O
evangelho é a melhor notícia que já ecoou nos ouvidos da história. É a boa nova
da salvação vinda de Deus a pecadores perdidos. É o transbordamento do amor
divino aos filhos da ira. É a graça sem par a pessoas indignas. É a
misericórdia estendida a indivíduos arruinados.
O
evangelho é o novo e vivo caminho que Deus abriu desde o céu para o céu. Esse
não é o caminho das obras, mas da graça. Não é o caminho do mérito, mas da
oferta gratuita. Não é o caminho da religião, mas da cruz. A salvação é uma
obra monergística de Deus, trazendo libertação aos cativos, redenção aos
escravos e vida aos mortos.
Com respeito ao evangelho, precisamos estar alertas sobre alguns perigos. Tanto
no passado como no presente, ataques frontais foram e ainda são feitos para
esvaziar o evangelho, distorcer o evangelho e substituir o evangelho por outro
evangelho, que em essência, não tem nada de evangelho. Quais são esses
perigos?
EM PRIMEIRO
LUGAR, O PERIGO DE SUBSTITUIR O EVANGELHO DA GRAÇA PELO EVANGELHO DAS OBRAS.
O mundo odeia o evangelho, porque este é um golpe fatal em seu orgulho. O evangelho anula
completamente qualquer possibilidade do homem vangloriar-se. Reduz o homem à
sua condição de completo desamparo. Mostra sua ruína absoluta, sua depravação
total, sua escravidão ao diabo, ao mundo e à carne, sua corrupção moral e sua
morte espiritual.
A tentativa do homem chegar-se a Deus pelo caminho das obras é tão impossível
como tentar construir uma torre até aos céus. O apóstolo Paulo diz aos
judaizantes que estavam perturbando a igreja e pervertendo o evangelho,
induzindo as pessoas a praticarem as obras da lei para serem salvas, que isso é
um outro evangelho, um evangelho falso, que desemboca na ruína e na perdição.
EM SEGUNDO LUGAR, O PERIGO DE SUBSTITUIR O
EVANGELHO DA CRUZ PELO EVANGELHO DA PROSPERIDADE.
Prolifera em nossos dias os pregadores da conveniência, os embaixadores
do lucro em nome da fé. Multiplicam-se
neste canteiro fértil da ganância, homens inescrupulosos que mercadejam a
palavra de Deus, fazendo da igreja uma empresa, do púlpito um balcão, do
evangelho um produto híbrido, do templo uma praça de negócios e dos crentes
consumidores.
O vetor desses obreiros da iniquidade é o lucro. Pregam para agradar. Pregam
para atrair as multidões com uma oferta de riqueza na terra e não de um tesouro
no céu. Torcem as Escrituras, manipulam os ouvintes, enganam os incautos, para
se locupletarem. Sonegam ao povo a mensagem da cruz, a oferta da graça, a mensagem
da reconciliação por meio do sangue de Cristo.
Embora esses pregadores consigam popularidade estão desprovidos da verdade.
Embora reúnam multidões para ouvi-los, não oferecem aos famintos o Pão do céu.
Embora, se vangloriem de suas robustas riquezas acumuladas na terra, são
miseravelmente pobres na avaliação do céu.
EM TERCEIRO
LUGAR, O PERIGO DE SE PREGAR O EVANGELHO SEM O PODER DO ESPÍRITO SANTO.
Se
a pregação do falso evangelho das obras e da prosperidade é um negação do
genuíno evangelho, a pregação do verdadeiro evangelho sem o poder do Espírito é
uma conspiração contra o evangelho.
O EVANGELHO É O
PODER DE DEUS PARA A SALVAÇÃO DE TODO O QUE CRÊ.
Nele se manifesta a justiça
de Deus. Não podemos pregá-lo sem a virtude do Espírito Santo. O pregador
precisa ser um vaso limpo antes de ser um canal de bênção. Precisa viver com
Deus antes de falar em nome de Deus. O pregador precisa ser cheio do Espírito
antes de ser usado pelo Espírito.
Se a pregação do evangelho é lógica em fogo, a mensagem do evangelho precisa
queimar no coração do pregador antes de inflamar os ouvintes.
Precisamos desesperadamente de um reavivamento nos púlpitos. Precisamos voltar
ao evangelho!
Rev. Hernandes Dias Lopes
Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça e Paz
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