"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" [Filipenses 4.4]

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A água da vida

“... Eu vim para que tenham vida” (João 10.10)

A busca humana por vida é ansiosa e, quase sempre, frenética! Sabemos que algo está errado quando nossa vida se torna aprisionada pelo casulo da falta de sentido. Desejamos, então, libertar-nos deste aprisionamento de uma vida massificada, insípida, sem cor e paradoxalmente “sem vida”.

Precisamos de vida! Carecemos de vida! Ansiamos por vida! Tal necessidade é a mais forte que se impõe sobre nós!  Há um desejo incontido de se viver uma vida autêntica e não apenas existir; de “ser” e não apenas “estar” ou ser reduzido ao “ter”.

Esta sede de vida faz com que procuremos por uma fonte que jorre a água capaz de dessedentar-nos. Nesta busca pela fonte, contudo, logo descobrimos que inclusive neste âmbito há muita propaganda enganosa. A experiência frustrante com as fontes que não dessedentam nossa sede vida faz com que nos acostumemos com o “quase” ou que desistamos da busca.

A “quase vida” é o estado no qual a maioria das pessoas vive ou sobrevive. Em um belíssimo texto cujo título é “Acostumar-se”, Clarice Lispector expressa bem este estado no qual acostumamo-nos com menos, com o pouco, com o nada. Ela conclui o texto assim: “A gente se acostuma para poupar a vida/Que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar, e se perde em si mesma." E em uma frase da qual gosto muito, e a qual estou sempre repetindo, o teólogo, médico, músico, missionário e prêmio Nobel da Paz, Albert Schweitzer, expressou: “A tragédia do homem é o que morre dentro dele enquanto ele ainda está vivo”. O que Luis Fernando Veríssimo escreveu de uma outra forma: “embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”.

No texto de João 10.10, Jesus adverte sobre os poderes geradores de morte que matam, roubam e destroem a vida.Conhecemos bem estes poderes, haja vista que os enfrentamos constantemente em nosso dia a dia. Alguns há que, de tão feridos, tornam-se cambaleantes e mortalmente feridos!

Você já parou para avaliar quais os poderes à sua volta estão minando sua vida?

No mesmo texto de João 10, versos 10-11, Jesus apresenta o antídoto contra os poderemos geradores da morte: a sua própria vida: “(...) eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. "O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”.  Jesus é o “pão da vida” (João 6.48); a fonte da vida (João 4.14; 7.38); o doador da vida (João 3.16, 36; 10.28; 17.2); a própria vida (João 1.4; Colossenses 3.4; I João 1.2).

Para dessedentar nossa sede de vida precisamos da vida de Jesus em nós.

Não se trata, contudo, “de viver com a ajuda de Cristo”, mas de um nascimento do alto (João 3.5, 2 Coríntios 5.17) que faz com “Cristo viva a Sua viva em nós". 

“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”(Gálatas 2.19-20).

Viver a vida de Cristo é a única forma de dessedentar a sede que temos por vida.

Autoria: Ézio Martins de Lima

Por Litrazini



Graça e Paz

Um comentário:

  1. A Honra da segunda casa é maior do que a primeira.O cair é do homem o LEVANTAR é de DEUS

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