O
fato de sermos cristãos não elimina nossas necessidades sociais. O isolamento é
companheiro da miséria; a comunhão é essencial à felicidade. Do mesmo modo como
devemos comunicar-nos com os demais, devemos também comunicar-nos com Deus. O
vazio do nosso interior só Deus pode preencher. Enquanto Deus não entrar na
nossa vida, nada teremos no centro dela.
Todos
os que são feitos novos em Cristo tem o Espírito Santo vivendo dentro deles. A
sua presença interior é a evidência de que lhe pertencemos, pois, “Se alguém não tem o Espírito de Cristo,
esse tal não é dele” (Rm. 8.9).
Sem
o elo do Espírito Santo seria impossível nossa vinculação com Deus, porque ele
é a ponte que nos une a Cristo e ao Pai. Ele é a presença de Deus em nossa
peregrinação, que de outra sorte ocorreria em silêncio.
Jesus
disse que precisava subir para o Pai a fim de enviar-nos o Espírito. “Convém que eu vá, porque se eu não for, o
Consolador não virá para vós...” (Jo.16.7). Depois de nascer em Belém,
o Filho de Deus viu-se limitado, quanto ao seu corpo, à nossa geografia; Ele só
podia estar em um lugar por vez.
Para
escapar das limitações geográficas de existir em forma humana, Jesus tinha de
ir-se embora. Por intermédio do Espírito Santo Ele voltou no Pentecoste, como o
Cristo invisível e residente, presente em toda a parte, em comunhão interna com
todos os cristãos.
Não
nos contentamos meramente com que o Espírito Santo viva em nós. Mas, da nossa
comunhão com o Espírito Santo nasce nossa felicidade. O Espírito passa a morar
em nós desde o momento de nossa conversão, e continuará pela eternidade, mas
nossas temporadas de felicidade só ocorrem quando estamos vivendo em
sinceridade diante de Deus. Sua morada em nós significa que Ele estará sempre
ao nosso lado. Quando estamos cheios do Espírito podemos conversar abertamente
com Ele. A felicidade provém desta última condição.
Muitos
cristãos vivem em derrota. Vivem juntos com Deus, mas não querem conversa com
Ele. Seu relacionamento com Deus é estritamente convencional. Outros cristãos
são culpados de fingir relacionamentos. Nos cultos da igreja parecem estar
contentes em sua relação com Deus, mas na realidade eles não tem conversado com
Ele durante semanas ou meses. Cada dia afogam-se na frustração e derrota de um
viver amputado.
O
ateu pode realmente ser tão feliz quanto o cristão que perdeu toda a comunhão
com o Cristo interior. O segredo da nossa felicidade não é somente a intimidade
com Deus mediante o seu Espírito Santo. Vai mais além da integração emocional
de nossa vontade com a dele: é a substituição de nossa vontade pela vontade de
Deus.
Quando
tentamos permitir que ambas as vontades habitem uma só vida, o resultado é
impostura. Quando permitimos que nossa vontade dispute pelo controle com a
vontade de Deus, não podemos ter a presença plena do Espírito Santo. Ele não
pode encher nossas vidas quando estamos cheios de nós mesmos. Visto que ninguém
pode ter um copo cheio de leite e completamente cheio de água, Ele só enche
nossas vidas quando deixamos de lado nossos próprios desejos e alvos, e nos
contentamos em ser servos.
Deus
não nos pede que vivamos em perfeição, mas nos pede que aceitemos sua posse e
controle. Fazemos este acordo quando transferimos-lhe nossas vidas. A este ato
se dá, na escritura, o nome de aliança.
Deus
nos ama e está preparado para prometer-nos vida eterna se lhe prometermos
nossos seres integrais.
Extraído
Por Litrazini
Graça
e Paz
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