O Curandeirismo é
uma arte ou técnica na qual o praticante — o curandeiro ou curador —
afirma ter o poder de curar, quer recorrendo a forças misteriosas de que
pretensamente disporia, quer pela pretendida colaboração regular de
deuses, espíritos de luz, de mortos, de animais, etc., que lhe
serviriam ou ele dominaria.
Nesse
sentido, envolve todo um conjunto de “rezas” e práticas de
sacerdotes/terapeutas, benzedores, xamãs, pajés, médiuns, babalorixás, pais
de santo, entre outros nomes como tais praticantes são designados a depender da
região e cultura local.
Antes
de qualquer coisa, faz-se mister enunciar o artigo que tipifica o crime de
Curandeirismo no Código Penal Brasileiro.
“CP.
Art. 284. “Exercer o curandeirismo: I – prescrevendo, ministrando ou aplicando,
habitualmente, qualquer substância; II – usando gestos, palavras ou qualquer
outro meio; III – fazendo diagnósticos: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos. Parágrafo único. Se o crime é praticado mediante remuneração, o
agente fica também sujeita à multa.”
O
Curandeirismo é crime constituído no Capítulo III – Dos Crimes Contra a Saúde
Pública, no Título VIII – Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública, posterior
aos crimes de Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica (Art.
282) e de Charlatanismo (Art. 283).
O QUE DIZ A
BÍBLIA SOBRE OS CURANDEIROS?
Deus
proibiu em Sua palavra que Seu povo consultasse quem quer que seja que fosse
curandeiro, cartomante, adivinhador, agoureiro, necromante, etc.: “Não vos voltareis para os necromantes, nem
para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o
SENHOR, vosso Deus.” (Levítico 19.31).
Deus
via a atitude de consultar essas pessoas como um pecado grave, chegando ao
ponto de tratar esses atos como contaminação e prostituição (Deus chamava de
prostituição, pois via isso como uma quebra da aliança que fez com o povo).
O
povo de Deus deveria única e exclusivamente se guiar em suas vidas pela vontade
de Deus expressa em Sua Palavra e através de Seus servos. Deus era a direção e
não pessoas que supostamente consultavam astros ou espíritos de
mortos: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que
chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos
vivos se consultarão os mortos?” (Isaías 8.19). Fica claro que Deus
desaprovava a consulta aos curandeiros e mágicos.
O QUE É CURA
DIVINA?
A
cura divina é uma promessa feita pelo Senhor Deus desde os dias de Israel
no deserto. A presença de Deus entre o povo era a garantia de provisão e saúde,
em todos os aspectos: físico, emocional e espiritual.
A
doença entrou no mundo após a queda do homem. O pecado de Adão e Eva introduziu
a morte, a enfermidade e a debilidade na humanidade. A Soberana Vontade de
Deus não incluía a doença na criação.
No
entanto, quando o Senhor Deus reúne seu povo, Israel, ele lhes faz a promessa
de que enquanto houvesse culto sincero no deserto haveria alimento, água e cura.
Para
que isso acontecesse os servos de Deus deveriam apenas olhar para Ele e crer na
promessa. Eu sou o Senhor que os cura. (Êxodo 15.26)
JESUS E A
CURA DIVINA
Há
várias distinções na forma como Jesus curou que não são características dos
modernos curandeiros.
Em
primeiro lugar, Ele curou instantaneamente. A sogra de Pedro (Marcos 1.31), o
filho do centurião (Mateus 8.13), a filha de Jairo (Marcos 5.41-42) e o
paralítico (Lucas 5.24-25) foram todos curados imediatamente. Eles não tinham
que ir para casa para começar a melhorar, como é o conselho de muitos
curandeiros.
Em
segundo lugar, Jesus curou totalmente. A sogra de Pedro voltou a funcionar
normalmente após ter sido curada de uma doença tão grave que ela estava de
cama. Entretanto, quando Jesus a curou, ela levantou-se imediatamente e
preparou uma refeição para todos os que estavam na casa. Os mendigos cegos em
Mateus 20.34 passaram a enxergar imediatamente.
Em
terceiro lugar, Jesus curou a todos (Mateus 4.24, Lucas 4.40). Eles não eram
obrigados a ser pré-selecionados pelos discípulos antes de virem a Jesus para a
cura, como é o procedimento padrão com os curandeiros hoje. Não havia fila de
cura para a qual os doentes tinham que se qualificar. Jesus curou o tempo todo
em muitos lugares, não em um estúdio com circunstâncias cuidadosamente
controladas.
Em
quarto lugar, Jesus curou doenças orgânicas reais, não apenas os sintomas como
os curandeiros fazem. Jesus nunca curou ninguém de uma dor de cabeça ou dor nas
costas. Ele curou da lepra, cegueira e paralisia – milagres que eram
verdadeiramente verificáveis.
Finalmente,
Jesus curou a maior doença – a morte. Ele ressuscitou Lázaro depois de quatro
dias na sepultura. Nenhum curandeiro pode duplicar isso. Além disso, as Suas
curas não exigiam a fé como uma condição prévia. Na verdade, a maioria dos que
Ele curou eram incrédulos.
Tem
sempre havido falsos curandeiros que, por fins lucrativos, ficam de olho nos
que sofrem e estão desesperados. Tal comportamento é o pior tipo de blasfêmia
porque muitos cujo dinheiro é desperdiçado em falsas promessas rejeitam a
Cristo abertamente por não fazer o que o curador tinha prometido. Por que, se
os curandeiros têm o poder de curar, eles não andam pelos corredores dos
hospitais curando e liberando todos? Por que não ir para a África e curar todos
os casos de AIDS?
Eles
não o fazem porque não podem. Eles não têm o poder de cura que Jesus possuía.
Fonte:
CACP – ministério Apologético
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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