- O
que você deseja ser quando crescer?
É
uma pergunta que todos gostamos de fazer às crianças. E as respostas mais
comuns são: “Policial”, “Professora”, e às vezes “Bombeiro”. Alguns são mais
ousados. Respondem: “Artista de televisão”, ou “Cantor”, ou “Jogador de
futebol”.
Recentemente,
um garoto me disse que queria ser mecânico ou lixeiro. Quando lhe indaguei por
quê, deu-me uma resposta clássica para um menino de nove anos: “Para poder
ficar sujo!”
Sorri,
lembrando-me momentaneamente de minha própria infância. E entendi perfeitamente
o que ele quis dizer.
Vamos
pegar esta pergunta e revirá-la um pouco. Imaginemos que estamos perguntado a
Jesus Cristo o que ele deseja que sejamos, quando crescermos. É uma pergunta
inteiramente nova. E creio sinceramente que ele daria a mesma resposta a todos
nós.
“Quero
que você seja diferente... que seja um servo.”
Em
minha vida toda, nunca ouvi alguém dizer que, ao crescer, gostaria de ser
servo. Parece uma posição aviltante... humilhante... sem dignidade bastante.
Jerry
White, em seu valioso Honesty, Morality and Conscience (Honestidade, Moralidade
e Consciência), aborda essa questão de servir aos outros.
“Os
cristãos devem ser servos tanto de Deus como das outras pessoas. Mas a maioria
das pessoas encara o trabalho e os negócios – a vida em geral – com a seguinte
atitude: o que posso obter disso? Em vez de: como posso contribuir?
Às
vezes gostamos de pensar em nós mesmos como servos de Deus. Quem não gostaria
de ser servo de um rei? Mas, quando se trata de servir a outras pessoas,
pomo-nos a questionar as conseqüências.
A
idéia de servir a Deus nos faz sentir nobres; mas a de servir às pessoas nos
faz sentir humilhados.
Servindo
a Deus, recebemos recompensas; servindo às pessoas, principalmente àquelas que
não podem retribuir-nos, não recebemos nenhum benefício visível, nem glórias –
a não ser de Deus. Cristo nos deu o exemplo: ‘O Filho do homem... não veio para ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em resgate por muitos.’ (Mt 20.28).
Para
sermos servos de Cristo, temos que ser servos das pessoas. O conceito de servir
as pessoas deve ser a base de tudo o que fazemos, no trabalho e nos negócios.
Ao
servir, temos de pensar primeiro naquele a quem servimos. Um funcionário de uma
firma que se dispõe a servir em seu trabalho está honrando a Deus, e aumentando
seu próprio valor diante de seu empregador. Por outro lado, o empregado que
procura servir a si mesmo dificilmente será valorizado por qualquer companhia.”
A
ordem de Jesus: “seja diferente!” Quando Jesus se achava aqui na terra, atraiu
a si um grande número de pessoas. Certo dia sentou-se no meio delas, e pôs-se a
ensinar-lhes algumas verdades básicas sobre o crescimento delas, segundo o
desejo dele.
O
relato deste seu “Sermão do Monte” encontra-se em Mateus 5,6 e 7. Se fossemos
sugerir um título geral para este grandioso sermão, seria: “Seja diferente”.
Várias vezes durante o sermão, Jesus apresenta a maneira de agir e sentir dos
religiosos de seus dias, e em seguida instrui seus discípulos a serem
diferentes deles
Mateus
5.21,22: “Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus
5.27,28: “Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus
5.33,34: “Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus
5.38,39: “Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus
5.43,44: “Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Em
Mateus 6, ele continua a explicar como deveriam ser diferentes nas esmolas para
os necessitados (6.2), nas orações (6.5) e nos jejuns (6.16). O versículo-chave
deste sermão é: “Não vos assemelheis,
pois, a eles...” (6.8).
O
fato é que Jesus enxergava o que havia por trás do orgulho e da hipocrisia
daqueles religiosos, e estava resolvido a incutir nos discípulos traços de
caráter tais como humildade e autenticidade.
Seu
ensino diferente cortava aquela fachada de devoção religiosa como uma faca
afiada corta a manteiga.
Até
hoje, este sermão constitui o delineamento mais perfeito da contracultura
cristã dada no Novo Testamento... oferecendo um estilo de vida totalmente
oposto ao do sistema do mundo.
A
introdução do sermão de Jesus é, sem dúvida alguma, a mais conhecida passagem
dele, e se acha em Mateus 5.1-12. Trata-se da descrição mais exata do retrato
de um servo cristão.
Extraído
do livro Eu, um servo? Você está brincando! Autoria: Charles Swindoll
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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