A
sensação que temos é de que o autor da Epístola aos Hebreus exagera a
humanidade de Jesus.
Principalmente
quando afirma que, “Embora sendo filho, Ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que
sofreu” (Hb 5.8).
A
obediência supõe um perigoso conflito entre a vontade certa e a vontade errada,
entre a vontade contínua e a vontade passageira, entre a vontade soberana e a
vontade circunstancial, entre a vontade de Deus e a vontade própria.
De
fato, Jesus enfrentou esse conflito de vontades opostas.
Ele
teve vontade de comer, mas não realizou o espetáculo de transformar pedras em
pães, como o tentador lhe sugerira (Mt 4.2-4).
No
início de sua última semana de vida, já em Jerusalém, Ele chegou a considerar a
possibilidade de pedir ao Pai que o dispensasse da cruz, mas nem sequer fez a
oração desejada, porque, disse, “eu vim exatamente para isto, para esta
hora” (Jo 12.27).
No
penúltimo dia daquela semana, na sexta-feira de madrugada, na hora H, ali no
Getsêmani, “numa tristeza mortal”, Jesus prostrou-se com o rosto em terra e fez
a oração mais dramática de todos os tempos:
“Meu
Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu
quero, mas sim como tu queres”
(Mt 26.39).
Essa
mesma oração foi feita outras duas vezes (Mt 26.42-43), sempre com absoluta
submissão.
Como
não era possível deixar de beber o cálice, Jesus esvaziou prontamente o seu
conteúdo.
É
por isso que Paulo faz o seu comentário: Jesus “foi obediente até a morte, e
morte de cruz” (Fp 2.8).
A
obediência rara de Jesus deve ser praticada por nós.
Não
é uma obediência fácil.
Muitas
vezes custa um preço muito alto, mas deve ser imitada por seus servos
Transcrito
Por Litrazini
https://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça
e Paz
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