos com quem nunca imaginávamos

1 Sm 22.1,2. – Olha pra onde Davi foi! Uma congregação de bandidos... , quando enfrentamos situações calamitosas, passamos a conviver com pessoas que nunca imaginávamos.

Davi deu sentido á vida destes homens e estes passaram a ser a primeira fila do seu exercito. Se você está em um lugar ruim é porque você é um instrumento de Deus para dar rumo as pessoas que estão ao seu redor.

7ª Lição: Quando enfrentamos situações difíceis perdemos o rumo da vida – Ref: 1 Sm 22.3

8ª Lição: Quando enfrentamos atitudes calamitosas, precisamos tomar posição de alto risco. Ref: 1 Sm 27.1

A situação estava tão drástica para Davi que ele escolheu morar no meio dos filisteus. O pior inimigo de Israel.

Conclusão:

Ref: 1 Sm 23.26.

Davi estava com 600 homens e Saul com 3.000. Saul os cercou e agora? Talvez você esteja passando por uma situação tão difícil que está cercado... Na hora que Saul vai colocar as mãos em Davi, o mensageiro diz: "Corre porquê os filisteus entraram na terra".

Quando Saul sai, Davi pega uma pedra e coloca o nome dela de Selá Ramalecote, que significa Pedra de Escape. Existe escape pra você!!!

Sua situação pode ser diferente da de Davi, mas Selá Ramalecote vem pra você também!

Mensagem ministrada na IIª Conferência de Líderes Segredos do Coração

A Graça e a Paz de Cristo Jesus.

Moacir Neto