"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

A DIFERENÇA ENTRE CURANDEIRISMO E CURA DIVINA


O Curandeirismo é uma arte ou técnica na qual o praticante — o curandeiro ou curador — afirma ter o poder de curar, quer recorrendo a forças misteriosas de que pretensamente disporia, quer pela pretendida colaboração regular de deuses, espíritos de luz, de mortos, de animais, etc., que lhe serviriam ou ele dominaria.

Nesse sentido, envolve todo um conjunto de “rezas” e práticas de sacerdotes/terapeutas, benzedores, xamãs, pajés, médiuns, babalorixás, pais de santo, entre outros nomes como tais praticantes são designados a depender da região e cultura local.

Antes de qualquer coisa, faz-se mister enunciar o artigo que tipifica o crime de Curandeirismo no Código Penal Brasileiro.

“CP. Art. 284. “Exercer o curandeirismo: I – prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; II – usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; III – fazendo diagnósticos: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Parágrafo único. Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeita à multa.”

O Curandeirismo é crime constituído no Capítulo III – Dos Crimes Contra a Saúde Pública, no Título VIII – Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública, posterior aos crimes de Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica (Art. 282) e de Charlatanismo (Art. 283).

O QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE OS CURANDEIROS?
Deus proibiu em Sua palavra que Seu povo consultasse quem quer que seja que fosse curandeiro, cartomante, adivinhador, agoureiro, necromante, etc.: “Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.” (Levítico 19.31). 

Deus via a atitude de consultar essas pessoas como um pecado grave, chegando ao ponto de tratar esses atos como contaminação e prostituição (Deus chamava de prostituição, pois via isso como uma quebra da aliança que fez com o povo).

O povo de Deus deveria única e exclusivamente se guiar em suas vidas pela vontade de Deus expressa em Sua Palavra e através de Seus servos. Deus era a direção e não pessoas que supostamente consultavam astros ou espíritos de mortos: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Isaías 8.19). Fica claro que Deus desaprovava a consulta aos curandeiros e mágicos.

O QUE É CURA DIVINA?
A cura divina é uma promessa feita pelo Senhor Deus desde os dias de Israel no deserto. A presença de Deus entre o povo era a garantia de provisão e saúde, em todos os aspectos: físico, emocional e espiritual.

A doença entrou no mundo após a queda do homem. O pecado de Adão e Eva introduziu a morte, a enfermidade e a debilidade na humanidade. A Soberana Vontade de Deus não incluía a doença na criação.

No entanto, quando o Senhor Deus reúne seu povo, Israel, ele lhes faz a promessa de que enquanto houvesse culto sincero no deserto haveria alimento, água e cura.

Para que isso acontecesse os servos de Deus deveriam apenas olhar para Ele e crer na promessa. Eu sou o Senhor que os cura. (Êxodo 15.26)

JESUS E A CURA DIVINA
Há várias distinções na forma como Jesus curou que não são características dos modernos curandeiros.

Em primeiro lugar, Ele curou instantaneamente. A sogra de Pedro (Marcos 1.31), o filho do centurião (Mateus 8.13), a filha de Jairo (Marcos 5.41-42) e o paralítico (Lucas 5.24-25) foram todos curados imediatamente. Eles não tinham que ir para casa para começar a melhorar, como é o conselho de muitos curandeiros.

Em segundo lugar, Jesus curou totalmente. A sogra de Pedro voltou a funcionar normalmente após ter sido curada de uma doença tão grave que ela estava de cama. Entretanto, quando Jesus a curou, ela levantou-se imediatamente e preparou uma refeição para todos os que estavam na casa. Os mendigos cegos em Mateus 20.34 passaram a enxergar imediatamente.

Em terceiro lugar, Jesus curou a todos (Mateus 4.24, Lucas 4.40). Eles não eram obrigados a ser pré-selecionados pelos discípulos antes de virem a Jesus para a cura, como é o procedimento padrão com os curandeiros hoje. Não havia fila de cura para a qual os doentes tinham que se qualificar. Jesus curou o tempo todo em muitos lugares, não em um estúdio com circunstâncias cuidadosamente controladas.

Em quarto lugar, Jesus curou doenças orgânicas reais, não apenas os sintomas como os curandeiros fazem. Jesus nunca curou ninguém de uma dor de cabeça ou dor nas costas. Ele curou da lepra, cegueira e paralisia – milagres que eram verdadeiramente verificáveis.

Finalmente, Jesus curou a maior doença – a morte. Ele ressuscitou Lázaro depois de quatro dias na sepultura. Nenhum curandeiro pode duplicar isso. Além disso, as Suas curas não exigiam a fé como uma condição prévia. Na verdade, a maioria dos que Ele curou eram incrédulos.

Tem sempre havido falsos curandeiros que, por fins lucrativos, ficam de olho nos que sofrem e estão desesperados. Tal comportamento é o pior tipo de blasfêmia porque muitos cujo dinheiro é desperdiçado em falsas promessas rejeitam a Cristo abertamente por não fazer o que o curador tinha prometido. Por que, se os curandeiros têm o poder de curar, eles não andam pelos corredores dos hospitais curando e liberando todos? Por que não ir para a África e curar todos os casos de AIDS?
Eles não o fazem porque não podem. Eles não têm o poder de cura que Jesus possuía.

Fonte: CACP – ministério Apologético

Por Litrazini
Graça e Paz

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