“... Eu vim para que tenham vida” (João 10.10)
A
busca humana por vida é ansiosa e, quase sempre, frenética! Sabemos que
algo está errado quando nossa vida se torna aprisionada pelo casulo da falta de
sentido. Desejamos, então, libertar-nos deste aprisionamento de uma vida
massificada, insípida, sem cor e paradoxalmente “sem vida”.
Precisamos
de vida! Carecemos de vida! Ansiamos por vida! Tal necessidade é a mais forte
que se impõe sobre nós! Há um desejo incontido de se viver uma vida
autêntica e não apenas existir; de “ser” e não apenas “estar” ou ser reduzido
ao “ter”.
Esta
sede de vida faz com que procuremos por uma fonte que jorre a água capaz de
dessedentar-nos. Nesta busca pela fonte, contudo, logo descobrimos que
inclusive neste âmbito há muita propaganda enganosa. A experiência frustrante
com as fontes que não dessedentam nossa sede vida faz com que nos acostumemos
com o “quase” ou que desistamos da busca.
A
“quase vida” é o estado no qual a maioria das pessoas vive ou sobrevive. Em
um belíssimo texto cujo título é “Acostumar-se”, Clarice Lispector expressa bem
este estado no qual acostumamo-nos com menos, com o pouco, com o nada. Ela
conclui o texto assim: “A gente se acostuma para poupar a vida/Que aos poucos
se gasta e se gasta de tanto se acostumar, e se perde em si mesma." E em
uma frase da qual gosto muito, e a qual estou sempre repetindo, o teólogo,
médico, músico, missionário e prêmio Nobel da Paz, Albert Schweitzer,
expressou: “A tragédia do homem é o que morre dentro dele enquanto ele ainda
está vivo”. O que Luis Fernando Veríssimo escreveu de uma outra forma: “embora
quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”.
No texto de João 10.10, Jesus adverte sobre os poderes geradores de
morte que matam, roubam e destroem a vida.Conhecemos bem estes poderes, haja
vista que os enfrentamos constantemente em nosso dia a dia. Alguns há que, de tão
feridos, tornam-se cambaleantes e mortalmente feridos!
Você
já parou para avaliar quais os poderes à sua volta estão minando sua vida?
No
mesmo texto de João 10, versos 10-11, Jesus apresenta o antídoto contra os
poderemos geradores da morte: a sua própria vida: “(...) eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o
bom pastor. "O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. Jesus é o
“pão da vida” (João 6.48); a fonte da vida (João 4.14; 7.38); o
doador da vida (João 3.16, 36; 10.28; 17.2); a própria vida (João
1.4; Colossenses 3.4; I João 1.2).
Para dessedentar nossa sede
de vida precisamos da vida de Jesus em nós.
Não
se trata, contudo, “de viver com a ajuda de Cristo”, mas de um nascimento do
alto (João 3.5, 2 Coríntios 5.17) que faz com “Cristo viva a Sua viva em
nós".
“Estou crucificado com Cristo; logo,
já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho
na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou
por mim”(Gálatas
2.19-20).
Viver a vida de Cristo é a
única forma de dessedentar a sede que temos por vida.
Autoria:
Ézio Martins de Lima
Por
Litrazini
Graça
e Paz
A Honra da segunda casa é maior do que a primeira.O cair é do homem o LEVANTAR é de DEUS
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