A
vida é a professora mais implacável: primeiro dá a prova, e depois a lição. C.
S. Lewis disse que "Deus sussurra em nossos prazeres e grita em nossas
dores". Paulo fala sobre um sofrimento que muito o atormentou: o espinho
na carne. Depois de ser arrebatado ao terceiro céu, suportou severa provação na
terra.
Há
um grande contraste entre estas duas experiências de Paulo. Ele foi do
paraíso à dor, da glória ao sofrimento. Ele experimentou a bênção de Deus no
céu e bofetada de Satanás na terra. Paulo tinha ido ao céu, mas agora, aprendeu
que o céu pode vir até ele.
Charles
Stanley em seu livro Como lidar com o sofrimento, sugere-nos algumas preciosas
lições.
EM PRIMEIRO LUGAR, HÁ UM PROPÓSITO
DIVINO EM CADA SOFRIMENTO
(2Co 12.7).
Há
um propósito divino no sofrimento. O nosso sofrimento e a nossa consolação
são instrumentos usados por Deus para abençoar outras vidas. Na escola da vida
Deus está nos preparando para sermos consoladores.
Jó
morreu sem jamais saber porque sofreu. Paulo rogou ao Senhor três vezes,
antes de receber a resposta. O que Paulo aprendeu e que nós também precisamos
aprender é que quando Deus não remove "o espinho", é porque tem uma
razão. Deus não permite que soframos só por sofrer. Sempre há um propósito. O
propósito é não nos ensoberbecermos.
EM SEGUNDO LUGAR, É POSSÍVEL
QUE DEUS RESOLVA REVELAR-NOS O PROPÓSITO DE NOSSO SOFRIMENTO (2CO 12.7).
No
caso de Paulo, Deus decidiu revelar-lhe a razão de ser do "espinho":
evitar que ficasse orgulhoso. Quando Paulo orou nem perguntou por que
estava sofrendo, apenas pediu a remoção do sofrimento.
Não
é raro Deus revelar as razões do sofrimento. Ele revelou a Moisés a razão
porque não lhe seria permitido entrar na Terra Prometida. Disse a Josué porque
ele e seu exército haviam sido derrotados em Ai. O nosso sofrimento tem por
finalidade nos humilhar, nos aperfeiçoar, nos burilar e nos usar.
EM TERCEIRO LUGAR, O
SOFRIMENTO PODE SER UM DOM DE DEUS (2CO 12.7).
Temos
a tendência de pensar que o sofrimento é algo que Deus faz contra nós e não por
nós. Jacó disse: "Tendes-me
privado de filhos; José já não existe, Simeão não está aqui, e ides levar a
Benjamim! Todas estas cousas em sobrevêm" (Gn 42.36). A
providência carrancuda que Jacó pensou estar laborando contra ele, estava
trabalhando em seu favor. O espinho de Paulo era uma dádiva, porque através
desse incômodo, Deus o protegeu daquilo que ele mais temia – ser desqualificado
espiritualmente.
EM QUARTO LUGAR, DEUS NOS
CONFORTA EM NOSSAS ADVERSIDADES (2CO 12.9).
A
resposta que Deus deu a Paulo não era a que ele esperava nem a que ele queria,
mas era a que ele precisava. Deus respondeu a Paulo que ele não estava
sozinho. Deus estava no controle de sua vida e operava nele com eficácia.
Precisamos
compreender que Deus está conosco e no controle da situação. Precisamos
saber que Deus é soberano, bom e fiel. Jó entendeu isso: "Eu sei que tudo
podes e ninguém pode frustrar os teus desígnios".
EM QUINTO LUGAR, PODE SER QUE
DEUS DECIDA QUE É MELHOR NÃO REMOVER O SOFRIMENTO (2CO 12.9).
De
todos, esse é o princípio mais difícil. Quantas vezes nós já pensamos e
falamos: "Senhor por que estou sofrendo? Por que desse jeito? Por que até
agora? Por que o Senhor ainda agiu?".
Joni
Eareckson ficou tetraplégica e numa cadeira de rodas dá testemunho de Jesus. Fanny
Crosby ficou cega com 42 dias e morreu aos 92 anos sem jamais perder a doçura.
Escreveu mais de 4 mil hinos. Dietrich Bonhoeffer foi enforcado no dia 9 de
abril de 1945 numa prisão nazista.
Se
Deus não remover o sofrimento, ele nos assistirá em nossa fraqueza, nos
consolará com sua graça e nos assistirá com seu poder. A graça de Deus nos
capacita a lidar com o sofrimento, sem perdermos a alegria nem a doçura (2Co
12.10).
Autoria:
Rev. Hernandes Dias Lopes
Litrazini
Graça
e Paz
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